Defensores internacionais do aborto celebraram o novo manual da OMS como “um grande avanço”.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um manual detalhando as maneiras mais eficazes de se matar bebês em gestação, com diferentes métodos em cada estágio do desenvolvimento do feto.

O documento é a segunda edição de “Aborto Seguro: orientação técnica e política para sistemas de saúde”, originalmente publicado em 2003.

“É uma leitura assustadora”, afirma Scott Fischbath, Diretor Executivo do Minnesota Citizens Concerned for Life (MCCL) [Cidadãos de Minnesota Preocupados com a Vida] em escala global.

“Seguir esses parâmetros irá certamente matar as mulheres e seus bebês, principalmente nos países em desenvolvimento", acrescenta. “Algumas das recomendações, admite a OMS, são baseadas em pouca evidência.  Elas são verdadeiramente irresponsáveis e mortais”.

Defensores internacionais do aborto celebraram o novo manual da OMS como “um grande avanço”. O IPAS, organização fundada com a criação de um dispositivo de sucção utilizado em abortos, elogiou “o respeito da OMS ao papel essencial do acesso ao aborto na saúde da mulher e na sua capacidade de exercer plenamente os seus direitos humanos” evidenciado em um novo documento.

Os parâmetros incluem quatro tópicos principais: estimativas sobre o aborto inseguro pelo mundo, as últimas recomendações clínicas para realizar abortos, recomendações para “ampliar” os serviços, e conselhos sobre formulação de políticas e legislação. A última das quatro áreas não costuma ser encontrada em documentos de recomendações médicas, mas a OMS destaca a aplicação da “base dos direitos humanos” para avançar na legislação e na formulação de políticas pró-aborto; principalmente para mulheres jovens.

Ao longo dos anos, a OMS tem feito um bom trabalho para que milhões de pessoas protegessem, avançassem e melhorassem suas vidas, mas Fischbach afirma que os parâmetros mortais para avançar e promover o aborto levam a organização em uma direção completamente diferente.

“A solução para os abortos ilegais e para as altas taxas de mortalidade infantil é simples: forneçam uma fonte limpa de água, uma fonte limpa de sangue e uma saúde pública adequada”, explica Fischbach.  “As estatísticas confirmam que isso salva as vidas das mulheres, não a legalização do aborto”.


Escrito por John Henry Western, 27 de junho de 2012 
Fonte: Life Site News

Tradução: Luis Gustavo Gentil

Entrevista com a Dra. Cláudia M. C. Batista, uma das pelastrantes do evento

Por Thácio Siqueira

Hoje, sexta-feira, é o último dia para inscrever-se no Seminário Nacional Juventude e Bioética, promovido pela CNBB. Para fazer a inscrição no seminário acesse: http://www.jovensconectados.org.br/seminario-bioetica

De acordo com o comitê organizador as principais publicações de apoio, aprofundamento e formação em bioética sugeridos para os temas que o seminário abordará são: Questões de Bioética, Estudos da CNBB n. 98, Edições da CNBB; A Dignidade da Vida Humana e as Biotecnologias, Brasília: Edições da CNBB, 2005.

Já às vésperas do Seminário, ZENIT entrevistou uma das especialistas que estará na mesa de palestrantes do evento, a professora-adjunta da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), Dra. Cláudia Maria de Castro Batista, pós doutorado na Universidade de Toronto.

Publicamos a entrevista na íntegra:

ZENIT: Por que a senhora está num seminário de bioética? Qual é a sua relação com a área? Qual será a sua contribuição nesse seminário?

Dra. Claudia: Fui convidada pala Dra. Lenise Garcia que também participará deste Seminário. Desde o julgamento da ADIN contra a Lei de Biossegurança aprovada em 2005 comecei a me interessar pela área. Nesta época acabava de retornar ao país após um postdoc na Universidade de Toronto (onde me especializei em biologia das células tronco) e o então Procurador Geral da República, Dr. Claudio Fonteles convidou-me para participar do debate público no STF sobre as pesquisas com células tronco embrionárias humanas.

Minha contribuição nesse seminário seria propiciar o debate que envolve o avanço da Ciência e a proposta de novas técnicas na área da Biotecnologia que devem se conciliar com o fato de que a vida humana é um direito fundamental. Pretendo mostrar um pouco o atual estado da arte nas Pesquisas com Células Tronco,  o seu objeto de estudo e a importância na Medicina Regenerativa, e fazer uma rápida análise bioética sobre a manipulação celular, de gametas e embriões humanos nestas pesquisas que se levam a cabo.

