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O diário New York Times difundiu esta semana a história de Cinthya Daily, uma mulher que descobriu que o bebê que concebeu há sete anos com sêmen de um doador tem ao menos 150 meio-irmãos, um caso que evidência como o milionário negócio da fecundação artificial está fora de controle no país há tempos.

Nos Estados Unidos não há um limite oficial para conceber crianças de um único doador de sêmen e o caso de Daily confirmou as críticas de diversos peritos sobre a massificação das práticas de fecundação artificial e seus riscos.

O jornal admite que "existe uma crescente preocupação entre os pais, os doadores e os peritos médicos sobre as possíveis conseqüências negativas de ter tantos filhos gerados pelos mesmos doadores, incluindo a possibilidade de que os genes de enfermidades raras possam propagar-se mais amplamente através da população".

"Alguns peritos inclusive chamando a atenção sobre o aumento das probabilidades de incesto acidental entre irmãos, que freqüentemente vivem perto uns dos outros", acrescenta o jornal.

A reportagem também informa que à medida que mais mulheres optam por ter filhos por conta própria, e o número de crianças nascidas por inseminação artificial aumenta, começam a aparecer grupos de irmãos doadores em redes sociais a partir dos números únicos de identificação dos doadores de esperma.

"Os críticos dizem que as clínicas de fertilidade e bancos de esperma estão ganhando enormes benefícios ao permitir que muitas crianças sejam concebidas com esperma de doadores populares, e que as famílias deveriam receber mais informação sobre a saúde dos doadores e as crianças concebidas", explica.

"Temos mais regra para comprar um automóvel usado que para adquirir esperma", afirmou Debora L. Spar, presidente do Barnard College e autora do livro " The Baby Business: How Money, Science, and Politics Drive the Commerce of Conception" (O negócio dos bebês: Como o Dinheiro, a Ciência e a Política conduz o comércio da Concepção).

Para Spar nenhuma relação comercial tem tão poucas regras como a indústria da fertilidade pois embora outros países, incluindo a Grã-Bretanha, França e Suécia, limitem o número de filhos de um doador de esperma, este limite não existe nos Estados Unidos.

Ninguém sabe quantas crianças nascem nos Estados Unidos de doadores de esperma. Segundo algumas estimativas, o número flutua entre 30 mil e 60 mil. Requer-se das mães que informem voluntariamente sobre o nascimento de uma criança gerada com esperma mas apenas 20 até 40 por cento delas o faz, conforme explicou Wendy Kramer, fundadora do registro de irmãos de doadores compatíveis.

Kramer teve seu filho Ryan, agora de 20 anos, através de um doador de esperma e no ano 2000 iniciou o registro para ajudar a conectar famílias com filhos como o seu. Em seu registro, os pais podem inscrever o nascimento de um menino e encontrar meios irmãos através do número atribuído a cada doador de esperma.

Segundo Kramer, muitos pais de família se surpreendem ao saber quantos meios-irmãos sua criança tem.

"Alguns pensam que sua filha pode ter poucos irmãos, mas logo vão ao nosso site e encontram que na realidade ela tem 18 irmãos e irmãs. Estão assustados. Estou surpresa de que estes grupos sigam crescendo e crescendo", indicou.

Kramer acredita que certos bancos de esperma nos Estados Unidos trataram as famílias com pouca ética e é hora de considerar uma nova legislação que limite este negócio.

A doutrina católica se opõe à fecundação in vitro por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio.

Em segundo lugar porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo.

Fonte: www.acidigital.com

O Presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), José María Simón Castellví, considerou que os médicos atuam como "os dedos de Deus" quando salvam vidas e enfrentam como heróis a pressão anti-vida que favorece o aborto e a eutanásia.

Em diálogo com a agência ACI Prensa por motivo da inauguração da Conferência Internacional de Médicos Católicos que se celebra em Roma, Simón Castellvi disse que os médicos "somos os dedos de Deus para que o doente esteja bem. Estamos para curar, para aliviar, para consolar, e também para sofrer com o paciente se for inevitável".

