benedicto_17_diciembreChiara, uma jovem mãe romana comoveu com sua história o Papa Bento XVI. Doente de câncer preferiu não submeter-se ao tratamento para não afetar a saúde do seu terceiro filho Francesco, cujos dois irmãos morreram há pouco: Maria, que sofria de anencefalia e viveu apenas 30 minutos; e David, que nasceu sem pernas e com problemas nos órgãos internos o que lhe causou a morte horas depois do parto.

Chiara, de 28 anos de idade, chegou a cumprimentar o Santo Padre ao final da audiência geral desta quarta-feira, acompanhada de seu marido Enrico de 33. No caso dos dois primeiros filhos já falecidos, rechaçaram a possibilidade de abortá-los logo depois de saber, pelas análise pré-natais realizadas, de suas graves enfermidades.

Conforme assinala o jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR), os esposos chegaram a ver Bento XVI "sorrindo, com serenidade". "O Papa, visivelmente comovido, acariciou-os afavelmente", assinala LOR.

Este casal de esposos afirma ser parte da chamada "Geração Wojtyla", tendo transcorrido seus primeiros anos da fé em uma paróquia sob a espiritualidade franciscana.

Chiara foi diagnosticada com um carcinoma enquanto estava grávida do pequeno Francesco. Por isso recusou seguir o tratamento para não afetar o seu pequeno, e iniciá-lo uma vez que desse à luz. Mas, já era muito tarde.  O avançou com uma violência tal que agora já não há lugar para a esperança de cura, assinala o LOR.

O projeto da família é exposto por Chiara dirigindo-se a Enrico: "quando eu já não estiver aqui me ocuparei de Maria e David, você que fica, cuide bem do Francesco".

Ambos afirmam ter como mestre de vida no sofrimento o Papa João Paulo II.
"O Papa de sua infância e adolescência (…) Sob sua escola, explicam, confiam-se cotidianamente à consagração a Maria, com a espiritualidade do Totus tuus e rezam o Rosário todas as quintas-feiras com outras famílias amigas", conclui o jornal vaticano.

Fonte: ACI Digital

codigocivil190412Entre as mudanças do anteprojeto de Código Civil na Argentina se encontra a eliminação da lei que protege a correspondência entre o nome e o sexo do bebê, o que permitiria que os pais escolham um nome oposto ao sexo do filho.

Na atualidade a eleição do nome, que no anteprojeto de Código Civil se denomina "prenome", regulada pela Lei 18.248 de Nome que dispõe em seu artigo 3°: "O direito de escolher o nome será exercido livremente, com a condição de que não poderão ser inscritos: os nomes extravagantes, ridículos, contrários aos nossos costumes, que expressem tendências políticas ou ideológicas, ou que suscitem equívocos respeito ao sexo da pessoa a quem é imposto".

No anteprojeto o tema, abordado no artigo 63, deliberadamente omite o requisito mencionado e na verdade indica outras regras: "não podem ser inscritos mais de 3 prenomes, sobrenomes como prenomes, primeiros prenomes idênticos a primeiros prenomes de irmãos vivos; nem prenomes extravagantes".

Assim o Centro de Bioética na Argentina, junto a distintos meios de comunicação no país, denunciaram estas mudanças que permitiriam que os pais escolham até mesmo um nome que não coincida com o sexo do filho.

"A reforma não é inocente e se emoldura na tendência a incorporar a perspectiva de gênero como critério último de valoração da pessoa, que perde a riqueza de homem e mulher e se dilui em uma forma de vida onde a sexualidade é pura construção cultural. É grave autorizar ações sobre as crianças, que vêem manipulada sua identidade em função dos desejos dos adultos", assinalou o centro.

Mais informação em: www.centrodebioetica.org

Fonte: ACI Digital

massimoMassimo Polledri um político católico italiano que quer chegar a ser prefeito da conhecida cidade de Piacenza, propõe um programa de governo com critérios 100 por cento pró-vida, considerando que a vida começa com a concepção e termina com a morte natural; e que a família é aquela fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher.

Polledri, médico de profissão especializado em neuropsiquiatria infantil, tem entre suas conquistas de 10 anos como parlamentar na Liga Norte da Itália, ter pressionado o governo italiano para que interviesse na liberação do também médico cubano, Oscar Elías Biscet, condenado a 10 anos de prisão por denunciar a realidade do aborto em Cuba.

O político italiano também liderou batalhas contra a eutanásia e baseado em uma lei sobre cuidados paliativos, defendeu a presença do crucifixo em lugares públicos e lutou pelo bem das minorias cristãs em países como Líbano, Síria e Iraque.

