susankomen
Este 31 de janeiro a Fundação Susan G. Komen, a instituição mais importante do mundo em investigação e luta contra o câncer de mama, anunciou que já não contribuirá com recursos à transnacional abortista International Planned Parenthood Federation (IPPF).

O presidente da organização C-FAM, Austin Ruse, explicou que a decisão da Fundação Komen de deixar de contribuir com a abortista IPPF, proprietária da maior rede de clínicas abortistas do mundo, "é uma vitória surpreendente para os pró-vida que durante anos solicitaram à Komen que deixasse de financiar a gigante do aborto".

Em janeiro deste ano foi divulgado um estudo que demonstra que o aborto incrementa em quase 200 por cento o risco de câncer de mama. A investigação se uniu a outras cinco realizadas nos Estados Unidos e China, que nos últimos 18 meses demonstraram que o aborto é uma das principais causa do câncer de mama.

Desde o anúncio do afastamento de contribuições, a Fundação Komen se converteu em alvo de ataques dos grupos abortistas em todo mundo. Em poucas horas recebeu milhares de mensagens contra a sua decisão, insultos através das redes sociais e inclusive centenas de ameaças de retiro de doações por parte de abortistas. Seu website oficial http://www.komen.org/ foi supostamente atacado por hackers.

Ante esta situação, Ruse pediu aos pró-vida expressar sua opinião e apoiar a instituição com correios eletrônicos e mensagens em sua página oficial do Facebook http://www.facebook.com/susangkomenforthecure

"Peço-lhes neste momento, sem importar onde estejam no mundo, que escrever uma mensagem eletrônica à Susan G. Komen Foundation para agradecer-lhes por ter cortado suas contribuições ao Planned Parenthood", assinala Ruse.

"Por favor –acrescenta– tomem um minuto neste exato momento para escrever a Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e escrevam em inglês esta breve mensagem ‘Thanks for defunding Planned Parenthood!’ (‘Obrigado por deixar de contribuir ao Planned Parenthood) Isso é tudo o que devem dizer e com isso farão uma grande diferença".

"Isto é realmente importante. Eles (a fundação Komen) tomaram uma importante decisão e é necessário apoiá-los".

"Escrevam de todas as partes do mundo a Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. agora mesmo", insistiu Austin Ruse.

Fonte: ACI Digital

"Passaram-se quinze anos desde que o aborto foi legalizado na África do Sul. Desde então, estima-se que mais de um milhão de crianças tiveram negado o mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida", afirma num comunicado da Conferência Episcopal da África do Sul (SACBC), assinado por Dom Buti Tlhagale, Arcebispo de Johanesburgo e Presidente da SACBC.

"Lembramos esse milhão de crianças não nascidas. Lamentamos que aos filhos de Deus tenha sido negado o direito de nascer no mundo criado por Deus. Nós nunca conseguiremos realizar plenamente o que perdemos", ressalta o comunicado enviado à Agência Fides.

"A posição da Igreja Católica sobre o aborto é clara e inequívoca. O fato de que a lei diga que é legal não o torna moralmente correto. Toda criança nascitura foi criado por Deus que "a teceu no ventre de sua mãe" (cf. Sl 139, 13). Tem o direito à vida, um direito que deve ser respeitado pela mãe e protegido pelo Estado", destaca o comunicado.

A Conferência Episcopal pede o Estado respeite o direito de seus funcionários à objeção de consciência. "Aqueles que acreditam que o aborto seja moralmente errado têm o direito de recusar a participar dos procedimentos para praticá-lo", lembra a nota.

"Todos nós, pais, professores, membros da Igreja, devemos entender o que uma garota está atravessando, quando percebe que está grávida. Ela precisa do nosso amor, do nosso apoio, de nossa compreensão e, às vezes, do nosso perdão", enfatiza Dom Tlhagale.

"Como Igreja estamos engajados de todas as maneiras para ajudar as mães solteiras e os casais que tentam a estrada do aborto. Comprometemo-nos a não condenar, como Jesus se recusou a condenar", conclui o Arcebispo.

Fonte: Radio Vaticano

O cardeal Caffarra explica as razões do declínio dos nascimentos

O livro enfatiza "a diferença (...) entre a fecundidade desejada – os mais de dois filhos que em média as mães gostariam de ter - e aquela realizada de fato, os cerca de um 1,3-1,4 filhos por mulher. Portanto, existe ainda uma "fecundidade desejada " que contrasta com a mudança demográfica."