A conferência internacional centrou suas reflexões no tema da maternidade , esta terá continuidade até o dia 5 de setembro e é organizada pela agência de cooperação materno-infantil MaterCare International, criada pela FIAMC. Participam dela 200 ginecologistas e líderes pró-vida de mais de 40 países.

O presidente da FIAMC assinalou à ACI Prensa que no mundo "não estamos dando a resposta adequada aos problemas que tem a maternidade", e que isto "não é aceitável, pois temos que fazer muito mais desde a sociedade civil em geral e desde a Igreja".

Explicou que enquanto em alguns países morrem mães e bebês por não ter acesso a uma atenção sanitária digna, e que "é necessário proteger as mães de maneira sanitária", nos países chamados desenvolvidos e onde se praticam abortos, "temos a luta ou a guerra cultural pela defesa da vida, e é necessário proteger a maneira de pensar das pessoas para que não matem o fruto da concepção".

Simón Castellvi considerou que "em geral, o médico, se repugna de destruir uma vida. Mas devido a motivos culturais e por motivos do inframundo, há muitos médicos que estão disposto a matar uma vida inocente –no caso do aborto–, e estão começando, especialmente na Europa, a estar de acordo em eliminar uma vida em sofrimento com a eutanásia".

O médico catalão destacou o exemplo dos ginecologistas "que são os verdadeiros heróis de nossos dias, porque exercer a obstetrícia e a ginecologia é muito difícil. O obstetra hoje está a pressão pelas leis anti vida, ou porque às vezes as famílias pedem coisas que não podem ser feitas desde a fé, e são autênticos heróis".

"Quem exerce sadiamente a obstetrícia é alguém muito meritório", acrescentou.

A batalha cultural do aborto é um tema central do congresso, junto à problemática dos países mais pobres, especialmente da África Subsaariana, onde "todos os dias morrem dezenas e dezenas de mães porque no parto não são atendidas, e além de que estas mortes incluem o filho que levam dentro".

A FIAMC atualmente administra dispensários, entre outros lugares, no Quênia, Timor e em um futuro próximo os terá no Haiti.

Segundo o perito, o objetivo da conferência "é formar, informar e fazer tudo o que esteja em nossa mão para melhorar a situação das mães em todo mundo. Às vezes não poderemos pôr mais que uns poucos grãos de areia, em outras ocasiões poderemos fazer mais, possivelmente sejam pequenas coisas, mas devem ser feitas".

"No fundo, a gente não tem que fazer mais do que pode, mas deve fazer o que deve fazer, que é o que aquele lá em acima nos pede, ‘Façam o que puderem, e eu porei o resto’", concluiu.

Fonte: www.acidigital.com

A política da ONU sobre a juventude deverá respeitar o direito dos pais de educar seus filhos, incluindo a questão da sexualidade humana e "saúde reprodutiva", afirma um representante da Santa Sé.

Dom Francis Chullikatt, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, disse isso em seu discurso na recente reunião de alto nível das Nações Unidas sobre a juventude.

"Todos os jovens devem ser educados no ambiente em que podem crescer e aprender, isto é, numa comunidade e sociedade caracterizada pela paz e a harmonia, livre de violência e discórdia. Cada um dos filhos, para desfrutar de um desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em uma atmosfera de felicidade, amor e compreensão”, disse o arcebispo.

O representante da Santa Sé explicou que esse tipo de ambiente "promoverá o bem e a responsabilidade do cidadão, que é essencial para o bem comum da humanidade".

A responsabilidade e o respeito pelos outros é aprendido em uma família, disse Dom Chullikatt.

"A família desempenha um papel importante na educação das crianças, no desenvolvimento de suas habilidades e na formação e aquisição de valores éticos e espirituais que estejam profundamente enraizados na paz, liberdade e dignidade e igualdade de todos os homens e mulheres”, afirmou.

"A família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, é o grupo de união fundamental da sociedade, e o Estado e a sociedade devem garantir sua proteção."

Educação

O arcebispo, de 58 anos, lembrou à ONU que "os pais – pai e mãe juntos – têm a responsabilidade primeira de educar e ajudar os seus filhos a crescerem, para se tornarem bons cidadãos e líderes."