Polledri também combateu o uso não regulado da fecundação artificial e vai aderir se a um "Pacto pela vida e a família" defendendo os valores inegociáveis do ser humano.

O programa de governo, estabelecido em um pacto de 7 pontos, foi redigido considerando que a vida começa com a concepção e termina com a morte natural; e que só a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher pode ser chamada como tal.

No primeiro ponto o político pró-vida se compromete a oferecer ajuda, junto às associações familiares, às mulheres que abortaram ou que estão pensando em abortar; também manifesta seu compromisso para com as pessoas em estado de inconsciência permanente, seu cuidado paliativo e a assistência que necessitam.

No seu programa, Polledri também oferece ajuda às pessoas com deficiência física e aos casais que desejam casar-se através de políticas que favoreçam as famílias. No pacto se rechaça ademais qualquer tentativa de equiparar outro tipo de união ao matrimônio natural.

Deste modo o programa do doutor Massimo Polledri oferece ajuda às mães solteiras e a todas as mulheres que têm que arcar sozinhas com as responsabilidades do lar, para que elas possam levar adiante a suas famílias e terem uma vida profissional; além de gerar uma política de liberdade de educação que contribui com a família.

Sobre Polledri, o ator e produtor mexicano pró-vida há, Eduardo Verástegui, assinalou que "a batalha pelo direito à vida e por nossos valores fundamentais é a mais importante de nosso tempo, porque sobre ela descansam os pilares de nossa sociedade: não há progresso e bem-estar autênticos sem o pleno respeito à liberdade de todos os seres humanos, da concepção até sua morte natural".

"Por isso quero alentar de coração o honorável Dr. Massimo Polledri a seguir propondo estes temas fundamentais em sua campanha para a prefeitura de Piacenza. Piacenza foi um farol de cultura e fé para a Itália e o mundo", assinalou também o ator e ativo membro do movimento pró-vida.

Verástegui afirma que "nós oramos pelo êxito do honorável Dr. Polledri em seu esforço por manter a ‘Primogênita’ (como se conhece a cidade de Piacenza por ter sido a primeira cidade em 1858 a solicitar sua anexação ao Reino da Itália) nesse mesmo papel (de farol de cultura e fé) no futuro".

O presidente do Conselho Pontifício para a Família, cardeal D. Ennio Antonelli defendeu em Lisboa “o direito” das crianças a um agregado familiar “normal” e recusou que o “matrimónio de um homem e uma mulher” seja equiparado a “outras formas de convivência”.

“A família normal fundada sobre o matrimónio é uma comunidade estável de vida e de pertença recíproca”, enquanto outros modelos se situam na “lógica do indivíduo que pertence apenas a si mesmo e mantém com os outros só uma relação contratual de intercâmbio”, sustentou o presidente do Conselho Pontifício para a Família.

Em resposta a uma pergunta colocada pela assistência presente na Aula Magna da Universidade de Lisboa, D. Ennio Antonelli declarou que “é necessário não apenas olhar aos desejos dos adultos mas aos direitos das crianças”, dado que “os desejos nem sempre são direitos mas o bem objetivo das crianças é um direito”.

“O mal-estar e os deslizes juvenis aparecem associados, em medida muito mais elevada às famílias desfeitas, incompletas e irregulares”, afirmou na conferência de abertura do encontro “A Família e o Direito – Nos 30 Anos da Exortação Apostólica ‘Familiaris Consortio’”.

O presidente do organismo da Santa Sé lembrou que “em nome da não discriminação, se reivindica o direito dos homossexuais a contrair matrimónio ou pelo menos a equiparar em tudo a sua relação ao matrimónio”.

Esta posição esquece “que a justiça não consiste em dar a todos as mesmas coisas, mas em dar a cada um o que lhe pertence, e que é injusto tratar de modo igual realidades diversas”, alegou.
O prelado referiu que “a contestação mais forte contra a Igreja diz respeito à ética sexual”, porque “aos olhos de muitos” a doutrina católica “apresenta-se como inimiga da liberdade e da alegria de viver”.
A Igreja, contrapôs, “não rebaixa a sexualidade, mas, integrando-a no amor de doação, exalta-a até fazer dela uma antecipação das núpcias eternas”.

O cardeal acentuou que “o objetivo fundamental” dos católicos “deve ser a formação duma cultura e duma opinião pública favorável à família”.