Disse o cardeal Carlo Caffarra quarta-feira, 1 de fevereiro, em Bolonha falando na apresentação do livro: "a mudança demográfica Relação-proposta sobre o futuro da Itália" (Laterza, 2011)", aos cuidados da Comissão para o projeto cultural da Conferência Episcopal Italiana .

O estudo em questão analisa a evolução demográfica na Itália e a define ‘atual’ pela dimensão em termos de queda dos nascimentos e inversão da relação percentual entre jovens e anciãos.

De acordo com o Arcebispo de Bolonha ", o livro não pára numa leitura objetiva da mudança demográfica, mas procura identificar as causas e consequências econômicas e sócio-culturais. Não só, mas no último capítulo se adentra no difícil caminho das proposas, colocando-se também o problema de uma "governançe" do fenômeno demográfico ".

Além disso, o cardeal Caffarra tentou verificar "se as alterações demográficas que estamos falando encontra uma sua explicação também em eventos espirituais", e em "como se coloca a pessoa " na "sua subjetividade espiritual", frente à "capacidade de gerar uma nova pessoa humana."

Com relação à cultura que determina certos comportamentos individuais e de casal o livro afirma que “São as mentalidade, compreendidas como modos de pensar, como conjunto de representações e de sentimentos sobre elas, que decidem de modo mais significativo sobre os comportamentos demográficos dos povos”...

Acerca da espiritualidade compreendida na procriação, o cardeal tomou pé de uma tradição judaica, à qual também Jesus foi submetido, que é "a oferta do primogênito a Deus."

"O nascimento do primogênito - disse o Arcebispo - foi um acontecimento cheio de significado. Garantia a descendência, e portanto distanciava o risco de uma definitiva exclusão da própria genealogia dos bens messiânicos".

"A fé de Israel - acrescentou – via neste ritual, a renovação de geração em geração do evento fundador de Israel mesmo: a morte do Egito e o dom da liberdade".

Mais explicitamente o cardeal Caffarra explicou que "o dar origem a uma nova pessoa humana é como um" mistério". Ou seja: "é um fato biológico, mas que incorpora em si a presença de Deus."

Para o cardeal estamos diante do "paradigma fundamental da maternidade e da paternidade", no qual o recém-nascido se insere" num feixe de relações".

É opinião do livro, compartilhada pelo cardeal, que este" paradigma relacional tem sido desestabilizado" por pelo menos três fatores: a mudança e a perda do sentido da sexualidade, a confusão e relativização da diferença sexual, a banalização do matrimônio.

Com relação à sexualidade o cardeal comentou que foi "separada do amor e da procriação", e por esta razão, está "dominada pelo individualismo, que, por sua própria lógica, tende a excluir do horizonte da pessoa um pensar em termos de relações e de efeitos a médio e longo prazo".

Além disso, a cultura dominada tende a uma "perda progressiva do sentido, da riqueza da diversidade sexual", promovendo assim um "dismorfismo sexual" que é um fator decisivo na mudança demográfica.

Um terceiro fator, é a "desconstrução a que está sujeita a instituição do matrimônio, com a consequente subestimação do mesmo."

"O colapso – apontou o cardeal – consiste na progressiva passagem a um paradigma individualista: passou-se de um paradigma personalista-relacional ao paradigma individualista”.

O cardeal Caffarra concluiu afirmando que "a publicação deste livro é um convite para afrontar o problema demográfico do ponto de vista educativo e político. Desejo que não seja mais um apelo não escutado".

Antonio Gaspari

[Tradução Thácio Siqueira]

Fonte: Zenit

travesiaporlavida310112Marcos Russo, um jovem de 26 anos e membro do Agrupamento Frente Jovem, iniciará uma travessia em bicicleta desde Mendoza (Argentina), até o Congresso Nacional em Buenos Aires para pedir a proteção às crianças por nascer, rechaçando toda tentativa de despenalizar o aborto.

Conforme informou a imprensa, o percurso de mil quilômetros tomará 20 dias e abrangerá quatro províncias, nas quais Russo buscará acrescentar a consciência sobre o direito à vida dos não nascidos e juntará assinaturas para a Iniciativa Popular que impulsiona a Rede Federal de Famílias a favor das mães grávidas em situação de vulnerabilidade social.