"Os pais não podem esquivar desta responsabilidade", disse.

E os Estados – acrescentou o prelado – "são chamados, de acordo com instrumentos internacionais, a respeitar essas responsabilidades, direitos e deveres dos pais neste sentido."

"As políticas de juventude, programas, planos de ação e compromissos assumidos pelos Estados membros devem respeitar plenamente o papel dos pais no bem-estar de seus filhos e sua educação", disse o representante da Santa Sé, "incluindo a questão da sexualidade humana e a chamada ‘saúde reprodutiva’, que não deveria incluir o aborto.”

Fonte: www.zenit.org

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Segundo informou o Boletim do Movimento em Defesa da Vida (MDV), a executiva nacional do PSOL decidiu por 27 votos a 15 revogar a decisão do Diretório Estadual do partido na Bahia de filiar Rose Bassuma, em reunião realizada em São Paulo neste domingo (4).

Segundo a nota do MDV, a disputa política em torno do ingresso da mulher do ex-deputado Luiz Bassuma se deveu, segundo Ronaldo Santos, secretário-geral do PSOL na Bahia, à divisão existente dentro do partido no estado. A filiação foi acatada pela direção estadual, presidida por Marcos Mendes, e questionada pelo grupo de Hilton Coelho, que comanda a legenda em Salvador.

“Como o grupo de Hilton também tem maioria em nível nacional, entrou com um recurso e conseguiu reverter a filiação. Utilizaram, como argumento contra Rose, sua posição contrária ao aborto: "Isso é uma inquisição. Vai contra os direitos individuais das pessoas”, esclarece também Ronaldo Santos no texto divulgado pelo MDV.

“Eu sou fundador do PSOL nacionalmente e sou contra (o aborto), assim como a Heloísa Helena é", comparou Santos, que é membro da executiva nacional do partido. 

"O que está em jogo é a correlação de forças pelo controle do partido aqui no estado", frisou.

O dirigente acrescentou que os membros do colegiado levaram em consideração ainda a suposta informação de que Rose teria votado em José Serra (PSDB) para presidente da República no ano passado. Segundo o texto enviado pelo MDV Bassuma teria grandes chances ganhar a eleição para vereadora em Salvador, em 2012.

Fonte: www.acidigital.com

Quando o sentimento de culpa é armazenado pode gerar depressão, medos e alterações emocionais mais graves. Foto: Getty Images

Mulheres que fazem abortos têm quase o dobro de risco de desenvolver problemas mentais em comparação com as demais pessoas, segundo estudo. A pesquisa descobriu que o aborto afeta a saúde mental e pode causar ansiedade, depressão, alcoolismo, abuso de drogas e suicídio. As informações são do Daily Mail.

O estudo foi baseado em uma análise de 22 projetos separados que avaliaram as experiências de 877 mil mulheres, das quais 163,831 tinham abortado. Os resultados apontaram que mulheres que se submeteram ao aborto tiveram um risco 81% maior de problemas de saúde mental e quase 10% das doenças mentais mostraram ligação direta com o ato.

A pesquisa concluiu que o aborto estava relacionado a 34% de aumento de chances de transtornos de ansiedade, 37% de depressão, 110% de aumento de risco do abuso do álcool, 220% do uso de maconha e 155% mais chances de suicídio.

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Fonte: Portal Terra
Foto: Getty Images

Por Thaddeus Baklinski

MARKDALE, Ontário, Canadá, 31 de agosto de 2011 — O segundo membro mais velho de uma banda de família muito diferente e promissora de uma pequena comunidade do centro de Ontário compôs uma bela música a partir da perspectiva de um bebê no útero de sua mãe enquanto a mãe está considerando provocar um aborto.