“Para sair da crise económica atual, todos se dão conta de que há necessidade, por um lado, de inovação, investimentos e maior produtividade e, por outro, de equilibrada alternância de gerações e, consequentemente, taxa mais elevada de natalidade e melhor educação”, apontou.

D. Ennio Antonelli argumentou que “são precisamente as famílias sadias que asseguram poupança, responsabilidade e eficiência, procriação generosa e compromisso educativo”, pelo que a sociedade beneficia da criação de “oportunidades de trabalho” e da “harmonização” das exigências relativas ao tempo dedicado à família e à empresa.

A “felicidade”, no entanto, não se centra na economia: o facto de se ter “uma família normal conta mais que os rendimentos” e “a falência do matrimónio faz sofrer mais que o desemprego”, realçou.
Responsável máximo pela organização do 7.º Encontro Mundial das Famílias, que decorre em Milão (Itália), de 1 a 3 de Junho, o cardeal Antonelli disse que espera um milhão de participantes na iniciativa. O encontro conta com a presença do Papa Bento XVI.

Fonte: Rádio Vaticano

Sexta, 27 Abril 2012 16:48

Bancada quer proibir aborto

Em mais uma reação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que liberou o aborto de fetos anencéfalos, a bancada evangélica vai apresentar na próxima quarta-feira uma proposta de emenda constitucional para incluir na Carta Magna o termo "desde a concepção" no artigo que trata da inviolabilidade do direito à vida. Se aprovada pelo Congresso, a mudança poderia tornar ilegais toda forma de aborto. Hoje é permitido interromper a gravidez em caso de estupro ou de risco de morte da mulher, além de gravidez em caso de fetos anencéfalos (sem cérebro).

Autor da PEC, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vê na medida uma forma de inverter o debate. Os projetos hoje em tramitação no Congresso têm o objetivo de liberar a prática do aborto em alguns casos ou até mesmo de forma geral. "Essa nossa PEC é contra o aborto. É para ser mais difícil no futuro se fazer qualquer concessão nessa área", diz Cunha.

O deputado entende que os casos já previstos em lei podem ser considerados válidos, mas reconhece que a aprovação levantaria questionamentos. "É para ser polêmico mesmo", diz o parlamentar. Sua proposta alcançou quinta-feira a marca de 175 assinaturas, 4 além do necessário para o protocolo, mas o deputado continuará a coleta de apoios para ter uma margem de segurança.

O deputado João Campos (PSDB-GO), coordenador da frente parlamentar evangélica, foi quem teve a ideia de fazer um ato da bancada para marcar o protocolo da proposta.

Para o tucano, a mudança tornaria qualquer aborto ilegal. Campos admite que na tramitação é possível fazer alguma negociação para se permitir a interrupção da gravidez se a mulher estiver sob risco de morte. Esta não é a primeira tentativa de parlamentares contrários ao aborto de tentar tornar a Constituição mais rígida nesse ponto. Ex-presidente da Casa, o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) apresentou em 2003 proposta idêntica.

Fonte: O Diário

Quinta, 26 Abril 2012 12:01

EUA: ecografia antes do aborto

Nova lei aprovada no Estado da Virgínia

 

A partir de 1º de julho, as mulheres de Virgínia, EUA, terão que fazer uma ecografia se quiserem abortar. Serão isentas apenas as mulheres que sofreram estupro ou incesto, conforme informações do site francês Gènéthique, da Fundação Jérôme Lejeune.

A Virgínia é o oitavo estado a impor este procedimento antes de um aborto. As mulheres podem se recusar a ver a imagem do feto e ouvir as batidas do seu coração, desde que reiterem a recusa por escrito. No entanto, não poderão recusar o ultrassom.

O médico é obrigado a informar as mulheres sobre os riscos do aborto para a saúde e sobre as chances de entregar o bebê para adoção. Nos Estados Unidos, observa a fundação, o aborto está “na mira dos legisladores”.

A lei foi aprovada com o objetivo de "ajudar as mulheres a tomar uma decisão bem informada". Para Rosemary Codding, porém, feminista e diretora de Falls Church Health Care, centro de saúde da Virgínia que realiza abortos, a medida representaria uma "intrusão total do governo na prática médica, com o único objetivo de continuar desgraçando e humilhando as mulheres".

Em 32 estados norte-americanos, o aborto não é reembolsado por fundos públicos; em 46, os estabelecimentos de saúde podem se recusar a fazê-lo, e em 19 é obrigatório informar as mulheres sobre o risco "de câncer de mama, sofrimento do feto e depressão pós-aborto". Além disso, outros estados estão tentando "reconhecer a humanidade do embrião e os seus direitos constitucionais".