Marcos, que estuda administração de empresas na Universidade Juan Agustín Maza, viajará sozinho só com o necessário e uma bandeira da Frente Jovem, cujos membros promovem e defendem os valores fundamentais como a vida.

Fonte: ACI Digital

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A organização Catholic Advocate (CA) lançou ontem uma campanha nacional nos Estados Unidos para proporcionar recursos que permitam aos católicos rechaçar a decisão da administração Obama de obrigar os empregadores a pagar seguros de saúde que cobrem anticoncepcionais, esterilização e até fármacos abortivos.

O presidente da instituição com sede em Washington D.C., Matt Smith, assinalou sobre o fato que "uma das opções para responder a este ataque contra as pessoas de fé é contatar diretamente os nossos representantes no congresso (em Washington) para comunicar-lhes nossa decepção por esta decisão".

"Nossa meta é ter ao menos 100 mil fiéis católicos que participem da campanha mensalmente até que a lei entre em vigor", explicou.

O dia do anúncio do Departamento de saúde e Serviços Humanos, liderado por Kathleen Sebelius, o Arcebispo de Nova Iorque e Presidente da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, Dom Timothy Dolan, animou os leigos a reagirem contra a decisão da administração Obama.

"Comuniquemos aos nossos líderes escolhidos que desejamos que a liberdade religiosa e os direitos de consciência sejam restaurados e que desejamos que o mandato anticoncepcional da administração seja rescindido", disse o Prelado que em breve será criado Cardeal.

Catholic Advocate solicita que ao menos um líder de cada paróquia dos Estados Unidos se inscreva no site www.ProtectOurConscience.org. Assim terão acesso a uma série de ferramentas para responder à urgência de restaurar os direitos que protegem a objeção de consciência dos católicos.

"Há 17,782 paróquias nos Estados Unidos. Se os católicos chegarem a enviar 115 cartas por paróquia a seus representantes e a cada senador, o Capitólio receberia mais de 6 milhões de missivas sobre este assunto. Enviaríamos assim uma poderosa mensagem que não poderia ser ignorada", disse Smith.

Do mesmo modo, disse o presidente da CA, eles estão apoiando o projeto de lei H.R. 1179/S. 1467 que corrige o Patient Protection and Affordable Care Act (PPACA) "para permitir que um plano de saúde evite a cobertura de serviços específicos que sejam contrários às crenças religiosas" sem que haja penalidade alguma.

Mais informação: http://www.ProtectOurConscience.org  

Fonte: ACI Digital

Entrevista com Jorge Scala

Por Thácio Siqueira

O livro “Ideologia de Gênero: neototalitarismo e a morte da família”, cuja versão em português esteve aos cuidados da editora Katechesis, é um livro do advogado pró-vida, argentino, Jorge Scala, lançado no Brasil em Outubro do ano passado. Zenit entrevistou o autor, que nos explicou brevemente o significado do seu livro e os perigos desta ideologia nas nossas sociedades.

Por que um livro sobre a ideologia de gênero?

A razão é simples: a ONU criou uma Agência do Gênero. Essa agência se dedica a controlar que todos os organismos e programas da ONU incluam o gênero. Por sua vez, a União Européia e o Banco Mundial condicionam os empréstimos para o desenvolvimento dos países pobres, por cláusulas da difusão de Gênero. Finalmente, se incorporou o gênero no sistema educacional dos nossos países. Dado tudo isto, é necessário investigar o que é o gênero.

O que significa dizer que a ideologia de gênero é uma ideologia e não uma teoria ou uma descoberta científica?

Uma teoria é uma hipótese verificada experimentalmente. Uma ideologia é um corpo fechado de idéias, que parte de um pressuposto básico falso – que por isto deve impor-se evitando toda análise racional -, e então vão surgindo as conseqüências lógicas desse princípio falso. As ideologias se impõem utilizando o sistema educacional formal (escola e universidade) e não formal (meios de propaganda), como fizeram os nazistas e os marxistas.

O que é, então, a ideologia do gênero? Como você a descreveria para nossos leitores?

Seu fundamento principal e falso é este: o sexo seria o aspecto biológico do ser humano, e o gênero seria a construção social ou cultural do sexo. Ou seja, que cada um seria absolutamente livre, sem condicionamento algum, nem sequer o biológico -, para determinar seu próprio gênero, dando-lhe o conteúdo que quiser e mudando de gênero quantas vezes quiser.