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A banda da família Black é composta pelos 10 filhos da família

Emily Black disse para LifeSiteNews que ela começou a compor a música “Mommy I’m Yours” (Mamãe, Sou de você) porque ela sempre teve uma profunda convicção pró-vida.
“Sempre fui muito pró-vida e tinha um desejo de espalhar essa mensagem por aí, mas essa música como que aconteceu. Iniciei-a há cerca de um ano e só ficou ali sendo chocada por um tempo”, disse Emily. “Meu pai sempre nos incentivou a escrever músicas para nossos shows, de modo que eu havia escrito uma. Com a ajuda de minhas irmãs, a terminamos e fizemos uma demonstração para nossos pais que realmente gostaram dela. Por isso, começamos a usá-la em nossos shows e decidimos que ela deveria entrar em nosso álbum”.
“Estas paredes são finas, mas apesar disso estou quente/Este é meu abrigo, este é o meu lar temporário…/Você está no telefone e está chorando de novo/Não sei por que, mas choro também./Por favor, não faça isso para você mesma, não faça isso para mim”, inicia a música de Emily.
Emily, aos dezenove anos, é a segunda filha mais velha dos dez filhos da banda musical Black: os 6 meninos e 4 meninas estão na faixa de 20 anos a quatro anos.
Os Blacks começaram a cantar como família na clínica geriátrica de seus avós cerca de oito anos atrás, depois de serem inspirados pelos espetáculos de outra família musical, os Leahys de Lakefield, Ontário, nacional e internacionalmente conhecidos por suas músicas populares, country e célticas, sapateando e cantando.
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Emily Black, com 18 anos, compôs a música "Mommy I'm Yours"
 

“Nossos pais nos iniciam em lições de piano quando temos 4 anos de idade”, explicou Emily, “mas depois de ouvir os Leahys em concerto há nove anos, fomos inspirados a aprender o violino só porque amávamos a música. Então, obtivemos um violino, começamos a ter lições e tudo decolou daí”.
A família de músicos prosseguiu cantando em igrejas locais, campanhas de arrecadação de fundos e feiras municipais. Agora famosos em todo o sul de Ontário, a Família Black deu 85 concertos no ano passado, e acabaram de lançar seu segundo CD, intitulado “The Sunny Side of Life” (O Lado Agradável da Vida).
“Todos os fins-de-semana, principalmente no verão e outono, viajamos por todo o sul de Ontário, até 6 ou 7 horas de distância de nosso lar, para dar nossos shows”, disse Emily. De julho a dezembro deste ano a Família Black está com vinte e cinco eventos em sua agenda, abrangendo de Owen Sound a Petrolia.
Emily cantou “Mommy I’m Yours” em seus shows durante todo o ano que passou, e disse para LifeSiteNews que ela nunca havia recebido uma reação negativa à música.
“Recebi muitas respostas positivas à música em nossos shows; nunca tive nenhuma reação negativa de ninguém. Ainda que não façam comentários sobre qualquer parte do show, as pessoas virão e dirão quanto essa música as tocou. É por isso que a estamos mantendo em nossos shows, pois você nunca sabe quem a ouvirá que precisa ouvi-la”, disse ela.
“Eu amo você e quero que você também me ame./Mamãe, sou de você, por favor me mantenha nos braços de seu coração,/E não me abandone”, Emily canta no refrão de sua música.
Emily também trabalha para a causa pró-vida como secretária da Federação do Direito à Vida em Hanover, Ontário, e mencionou que sua família tem participado da Marcha Nacional pela Vida em Ottawa todos os anos. Quando indagada se ela gostaria de cantar “Mommy I’m Yours” na Marcha pela Vida, ela disse “Com certeza! Isso seria algo realmente especial!”
Informações sobre a Família Black, uma lista de seus shows programados e links para “Mommy I’m Yours” e outras músicas em seu novo CD estão disponíveis no site Black Family Music aqui.

Fonte: Notícias Pró-Família 

Novo livro detalha a prática do aborto seletivo

A discriminação sexual não se limita ao mundo ocupacional. Em muitos países, meninas ainda nem nascidas têm um destino já traçado: a eliminação.

A jornalista Mara Hvistendahl analisa os motivos e o alcance dessa prática em Unnatural Selection: Choosing Boys Over Girls, And the Consequences of a World Full of Men [Seleção não natural: a preferência por meninos e as consequências de um mundo cheio de homens].