Fonte: Zenit

Quarta, 25 Abril 2012 13:58

A morte do direito à vida

Da Série - Sínteses – quais as consequências da liberação do aborto de anencéfalos pelo STF?

Por Lenise Garcia

Poucos perceberam a gravidade da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao autorizar o aborto de crianças com anencefalia, com o argumento de que “o feto sem potencialidade de vida não pode ser tutelado pelo tipo penal que protege a vida”. O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo, fez também a colocação de que o anencéfalo seria “natimorto”, contradizendo-se logo a seguir ao afirmar que tem “possibilidade quase nula de sobreviver por mais de 24 horas”. A ninguém ele explicou como pode um natimorto sobreviver.

Entre os que se deram conta da gravidade da situação está o ministro Peluso, que disse em seu voto que “este é o mais importante julgamento da história desta Corte. O que nela na verdade se tenta definir é o alcance constitucional do conceito de vida e sua tutela normativa”. “A vida não é um conceito artificial criado (...) pela ciência jurídica. A vida, assim como a morte, são fenômenos pré-jurídicos, dos quais o Direito se apropria para determinados fins, mas que jamais, em nenhuma circunstância, podem regular, de maneira contraditória, a própria realidade fenomênica”, acrescentou.

Ao descaracterizar a vida do anencéfalo como direito a ser protegido, o STF deu à luz uma estranha criatura, o “morto jurídico”. Foram desvinculadas a “vida biológica” e a “vida jurídica”, e assim a criança com anencefalia foi morta por decreto ainda no útero da mãe. Curiosa solução para que possa ser abortada sem aparente transgressão da lei, pois juridicamente já está morta, desde que o médico e a mãe assim decidam. Entretanto, preservou-se o direito das mães que queiram levar a gravidez até o fim. Que direitos terá essa criança, ao nascer? Será registrada como morta? E se perseverar em viver, mesmo que por alguns dias, terá direito à assistência? Segundo o ministro Marco Aurélio, “jamais se tornará uma pessoa”, é um “não cidadão”, juridicamente morto.

Uma vez aprovada a sentença de morte, ficou para o Conselho Federal de Medicina a impossível tarefa de decidir a quem deverá ser aplicada, ou seja, como diagnosticar, sem possibilidade de erro, a criança anencéfala. O diagnóstico intraútero é de acrania, acompanhado pelo prognóstico de anencefalia, pois o cérebro ainda está em formação e a sua lesão está em processo. Prever, aos três meses de gravidez, como será a deficiência ao nascer é similar a examinar uma criança de três anos e prever o seu peso e altura quando tiver nove. Seja qual for o tamanho da lesão, não pode ser argumento para se negar a vida de quem a possui.

Outro grave erro que perpassa os votos favoráveis à autorização do aborto é a substituição do julgamento moral feito com base em uma contraposição entre bem e mal – base de todo o ordenamento ético e jurídico – para outra, feita entre felicidade e sofrimento. Evidentemente, ninguém deseja o sofrimento per se. Entretanto, há inúmeras situações na vida humana em que ele é inevitável. Se o estar sofrendo autorizasse qualquer ação, estaríamos diante da derrocada da moral. Além do mais, é falso o alívio trazido pelo aborto, pois as mulheres que a ele recorrem terão de conviver com a lembrança do ato praticado, muito mais dura que a memória de um filho, mesmo deficiente, recebido com amor e doação de si.

Com o discurso da liberdade, a decisão do STF tem ares totalitários e abre perigosíssimos precedentes de violação do mais básico dos direitos humanos, o direito à vida.

Lenise Garcia é bióloga, professora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto.

Fonte: Gazeta do povo

Cada vez mais mulheres recorrem ao hospital para realizar um aborto. Um estudo revela que o número de repetições da realização de abortos tem vindo a aumentar desde 2007.

jpnA despenalização da interrupção voluntária da gravidez foi aprovada em Portugal há cinco anos, em 2007, e desde então o número de mulheres que recorrem ao hospital para realizar um aborto mais que uma vez tem vindo a aumentar. Desde 2007 foram realizadas 80 mil interrupções voluntárias da gravidez, das quais 13.500 são repetições.

O último estudo realizado pela Federação Portuguesa pela Vida (FPV), com dados estatísticos até 2010 da direção geral da Saúde e do Instituto Nacional de Estatística, revela que entre 2008 e 2009 o número de abortos aumentou de 15 mil para 34 mil, e de 2009 para 2010 houve um aumento de 54 mil. Só em 2010 ocorreram 4651 repetições de aborto, das quais 978 representaram duas ou mais repetições.