Agora, se isso fosse verdade, não haveria diferenças entre homem e mulher – exceto as biológicas -; qualquer tipo de união entre os sexos seria social e moralmente boas, e todas seriam matrimônio; cada  tipo de matrimônio levaria a um novo tipo de família; o aborto seria um direito humano inalienável da mulher, já que somente ela é que fica grávida; etc. Tudo isso é tão absurdo, que só pode ser imposto com uma espécie de "lavagem cerebral" global.

Você, em seu livro, a chama de “ideologia totalitária”. Há alguma relação com as ideologias totalitárias que a humanidade tem experimentado na história? Ou é um passo para chegar a estas situações de políticas totalitárias?

O gênero destrói a estrutura antropológica íntima do ser humano, por tanto quem fique à mercê dessa ideologia o fará “voluntariamente”. Não é mais do que uma ferramenta de poder global que, se imposta, levará a um regime totalitário – ainda quando haja eleições e partidos políticos como na Alemanha nazista -. Em contraste, nas outras ideologias conhecidas, o Estado dominava - ou domina como na Coréia do Norte ou em Cuba - pela força bruta.

Parece uma ideologia que entra nos países pelo aspecto legal e jurisdicional. Não será a falta de reconhecer uma lei natural, e a adoção do positivismo, os alicerces deste totalitarismo?

O problema parece mais profundo e complexo. O ethos é aquilo que um povo estima o que está bem e o que está mal, desde as profundezas do seu coração, não importando o que digam as leis e até mesmo o que cada um faça na própria vida. O problema é que o Ocidente perdeu o seu ethos comum, até 30 ou 40 anos atrás, era o cristianismo. O liberalismo fez que muitas pessoas acreditassem que a moral fosse um assunto privado de cada pessoa. Então, para alguns, é bom mentir, roubar, matar e fornicar - em certas circunstâncias -; e como todas as opiniões são iguais, a única maneira de viver em sociedade é que as leis “imponham” um certo ethos, que deve ser aceito por todos, sob certas penalidades. Por isso, nos nossos parlamentos promove-se todos os tipos de leis de gênero. Busca-se com elas que – junto com a educação -, formem o novo ethos dos nossos povos. E se o gênero se converte em ethos, o sistema totalitário funcionará plenamente.

A teoria do gênero é totalitária, mas não vemos ninguém perdendo as suas vidas. Então, por que ter medo de algo que não passa de leis e de idéias? Não é melhor respeitar a opinião de cada um?

Em 2010 a Espanha reformou a sua lei do aborto conforme a ideologia do gênero, considerando-o "direito humano" essencial da mulher. Naquele ano houve 113.031 abortos na Espanha. Essa "lei" e essa "idéia" mataram - só na Espanha e só nesse ano -, muitas pessoas. Não é pra ter medo da ideologia do gênero, mas é necessário enfrentá-la no campo das idéias, que é onde ela pode ser vencida mais facilmente.

Sempre é necessário respeitar as pessoas - independentemente dos seus pensamentos-. No entanto, as opiniões não se respeitam: se discernem. O livro ajudará o leitor a fazer seu próprio discernimento sobre o gênero.

Qual é, então, as conseqüências para nossos filhos, para a próxima geração?

Eu respondo com um fato real. Dei uma palestra sobre esta ideologia, a todos os professores de uma cidade de 7.000 habitantes, numa área rural da minha província. Gente simples e trabalhadora. Ao concluí-la, uma professora comentou em voz alta: 'Agora eu entendo porque há alguns dias atrás meu filho de 7 anos me perguntou: mamãe eu sou menino ou menina ...? As pessoas formadas e maduras estão imunes dessa ideologia, mas se a permitirmos penetrar nas crianças desde tenra idade - cinema, rádio, TV, escola, revistas -, em muitos casos, teremos que lamentar com o tempo tragédias de todo tipo.

"Onde haja um homem – mulher ou varão - , sua inteligência buscará a verdade, sua vontade tentará amar e autodirigir-se para o bem ", é o que você afirma no seu livro. Qual seria a melhor maneira de combater esta e outras ideologias semelhantes que tendem a penetrar nas Constituições e leis dos países? É a formação de homens e mulheres verdadeiros? O que significa um homem ou uma mulher verdadeiros?