Nascem no mundo 105 meninos para cada 100 meninas. Os homens têm mais probabilidades de morrer jovens, o que faz com que esse ligeiro desajuste nos nascimentos acabe chegando a um equilíbrio populacional entre os adultos. Os dados citados no livro revelam a dramática situação da China e da Índia, onde o nível atual de nascimentos masculinos atinge 121 e 112, respectivamente, para cada 100 meninas.

Em 2005, o demógrafo francês Christophe Guilmoto calculava que, se a proporção de nascimentos tivesse permanecido em seu nível natural, o continente asiático teria chegado a 163 milhões de mulheres a mais. Esta cifra é superior a toda a população feminina dos Estados Unidos, observa Hvistendahl.

Não é só um problema da Ásia. Segundo o livro, a mesma tendência está presente no Cáucaso – Azerbaijão, Geórgia e Armênia – e nos Bálcãs.

A redução do número de mulheres está ocorrendo justo quando o crescimento da população vem se reduzindo drasticamente. A geração atual é a mais numerosa de todas as que muitos países em desenvolvimento vão ter nas próximas (muitas) décadas.

É uma geração que nasce num momento em que muitos países que sofrem o desequilíbrio artificial de gêneros melhoraram seu nível de vida de modo notável. Os analistas de ciências sociais sempre assumiram que as perspectivas das mulheres melhorariam quando os países enriquecessem, mas aconteceu o contrário.

Elementos ideológicos

Esta suposição cegou os demógrafos diante do que estava ocorrendo, observa Hvistendahl. Apesar do surgimento de máquinas de ultrassom baratas para as ecografias, muitos assumiram que o aborto seletivo logo desapareceria. Mesmo hoje, as previsões de população das Nações Unidas assumem que os casais terão em breve um número igual de meninos e de meninas.

Um dos temas principais do livro de Hvistendahl é a tentativa de achar as causas do desequilíbrio. Ao contrário de outros, que destacam a tradicional preferência cultural pelos meninos como o principal fator, ela aponta fatores adicionais, como a pressão para controlar a população.

As pessoas de quase todas as culturas têm preferência por filhos meninos, e, mesmo assim, a seleção sexual não acontece em todas as culturas.

Existe, também, uma forte correlação entre os países que mudaram recentemente a tendência de alta para baixa fertilidade e um significativo número de meninas não nascidas.

Nas últimas décadas, o movimento de controle populacional transformou as pessoas em números, e os pais foram incentivados, nos países em desenvolvimento, a ter famílias pequenas. A ideia de controlar a reprodução levou à mentalidade de que os meninos são uma espécie de produto manufaturado, explica a autora.

A partir dos anos sessenta, as elites empresariais e culturais dos Estados Unidos começaram a pressionar a favor do controle populacional, que elas consideravam necessário para garantir o sucesso econômico nos países em desenvolvimento. As ajudas econômicas ocidentais costumavam vir atreladas a medidas de controle populacional.

Não foi a primeira vez que o Ocidente aplicou tais pressões. Na Índia, os britânicos documentaram a prática do infanticídio feminino, atribuindo-o a tradicionais culturas primitivas. Os estudos posteriores, explica Hvistendahl, analisaram as políticas de controle da terra e de arrecadação de impostos da Companhia das Índias Orientais no século XIX e concluíram que elas aumentaram a pressão para assassinar as meninas.

É fato que em algumas castas as meninas eram assassinadas antes da chegada dos britânicos, mas, à medida que os colonialistas introduziam suas reformas, aquele tipo de infanticídio estendeu-se para outros grupos.

Já no século XX, em 1967, a Disney produziu um filme para o Conselho de População chamado Family Planning. Traduzido em 24 idiomas, apresentava o Pato Donald como o pai responsável de uma pequena e rica família. Sem planejamento familiar, dizia-se aos espectadores, “as crianças ficarão doentes e tristes, com poucas esperanças de futuro”.

Filho homem: um dever

A suposição de que a seleção sexual se deve acima de tudo à cultura tradicional se contradiz, também, ao se descobrir que esta seleção sexual começa na sociedade urbana e com boa educação.