ZENIT: Esse seminário está destinado a qual público?

Dra. Claudia: Está voltado para o público em geral mas especialmente aos jovens e líderes como preparação para a Jornada Mundial da Juventude em 2013.

ZENIT: Alguém que não tem formação médica tem capacidade para entender as questões bioéticas?

Dra. Claudia: Sim. Acredito que um bioeticista tem que ter uma boa formação antropológica, filosófica e estar interado das questões biomédicas quanto à ética nas pesquisas e aos procedimentos em pacientes que, como seres humanos, devem respeitar e valorizar cada pessoa humana como um todo.

ZENIT: Na sua opinião, quais são os principais problemas que a bioética afronta no Brasil?

Dra. Claudia: Em termos de Ciência e Biotecnologia, aqui chegam os problemas já enfrentados no resto do mundo, principalmente a pesquisa envolvendo embriões humanos e as técnicas de fertilização assistida. No campo da saúde pública há ainda toda uma escola com princípios onde o ético seria “o bem comum social”, valorizando o coletivo acima do pessoal, o que leva a inúmeros erros, ou ainda uma ética utilitarista onde tudo se justifica em favor do coletivo.

ZENIT: A bioética é algo propriamente e exclusivamente da Igreja Católica? É algo só do dogma católico, que diz que é proibido matar, discriminar... ou é algo humano, racional?

Dra. Claudia: Não é algo católico nem criado por católicos.  O termo Bioética começou a ser usado amplamente a partir do livro lançado em 1971, "Bioética: Ponte para o Futuro", do biólogo e oncologista americano Van R. Potter. Nasceu da necessidade de se deslocar a discussão acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnológico, de um viés mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, superando a dicotomia entre os fatos explicáveis pela ciência e os valores estudáveis pela ética.

ZENIT: Por que devemos respeitar o embrião humano?

Dra. Claudia: Penso que há um consenso quando se pensa que se deve respeitar todo e qualquer ser humano a partir do primeiro momento da sua existência. A discussão hoje é questionar que momento é este, embora a embriologia tenha desde o século XIX demonstrado com muita segurança o momento da fecundação como o marco para o início do desenvolvimento de um novo indivíduo da espécie humana. É importante ressaltar que esta questão nunca havia sido levantada até que se começou o congelamento de embriões em clínicas de fertilização assistida. Estes embriões, criados com a única finalidade de procriação, foram sendo acumulados e, na procura de um destino para eles, aventou-se a possibilidade de utilizá-los para pesquisas. O embrião humano nunca foi e nunca será um material biológico trivial.

ZENIT: Algumas pessoas acusam os católicos de se preocuparem muito com as vidas delas, com os "seus" úteros, com os "seus" filhos, etc. Realmente a Igreja católica tem o interesse de "infernizar" as pessoas com os seus dogmas e doutrinas? Ou toda reflexão bioética é para um melhor desenvolvimento e progresso da sociedade?

Dra. Claudia: O valor da vida humana é um valor universal, não depende do tempo nem da cultura de um grupo social. A reflexão bioética se faz necessária quando, por exemplo, não está claro para legisladores e cientistas, que o progresso da ciência em si não justifica qualquer procedimento, mesmo que este traga benefícios futuros para a coletividade. É fundamental ter como princípio o benefício também para o embrião, uma vez que este é primeiramente um ser humano e não apenas material biológico.

ZENIT: Há hospitais no Brasil que "fabricam" o filho que a pessoa quiser ter, com a cor dos olhos, da pele, o sexo, etc... porém, fazem isso à custa da morte de vários embriões. Se o embrião é um bebê no estágio inicial, não será uma monstruosidade o que fazem nesses hospitais?

Dra. Claudia: Daí a absoluta necessidade de formar a opinião pública no sentido de reconhecer que não há outros marcos no desenvolvimento além do momento da fecundação. Qualquer outro evento apontado é aleatório. Por exemplo, o aparecimento do sistema nervoso. Não existe um momento ou evento único que marque o aparecimento do sistema nervoso ou do cérebro. Para que o primórdio deste surja são necessárias no mínimo duas semanas. Portanto, respeita-se a vida humana a partir da fecundação ou não a respeitaremos nunca.