Ante todas as idéias insalubres ou absurdas que giram pelo mundo atual, o mais importante não são outras idéias que as combatam; Mas sim, testemunhas da verdade. Mulheres e homens sinceros, de carne e osso. A mulher é a mãe, ou seja: o amor incondicional e que sempre está presente. O varão é o pai, ou seja: a autoridade, o amor que põe limites e condições, para tirar o melhor de si de cada um. Ambos amores são necessários para chegar à maturidade humana. Conhecer um homem e uma mulher assim, é a melhor "vacina" contra a ideologia do gênero.

Todo o dinheiro da venda desse livro no Brasil é revertido para o movimento Pró-vida do Brasil. O livro é distribuído no Brasil pelo Prof Felipe Nery (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

Jorge Scala - Argentino. Advogado. Professor de Bioética na Universidad Libre Internacional de las Américas. Professor honorário da Universidad Ricardo Palma. Prêmio Thomas More do Instituto Tomas Moro. Prêmio João Paulo II à defesa da vida da Universidad Fasta. Autor e co-autor de vários livros. Deu mais de 600 palestras em 17 países.

Fonte: Zenit

Liberdade religiosa em risco nos EUA

A decisão do Governo Federal dos Estados Unidos de obrigar as igrejas a reembolsarem os custos de contraceptivos tem causado uma onda de críticas.

A nova lei sobre os serviços nacionais de saúde, aprovada pelo Congresso de Washington, deixa para o Departamento de Saúde e de Serviços Humanos (HHS, na sigla em Inglês) a decisão sobre quais instituições ficarão isentas da obrigação de pagar as despesas dos seus empregados com contraceptivos em seus planos de saúde.

Neste 20 de janeiro, o Departamento anunciou que as igrejas ficarão isentas, mas não as associações relacionadas com as igrejas, como escolas, hospitais e instituições de caridade, que deverão reembolsar seus empregados.

A única concessão do ministério foi dar os empregadores um tempo adicional para se adequarem à lei, até agosto de 2013. Esta concessão, como foi ressaltado por alguns observadores, apenas desloca a obrigação para depois da próxima eleição.

"Acredito que esta proposta consegue um justo equilíbrio entre a liberdade religiosa e o aumento do acesso a importantes serviços de prevenção", disse a ministra da Saúde, Kathleen Sebelius, em comunicado de imprensa.

A posição não foi compartilhada por muitas pessoas que, nos dias seguintes, se manifestaram a respeito.

"O presidente está nos dizendo que temos um ano para descobrir como violar as nossas consciências", disse o cardeal nomeado Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque e presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, em inglês), através de comunicado de imprensa datado de 20 de janeiro.

De acordo com Dolan, a norma significa que a esterilização e os contraceptivos de efeito abortivo devem ser incluídos nos planos de saúde.
"O governo não deve obrigar os americanos a agirem como se a gravidez fosse uma doença a ser evitada a todo custo", disse ele.

"Isso nunca aconteceu na história dos Estados Unidos: o governo federal obrigar os cidadãos a pagarem por algo que viola as nossas crenças", disse o cardeal Daniel DiNardo em 22 de janeiro, em homilia na missa de abertura da Vigília Nacional pela Vida. O que está em jogo, segundo ele, "é a sobrevivência de uma liberdade fundamental constitucionalmente protegida, que garante o respeito pela consciência e pela liberdade religiosa".

A irmã Carol Keehan, DC, presidente da Associação Católica de Saúde dos Estados Unidos, manifestou a sua decepção com a decisão. "Esta foi uma oportunidade perdida de promover a proteção da liberdade de consciência".

As críticas vieram de todos os lados. "Eu não consigo imaginar um ataque mais direto e frontal à liberdade de consciência do que a decisão de hoje", escreveu o cardeal Roger Mahony, em comunicado publicado em seu blog no dia 20 de janeiro. O arcebispo emérito de Los Angeles disse: "Para mim há outra questão fundamental, tão importante quanto esta, agora que entramos em campanha para eleger o presidente e o Congresso".

Até o Washington Post condenou a decisão do Departamento. Em editorial do dia 23 de janeiro, o jornal escreveu: "O governo fingiu ceder a um compromisso, dando aos empregadores mais um ano para se adaptarem à medida. É uma decisão improdutiva, que não resolve o problema fundamental de obrigar as instituições religiosas a gastarem seu dinheiro de uma forma que contradiz os princípios da sua fé".