O censo de 2001 na Índia mostrou que as mulheres com estudos superiores tinham 114 meninos para cada 100 meninas. Entre as mulheres analfabetas, a proporção era de pouco mais de 108 por 100.

Outro exemplo é a situação da província chinesa de Suining, entre Shangai e Pequim. A partir dos anos noventa, a província viveu um forte crescimento econômico, que permitiu que os pais subornassem os técnicos das ecografias que determinam o sexo. Quando Hvistendahl visitou a região, a “tarifa” do suborno pela informação do gênero do bebê era de 150 dólares. Em 2007, as estatísticas do governo indicavam em Suining o nascimento de 152 meninos para cada 100 meninas.

Ocorre o mesmo na Albânia. De 2004 a 2009, a economia cresceu em média 6% ao ano. A fertilidade caiu de 3,2 filhos por mulher em 1990 para 1,5 em 2010. As Nações Unidas identificam no país a proporção de 115 meninos para cada 100 meninas.

Análise

O livro também analisa a acusação de que são os homens que vêem suas filhas como inferiores e obrigam suas esposas a abortar, se se trata de uma menina. Isso ocorre em alguns casos, mas Hvistendahl afirma que a decisão de abortar costuma ser tomada pela mulher, seja a esposa ou a sogra.

Citam-se pesquisas que demonstram que as mulheres costumam submeter-se a abortos seletivos por razão de sexo para cumprir seu “dever” de ter um filho homem e, neste sentido, isso é descrito como algo que é sua responsabilidade.

Fertilidade

Esta preferência pelos meninos é uma atitude que se mantém inclusive nas populações asiáticas dos países ocidentais. Nos EUA, um estudo de descendentes de casais chineses, coreanos e indianos revelou que para o primeiro filho há uma proporção de sexos normal. Mas para os casais que já têm uma filha, a proporção de sexos era de  117/100 e, se houvesse tido duas filhas, a probabilidade de que o terceiro descendente fosse menino subia para 151/100.

Não se sabe muito bem – assinala Hvistendahl – por que isso ocorre entre casais que vivem nos EUA em circunstâncias muito diferentes das de seu país de origem. Uma pista, talvez, é que a taxa de fertilidade entre os norte-americanos de origem asiática esteja entre as mais baixas das minorias, em 1,9 filho por mulher.

Hvistendahl considera também as consequências para o futuro desse desequilíbrio na proporção de sexos. Evidentemente, haverá dezenas de milhões de homens que não conseguirão encontrar esposa. Dado que a primeira geração de atingidos por este desequilíbrio já cresceu, houve um aumento do tráfico sexual, da compra de noivas e dos casamentos à força.

Na Coreia do Sul e em Taiwan, os homens fazem “viagens matrimoniais” ao Vietnã para conseguir uma esposa. Os homens das regiões mais ricas da China e Índia compram as mulheres das regiões mais pobres.

Por outro lado, o excesso de homens solteiros poderia dar como resultado sociedades mais instáveis e violentas.

O aborto por seleção de sexo não é tão comum nos países ocidentais, mas algumas clínicas de fertilidade oferecem a possibilidade de selecionar o sexo antes da implantação, como parte do tratamento de fecundação in vitro. Muitos países proíbem isso – 36, segundo a informação citada no livro –, mas nos EUA não há tais restrições.

Dado que a fecundação in vitro também tem se estendido aos países em desenvolvimento, estas nações também estão recorrendo a ela para selecionar o sexo. “Na China e na Califórnia por igual, as mães se converteram nas defensoras da eugenia”, diz Hvistendahl. Uma tragédia que terá graves consequências nas próximas décadas.

Fonte: www.zenit.org

Ideologias e interesses econômicos entre as principais causas

Os ambulatórios, centros médicos e hospitais espanhóis, inclusive alguns católicos, costumam oferecer diretamente anticoncepcionais e esterilizações aos casais que buscam ajuda médica para evitar uma gravidez; em geral, não contam com sistemas de ajuda à fertilidade e poucos encaminham os casos a centros que oferecem serviços de planificação familiar natural.