Fonte: Zenit 

steamcellFoi apresentada nesta quarta-feira a Bento XVI, após a audiência geral, a primeira cópia do volume "Our Stem Cells: The Mistery of Life and Secrets of Healing" (Nossas Células Estaminais: o Mistério da Vida e os Segredos da Cura). Trata-se de um texto inovador para a pesquisa sobre células-tronco adultas, que estuda as possíveis terapias graças à sua utilização no campo médico, bem como as suas possíveis implicações culturais e éticas.

De fato, trata-se de uma obra única, resultado da colaboração entre o Pontifício Conselho para a Cultura – mediante a sua fundação caritativa STOQ International – e a "Stem for Life Foundation".

O texto, que daqui até o final do ano estará disponível, contém também um discurso de Bento XVI com o qual se exorta a um apoio e a uma sensibilização maiores aos progressos na pesquisa sobre as células-tronco adultas, a fim de aliviar os sofrimentos humanos.

Especificamente, o estudo examina os conceitos discutidos na I Conferência internacional sobre as células-tronco adultas, realizada no Vaticano ano passado, e oferece ao leitor um panorama fascinante e completo do seu papel vital no futuro da medicina regenerativa, incluindo a sua capacidade de robustecer o coração e órgãos danificados, restituir a visão, eliminar o câncer, curar o diabetes, as queimaduras e estagnar a evolução de doenças degenerativas como o Alzheimer, a esclerose múltipla e o morbo de Lou Gehrig.

"O livro – rico de casos reais, afirmou a administradora-delegada da NeoStem e presidente da Stem for Life Foundation , Robin Smith – não fala somente do bom êxito da nossa parceria histórica com o Vaticano, mas lança as bases para os nossos próximos encontros."

Com os mesmos sentimentos, Mons. Tomasz Trafny – do Pontifício Conselho para a Cultura – se diz convencido de que o volume pode promover um diálogo intenso entre a comunidade científica e a comunidade religiosa no seio da importante moldura da busca da verdade e dos mais altos valores éticos.

"Fazemos votos – conclui Mons. Trafny – de que possa contribuir para educar as pessoas do mundo inteiro sobre a importância de uma pesquisa científica ética, e ajudá-las a entender que não é necessário escolher entre a própria fé e a ciência, mas que, na realidade, as duas podem trabalhar juntas para melhorar a humanidade profundamente."

Além de Mons. Trafny e da Dra. Smith, encontrava-se presente no ato de entrega da primeira cópia do volume ao Pontífice, o Dr. Max Gomez, representante da Stem for Life Foundation.

Fonte: Radio Vaticano

O hospital Universitari i Politècnic La Fe de Valência, Espanha, realizou a primeira cirurgia fetal fora do útero mediante a técnica EXIT (Ex-Utero Intrapartum Treatment), que permite um parto parcial mediante cesárea para assegurar a possibilidade de respiração em bebês com problemas de obstrução respiratória enquanto se mantém a sua oxigenação através do cordão umbilical.

Neste caso, o feto apresentava um tumor cervical maligno gigante, que supunha 8 por cento de seu peso, detectado na 26ª semana de gestação, e que foi extirpado ao dia seguinte do parto.

A evolução do bebê, de quase sete meses, foi favorável e atualmente se encontra de alta, depois de um exaustivo seguimento médico ao longo de cinco meses por parte dos serviços do hospital infantil La Fe, evidenciou-se que o bebê não apresenta seqüelas do tumor nem da cirurgia. Esta é a primeira cirurgia fetal deste tipo realizada na região espanhola.

Como resultado deste suposto, criou-se um Comitê de Cirurgia Fetal no Hospital formado por obstetras, anestesistas, neonatologistas, cirurgiões maxilofaciaies, radiologistas, urologistas e cirurgiões pediátricos para otimizar o nascimento, assegurar e planejar o tratamento cirúrgico de casos similares, já que o avanço no correto diagnóstico fetal e o tratamento em comitês de cirurgia fetal melhorou o prognóstico de muitas má formações graves, conforme explicou o centro hospitalar.

A intervenção realizada em dezembro de 2011 consistiu em extrair a cabeça e os braços do bebê do ventre materno para entubá-lo sem suprimir a conexão com sua mãe, de maneira que o feto continuava respirando pelo cordão umbilical até que pôde fazê-lo pelos pulmões. Deste modo, assegurou-se a capacidade respiratória da criança antes de que o cordão umbilical fosse cortado, momento no qual é interrompido o aporte de oxigênio através do sangue que a mãe lhe proporciona.