"É imperativo", disse o papa Bento XVI a um grupo de bispos americanos, no dia anterior à decisão do Departamento, "que toda a comunidade católica nos Estados Unidos esteja ciente das ameaças graves para o testemunho público moral da Igreja, apresentadas por um laicismo radical que se expressa cada vez mais na política e na cultura".

"Particularmente preocupantes são algumas tentativas de limitar a liberdade mais apreciada na América, que é a liberdade de religião", insistiu o papa.

Há conjecturas sobre o impacto que esta decisão possa vir a ter sobre as eleições em novembro. Em texto de 24 de janeiro no site do The Wall Street Journal, William McGurn comenta que Barack Obama conseguiu em 2008 a maioria dos votos católicos. Mas agora, muitos católicos que apoiaram Obama estão indignados com a decisão do Departamento. Entre eles há pessoas como o presidente da Universidade Notre Dame, pe. John Jenkins, fortemente criticado por convidar o presidente a discursar e a receber um diploma honorário. McGurn considera paradoxal que "a decisão tenha sido imposta por uma Ministra da Saúde e dos Serviços Humanos que é católica, Kathleen Sebelius, e que trabalha em uma administração cujo vice-presidente, Joe Biden, também é católico".

Não são apenas os católicos que estão incomodados. Em 21 de dezembro, mais de sessenta líderes protestantes e judeus ortodoxos escreveram uma carta ao presidente Obama pedindo-lhe a não exigência de que as seguradoras privadas cubram a contracepção e a esterilização.

"Não são só os católicos que se opõem profundamente à condição de pagar planos de saúde que cobrem anticoncepcionais abortivos", escreveram eles. "Acreditamos que o governo federal é obrigado pela Primeira Emenda a respeitar as convicções religiosas de organizações baseadas em todo tipo de fé, tanto católica quanto não católica", insistiram.

Esta declaração, sem dúvida, será repetida durante os próximos meses, ao se aproximarem as eleições.

Fonte: Zenit

catjud
Dia 17 de Janeiro, se celebra o dia de aprofundamento e desenvolvimento do diálogo entre católicos e judeus. Este ano, o tema do evento, nascido por iniciativa da Conferência Episcopal Italiana, foi “não matarás”.

Para o presidente da Comissão para o Ecumenismo e Diálogo inter-religioso da Itália, Dom Mansueto Bianchi, o tema é de extrema atualidade e vai ao encontro da luta pela defesa da vida.

“É uma temática na qual as duas religiões filhas de Abraão, o judaísmo e o cristianismo, em particular o catolicismo, são chamadas a grandes desafios. E não são somente desafios religiosos, mas desafios éticos que interessam a consciência das pessoas”, salienta o bispo italiano.

“Não matarás”, segundo o presidente da Comissão, é o empenho pelo respeito à vida e o empenho à promoção da vida que comporta desafios culturais para que a vida seja vista como dom. Ele destaca que o catolicismo e o judaísmo possuem muitos pontos em comum neste sentido e o desenvolvimento deste diálogo inter-religioso é extremamente útil e necessário.

“É também um diálogo que requer empenho de ambas as partes. É um diálogo que enfrenta alguns problemas e que merece também empenho para que sejam superaradas, digamos, as distonias que, momentaneamente, possam aparecer”, afirma.

São comuns, em alguns momentos, certos episódios que parecem encobrir o céu e o horizonte do diálogo judeu-cristão, destaca o presidente da Comissão, mas certamente é um diálogo que avança.

Dom Bianchi salienta que o importante é não perder essa proximidade conquistada ao longo de um grande percurso e não se deixar levar por acontecimento que possam eventualmente afetar esse diálogo.

Fonte: Canção Nova

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400.000 pessoas de todo o país se reuniram na segunda-feira 23 de janeiro em Washington DC na célebre Marcha pela Vida que a cada ano pede pelos não nascidos nos Estados Unidos. Como já é tradição os grandes meios de comunicação ignoraram o evento.

A reunião congregou a jovens, mulheres, homens e crianças de todo o país que durante várias horas suportaram intenso frio, neblina e até chuva enquanto percorriam as principais ruas da capital americana até a sede do Capitólio.

A marcha foi realizada um dia depois do aniversário número 39 da decisão judicial Roe V. Wade da Corte Suprema que legalizou o aborto nos Estados Unidos.