O principal objectivo da aprovação da lei foi o combate ao aborto clandestino, pelo que a interrupção voluntária da gravidez é possível até às dez semanas de gestação.

No entanto, o número de complicações relacionadas com os abortos clandestinos baixaram consideravelmente e, de acordo com o mesmo estudo, as mulheres mais instruídas e com idades entre os 20 e os 35 anos são quem recorre mais vezes à interrupção voluntária da gravidez.

Fonte: JPN - Jornalismo Porto Net 

Diante de questões polêmicas que acabam envolvendo o cunho religioso, como aborto e eutanásia, o ensino religioso pode ser um auxílio na forma como a sociedade recebe tais assuntos. A educação, de forma geral, também é um dos assuntos que deve ser abordado durante a 50ª Assembleia Geral dos Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que está sendo realizada desde o dia 18 até o dia 26 de abril em Aparecida (SP).

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, informou que a CNBB já possui alguns projetos relacionados à educação, em especial ao cuidado na formação dos professores.

bispodomjoaquim"Trabalhamos com professores de instituições católicas e da rede pública, porque o interesse da Igreja é que nós tenhamos uma educação de qualidade em todo os aspectos", disse.

Sobre a forma como a educação religiosa pode auxiliar em questões polêmicas, como aborto e eutanásia, Dom Joaquim ressaltou o papel da Igreja na formação da consciência das pessoas. "Eu acho que chegará um tempo em que a Igreja terá como campo prioritário aquilo que ela sabe fazer e fez em toda a história do cristianismo, que é a formação da consciência".

O bispo ressalta que, mesmo que a lei permita algumas situações, como o aborto, a decisão final deve vir da consiência da pessoa. "A educação, o ensino religioso, a comunidade eclesial, os homens e mulheres de boa vontade têm muito a contribuir para a formação da consciência".

Em relação ao papel da família na educação religiosa, o presidente da Comissão para Vida e Família da CNBB e bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, destacou alguns problemas existentes nessa atuação. "Um pouco pela pressão do trabalho, cria-se situações em que a criança não é acompanhada nessa questão religiosa que é importantíssima".

Ele completou ressaltando a importância dos pais na vida religiosa de seus filhos. "É muito bonito quando um pai pode pegar sua criança no colo, levá-la à Igreja e apresentá-la a Jesus. Isso marca a consciência da criança muito mais que 70 horas de catequese".

Problemas

Embora a Igreja auxilie nesse processo de educação religiosa, Dom Joaquim alertou para o fato de que muitos outros fatores também atuam nesse processo, mas formando a consciência de outra maneira."A consciência, por exemplo, da permissividade: vale tudo desde que você satisfaça seus interesses", observou.

Para a formação da consciência, o bispo afirmou que a Igreja trabalha a partir do Evangelho, dos testemunhos das pessoas, mobilizando as comunidades e também por meio dos meios de comunicação.

"Eu acredito que, assim como Jesus ajudou a formar consciências diferenciadas no seu tempo, nós, que somos discípulos do Senhor, também haveremos de conseguir formar consciências muito lúcidas para viverem no tempo de hoje", finalizou.

Fonte: Canção Nova

oraoA decisão do Superior Tribunal Federal (STF) sobre a legalização do aborto de fetos com anencefalia fez parte das discussões da coletiva de Imprensa da 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde desta quarta-feira, 18.

O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, reiterou a posição da Igreja Católica a favor da vida. “Mesmo após da decisão do STF, a Igreja continua com o seu trabalho de conscientização e defesa dos princípios morais e éticos”, acrescentou o bispo.

Dom Petrini afirmou que ao defender o direito à vida dos anencéfalos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos.

O bispo de Camaçari também mencionou que o STF decidiu pela legalização do aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais. “Considerar este feto como ‘não pessoa’ é o mesmo que destituí-lo do direito fundamental à vida e descartar um ser humano frágil e indefeso”, acrescentou.

O bispo ressaltou que a gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe, porém a mulher que decidir levar adiante a gestação necessita de assistência de órgãos de saúde.

“Precisamos questionar se os profissionais de saúde que se recusarem a fazer o aborto serão respeitados em sua liberdade de consciência. O STF não pensou nas demandas que essa decisão pode acarretar”, concluiu.

Sobre esse tema, Silvonei José conversou com o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto que falou em exclusiva para a Rádio Vaticano. Dom Augusto além de bispo é médico: CLIQUE AQUI PARA OUVIR!

Fonte: Radio vaticana

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