Fonte: ACI Digital

marchacinco
A 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela vida reuniu três mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, na tarde de ontem, em Brasília, para pedir a aprovação do Estatuto do Nascituro e mostrar posição contrária ao novo texto do Código Penal. "Eu participei da Cúpula dos Povos da Rio+20 e vi como as forças internacionais - financiadas - agem para legalizar o aborto no Brasil. O povo brasileiro vai aceitar esta ingerência?", perguntou Dra Lenise Garcia, presidente do Movimento Brasil Sem Aborto, entidade que organizou o evento.

 De autoria dos ex-deputados Luiz Bassuma e Miguel Martini, o Estatuto do Nascituro (PL 478/2007) apoia a jurisdição para a criança que ainda está dentro do ventre materno. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Estatuto garantirá ao nascituro, entre os principais quesitos, o direito à vida, à integridade física, à alimentação e à convivência familiar. "As causas do meio ambiente, da educação e da segurança são importantes. Mas a causa da vida é mais importante, pois todas as causas só podem existir se nós existirmos", declarou Bassuma.  
 
Está em andamento no Senado Federal a reforma do Código Penal Brasileiro, criado em 1940. As modificações do texto original estão sendo feitas por uma comissão de juristas que propõe, em um ante-projeto, a legalização do aborto até os três meses de gestação. Com a aprovação do Estatuto do Nascituro, a nova proposta do texto não poderá ser aceita. 
 
Padre Bruno Laselva, integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília esteve presente na marcha e ressaltou a importância do evento. "Não podemos pecar pela omissão. Aqui queremos manifestar o que nós, povo brasileiro, pensamos.  Queremos que a dignidade da mulher e da criança seja garantida". A dona de casa Tatiane Amaral, mãe da pequena Clarisse, afirma que a marcha é um "alerta para toda a população e governantes brasileiros. Todos nós precisamos proteger a vida".
 
Por Lilian Alves
Foto: Ed Alves

Fonte Arquidiocese de Brasília

Os tuiteiros promoveram nesta terça-feira (26) uma campanha para acabar com os abortos no Brasil.

Lançada pelo Movimento Brasil Sem Aborto –integrado por organizações não governamentais e entidades ligadas à Igreja Católica–, a hashtag #BrasilSemAborto figurou entre os destaques do Trending Topics nacional.

contraaborto

Pedindo o fim da prática, os usuários do microblog fizeram um “tuitaço” às 15h.

No início desde mês, evangélicos e católicos reagiram à proposta de redução de danos e riscos para o aborto ilegal, em discussão no Ministério da Saúde.

cardealbertoneNesta sexta-feira o Vaticano lançou um chamado à comunidade internacional para que seja permitido o acesso "universal e gratuito" aos tratamentos contra a AIDS.

Assim indicou o secretário de estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, durante a inauguração da 8ª Conferência Internacional sobre a AIDS que se celebra sob o lema "Vivam as mães, vivam as crianças”.

O Cardeal Bertone exortou, em nome do Papa Bento XVI, a "não perder tempo e investir todos os recursos necessários", já que, conforme indicou, "os estudos e previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam que o acesso universal às curas é acessível, cientificamente provado e economicamente factível". "Não é uma utopia, isto é possível", remarcou.

Do mesmo modo, recordou a "fraqueza econômica" da maior parte da população africana e das mulheres, o que torna mais necessário "um acesso gratuito" aos tratamentos pois, conforme destacou, a mortalidade materna na África "está ligada, em uma alta percentagem, à AIDS".

Neste sentido, assinalou que a Igreja, presente nos países onde esta enfermidade se manifesta, "está muito preocupada com este grande drama da época" e exortou a "fazer mais" porque "quanto mais avança a infecção entre as mulheres, que são o pilar da família e da comunidade, mais aumenta o perigo de desmoronamento social em não poucos países".

O Cardeal recordou que na atualidade 30 por cento dos centros de tratamento da AIDS em todo o mundo são católicos e que as ações concretas da Igreja neste campo abrangem a promoção de campanhas de sensibilização, programas de prevenção e educação sanitária, ajuda aos órfãos, distribuição de remédios e mantimentos, ajuda a domicílio, hospitais, comunidades terapêuticas para a cura e a assistência dos doentes de AIDS, a colaboração com os governos, cuidados nas prisões e cursos de catequese, entre outros.