Os manifestantes se reuniram no National Mall para escutar as dissertações de deputados e líderes pró-vida.

O Presidente da Câmara de Representantes, John Boehner (Republicano-Ohio), afirmou aos manifestantes que "a vida e a liberdade" são dois princípios fundamentais que se entrelaçam para "formar o núcleo de nosso caráter nacional."

"Quando afirmamos a dignidade da vida, afirmamos nosso compromisso com a liberdade", disse. Quando não somos capazes de defender a vida, "a liberdade se vê diminuída."

Boehner –que tem 11 irmãos– pronunciou umas palavras de abertura na marcha, nas quais recordou que "a vida humana não é uma mercadoria política ou econômica", acrescentou que a defesa da vida "não é uma questão de partido" mas tema de princípios.

Por sua Marcha, o deputado Chris Smith (Republicano-Nova Jersey), explicou ante a multidão que a morte violenta de crianças inocentes "não é um valor americano".

Ele agradeceu aos presentes na marcha pela seu "abnegada luta pela oração, o jejum e as obras" para participar do que ele chamou "o maior movimento de direitos humanos na terra."

Imprensa em silêncio

Os cantos e gritos dos manifestantes se escutaram em toda o percurso mas foram ignorados por meios importantes como o jornal New York Times.

Kristen Walker, vice-presidenta da organização pró-vida New Wave Feminists, disse que há quem "queir faze-nos acreditar que quase meio milhão de pessoas tomando as ruas cada ano pelo aniversário da decisão Roe Vs. Wade não é de interesse jornalístico porque ocorre todos os anos".

Além disso, denunciou que há outros meios como o Washington Post que deram certa cobertura ao evento, mas reduzindo-o a um enfrentamento com os abortistas e alguns comentários em seus blogs online.

O Washington Post "manipulou um evento no qual centenas de milhares de americanos livres de todo o país se reuniram na capital de sua nação para fazer que sua voz seja ouvida, e o apresentou como um pequeno e feio confronto entre fanáticos".

Segundo Walker, a intenção da imprensa secular majoritariamente abortista é apresentar os pró-vida como "um grupo marginal de fanáticos" e desmoralizar os organizadores.

"Quase todos os canais, jornais e revistas são a voz a favor do aborto. Estamos em inferioridade numérica, mas não nos calaremos. A chave para ganhar a guerra da informação quando se trata do aborto está nos novos meios de comunicação" como as redes sociais.

Fonte: ACI Digital

O governo espanhol vai alterar a Lei Orgânica de saúde sexual e reprodutiva e da interrupção voluntária da gravidez para exigir a aprovação paterna nos casos das menores de idade que quiserem abortar.

Em seu primeiro comparecimento à Comissão de Justiça do Congresso dos Deputados, o ministro da Justiça espanhol, Alberto Ruiz-Gallardón, fez nesta quarta-feira o anúncio.

Ruiz-Gallardón lembrou que a lei atual foi aprovada "sem consenso e com a opinião desfavorável dos órgãos consultivos" e indicou que a reforma será inspirada na defesa do direito à vida como manda a doutrina já definida pelo Tribunal Constitucional.

O novo governo do Partido Popular já havia divulgado antes de vencer as eleições de 20 de novembro sua intenção de reformular essa norma aprovada pelos socialistas.

A lei vigente desde julho de 2010 não exige a autorização dos pais, mas que eles sejam informados de que suas filhas entre 16 e 17 anos irão interromper sua gravidez sempre que alegarem não existir risco de violência doméstica, ameaças, coações, maus-tratos ou desamparo.

Essa lei, que gerou uma grande polêmica no país e uma forte oposição dos setores conservadores e da Igreja Católica, estabelece o aborto livre até a 14ª semana e a 22ª em caso de risco de vida ou saúde da mulher ou graves anomalias no feto.

A norma substituiu a legislação de 1985, quando o aborto foi descriminalizado em casos de estupro, má-formação do feto e danos para a saúde física e psíquica da mãe.

Em 1985, a Lei do Aborto representou uma das mudanças legislativas mais importantes registradas na Espanha, onde o aborto sempre foi ilegal, com a única exceção da legislação aprovada na Catalunha durante a 2ª República em dezembro de 1936, em plena Guerra Civil Espanhola, e que foi eliminada em 1938.

Fonte: Terra

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