Fonte: ACI Digital

Segunda, 25 Junho 2012 10:48

A cidadania pela vida precisa ir às ruas

A 5.ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, que o Movimento Brasil sem Aborto promove em Brasília na próxima terça-feira, dia 26, não poderia ocorrer em momento mais oportuno. Estamos diante de diversos desafios na defesa e promoção dos direitos da criança ainda não nascida, que exigem o exercício da cidadania por parte daqueles que são a grande maioria do povo brasileiro, mas que nem sempre se motivam a trazer às ruas a sua opinião.

Há anos os movimentos pró-vida vêm denunciando a pressão internacional para que o aborto seja aprovado no Brasil e em outros países, contra o desejo e as convicções de suas populações. Essa pressão ficou evidente durante a Rio+20 e não se reduz ao debate de ideias, mas se expressa no potente financiamento que entidades estrangeiras fazem a grupos que defendem a legalização do aborto. Dizem falar em nome das mulheres, mas o fato é que a mulher brasileira valoriza a vida desde o seu início, ama a maternidade e não vê contradição entre defender os seus direitos e os dos seus filhos.

Felizmente o termo “direitos reprodutivos” – eufemismo para significar o aborto – ficou fora do documento final. Se o grande objetivo do desenvolvimento sustentado é preservar o direito das gerações futuras, como incluir a possibilidade de tirar-lhes o maior dos direitos, a própria vida?

Mas, se o fantasma do aborto ficou fora do documento da Rio+20, ele continua a assombrar-nos em variadas tentativas dos que querem implantá-lo no Brasil. Uma delas é a reforma do Código Penal, em que uma comissão de juristas propõe ao Senado a modificação do capítulo dos crimes contra a vida, abrindo portas tanto ao aborto como à eutanásia. No pré-projeto, elaborado com uma pseudoconsulta à sociedade para a qual só foram chamados os grupos que defendem a legalização do aborto, aparecem propostas como a sua liberação até a 12.ª semana caso o médico constate que a mulher não tem condições psicológicas de ser mãe, uma referência tão genérica que permite a inclusão de inúmeras situações. A previsão é de que essa proposta seja entregue ao Senado no dia 25, exatamente na véspera da Marcha.

Outra ameaça vem do Ministério da Saúde, que financia estudos de uma política de “redução de danos” que passaria pelo aconselhamento à mulher quanto aos melhores modos de abortar na ilegalidade. A incoerência da medida salta aos olhos. Como poderia o Estado ser cúmplice de um crime? Para justificar a iniciativa, inflam-se os números de mortes maternas ligadas ao aborto clandestino, que os próprios dados oficiais indicam não passarem de 100 por ano, e estarem em franco declínio. Embora cada morte seja dolorosa, não se pode defender a vida da mãe sem defender também a do filho. É evidente que a diminuição do problema passa por políticas de prevenção, com práticas educativas que levem à responsabilidade nas relações sexuais e com auxílio concreto a gestantes em situação de vulnerabilidade.

Por fim, defendemos a rápida aprovação do Projeto de Lei 478/2007, o Estatuto do Nascituro, que tramita no Congresso Nacional e virá fortalecer os direitos da criança ainda não nascida. Abaixo-assinado nesse sentido pode ser acessado pelo site www.brasilsemaborto.com.br

A vida humana merece o nosso empenho na sua defesa e promoção. Conclamamos todos a que se manifestem, nessa marcha que vamos realizar na Esplanada dos Ministérios, no dia 26, com início às 15h30. Vamos também nos manifestar pelas redes sociais por um #brasilsemaborto.


Lenise Garcia, bióloga, é professora da UnB e presidente nacional do Movimento Brasil sem Aborto.

Fonte: Gazeta do Povo 

maebebeabortadoMilhões de pessoas no mundo inteiro protestaram através das redes sociais pela política abusiva do filho único na China, após a circulação da imagem de uma mãe inconsciente junto ao cadáver do seu bebê abortado à força no sétimo mês de gravidez.

As autoridades da China investigam o caso ocorrido na província do Shaanxi, no norte da China, onde a polícia levou a força à cidadã Feng Jianmei para obrigá-la a abortar o seu segundo bebê porque não pôde pagar a tempo os 40.000 yuanes (6.200 dólares) com os que o governo sanciona a quem ousa ter mais de um filho.

O marido de Feng publicou numa rede social popular da China uma foto do seu filho morto pelo efeito de uma injeção letal que aplicaram diretamente na cabeça do bebê, enquanto a mãe permanecia atada à força a uma cama.

Mais de meio milhão de chineses comentaram o caso deplorando a atitude das autoridades. O caso se estendeu ao Facebook e Twitter e foi reproduzido por meios de comunicação em todo o mundo.

A China instaurou a finais dos anos 70 uma drástica política de controle da natalidade que inclui abortos e esterilizações a força. Os que violam a lei e conseguem ter mais de um filho sofrem consequências trabalhistas e sociais.

Sobre este tema, Carlos Polo, diretor para a América Latina do Population Research Institute, considerou que fazer visíveis estes abusos "é o primeiro passo para a sua erradicação".

"Desde a primeira visita do nosso Presidente Steve Mosher a China em 1979, o PRI enviou várias equipes de investigação sobre a aplicação da política do filho único. No ano 2009, PRI enviou uma equipe de investigação de campo a seis condados onde o Fundo de População da ONU ajudava a China a aplicar esta política. A evidência de multas impagáveis como neste caso, represálias contra familiares, perseguições, abortos tardios forçados de nascituros meses antes de nascer, etc. se entregaram a funcionários em Washington e outras capitais com a recomendação de deter o financiamento dessa organização de controle populacional. Nosso trabalho permitiu que recortassem centenas de milhões de dólares que infelizmente o governo de Obama voltou a financiar".

Fonte: ACI Digital

Educação que salva vidas

Uma análise científica de dados dos últimos 50 anos sobre a mortalidade materna do Chile concluiu que o fator mais importante na redução da mortalidade materna é o nível educacional das mulheres.

A equipe do Dr. Elard Koch, da Universidade Católica de Concepción, analisou o efeito sobre a mortalidade materna exercido pelo histórico educacional (escolaridade) e pelas políticas de saúde da mulher, incluindo a legislação que proibiu o aborto no Chile em 1989.

Os pesquisadores analisaram os fatores com probabilidade de afetar a mortalidade materna, tais como anos de escolaridade, renda per capita, taxa de fecundidade total, ordem de nascimento, abastecimento de água potável, esgoto sanitário e parto por pessoal qualificado.

"Educar as mulheres aumenta a capacidade que elas têm para acessar os recursos de saúde existentes, incluindo atendentes qualificados para o parto, e leva diretamente a uma redução no seu risco de morrer durante a gravidez e o parto", diz Koch.

Aborto e morte das mães

Uma das descobertas mais significativas é que, ao contrário de suposições amplamente sustentadas, tornar o aborto ilegal no Chile não resultou em um aumento da mortalidade materna.

Os defensores da legalização do aborto argumentam que a ilegalidade leva as mulheres para clínicas ilegais, o que aumentaria sua mortalidade.

Na verdade, após o aborto tornar-se ilegal, em 1989, a Taxa de Mortalidade Materna (TMM) continuou a diminuir de 41,3 para 12,7 por 100.000 nascidos vivos - uma redução de 69,2%.

TMM é o número de mortes maternas relacionadas à gravidez, dividido pelo número de nascidos vivos.

"Definitivamente, o status legal do aborto não tem relação com as taxas globais de mortalidade materna," destacou o Dr. Koch.

Modelo de saúde materna

Durante o período do estudo - 50 anos - a Taxa de Mortalidade Materna geral declinou dramaticamente, passando de 270,7 para 18,2 óbitos por 100.000 nascidos vivos entre 1957 e 2007 (93,8%), tornando Chile um modelo para a saúde materna em outros países.

As variáveis que afetam essa diminuição incluem os fatores previsíveis, como o acompanhamento do parto por atendentes qualificados, nutrição complementar para as mulheres grávidas e seus filhos nas clínicas de cuidados primários e escolas, instalações limpas e fertilidade.

Mas o fator mais importante, e aquele que aumentou o efeito de todos os outros, foi o nível educacional das mulheres.

Para cada ano adicional de escolaridade materna, houve uma diminuição correspondente na TMM de 29,3 por 100.000 nascidos vivos.

Fonte: Diário da Saúde 

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