A Segurança Social não financia o ensino dos métodos naturais de regulação da natalidade (ainda que ensinem sobre a pílula anticoncepcional e o aborto); as pessoas interessadas em conhecê-los normalmente têm de buscar associações privadas, como a Asociación Española de Profesores de Planificación Familiar Natural (RENAFER), a Organização Mundial do Método de Ovulação Billings (WOOMB), os Centros de Orientação Familiar (COF) ou outras entidades da Igreja Católica.

“Infelizmente, os métodos naturais são pouco conhecidos”, explica a ZENIT Juncal Martínez Irazusta, médica de família do serviço madrileno de saúde e monitora de métodos naturais de regulação da fertilidade há 11 anos.

“Com a minha experiência, posso garantir que, com os métodos naturais, até os casais que procuram engravidar o conseguem com mais facilidade que com técnicas de reprodução assistida”, afirma.

O vice-decano da Faculdade de Medicina da Universidade de Navarra, responsável pelo site quiero1embarazo.com, Jokin de Irala, considera “surpreendente” que estes métodos não sejam ensinados em mais lugares.

Causas e soluções

Com relação às possíveis causas por que estes métodos estejam tão pouco estendidos, Irala aponta “um possível desvio ideológico, o interesse econômico da indústria farmacêutica e médica e o fato de que é mais fácil vender um comprimido que educar os casais para que administrem autonomamente sua fertilidade”.

“A Organização Mundial da Saúde afirmou, repetidas vezes, que estes métodos funcionam e são fáceis de aprender – acrescenta. Não estou fazendo afirmações partindo da religião.”

O ensino dos métodos naturais requer a formação prévia dos especialistas que os ensinam, um interesse dos casais que querem aplicá-los, dedicar tempo e fazer um acompanhamento.

Para isso, o sistema de saúde se adapta, afirma Irala: “Em alguns países, resolveram isso fazendo um pacote: ensina-se o método por um preço fechado que inclui seis sessões e três meses de acompanhamento”.

O sistema nacional britânico de segurança social financia o método sintotérmico e Irala acredita que na Espanha, “se o financiassem, talvez os centros de saúde teriam mais facilidades para ensiná-lo e os hospitais poderiam trabalhar em coordenação ou em parceria com centros especializados nisso”.

Identidade católica

Para o presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos, José María Simón Castellví, é de especial importância que os hospitais de titularidade ou ideário católico contem com um sistema de ajuda à fertilidade e de atenção à família.

Na encíclica Evangelium Vitae, de 1995, João Paulo II destacou a necessidade de revisar a função dos hospitais, das clínicas e das casas de saúde, cuja identidade deve ser “clara e eficientemente nas instituições dependentes de religiosos ou, de alguma maneira, ligadas à Igreja”.

“Estas estruturas e lugares de serviço à vida, e todas as demais iniciativas de apoio e solidariedade, que as diversas situações poderão sugerir em cada ocasião, precisam de ser animados por pessoas generosamente disponíveis e profundamente conscientesde quão decisivo seja o Evangelho da vidapara o bem do indivíduo humano e da sociedade”, diz o texto.

E acrescenta que “peculiar é a responsabilidade confiada aos profissionais da saúde – médicos, farmacêuticos, enfermeiros, capelães, religiosos e religiosas, administradores e voluntários: a sua profissão pede-lhes que sejam guardiães e servidores da vida humana”.

Destaca, finalmente, que devem ser “promovidos os centros com os métodos naturais de regulação da fertilidade, como válida ajuda à paternidade e maternidade responsável”.

Fonte: www.zenit.org

Entrevista com John Hass, diretor do Centro Católico de Bioética dos EUA

O Dr. John Hass, diretor do Centro Nacional Católico de Bioética dos Estados Unidos e membro prominente do Instituto Internacional para a Cultura, foi o encarregado de pôr em marcha a segunda geração do mestrado em bioética ministrado no Centro de Pesquisa Social Avançada (CISAV), em seu novo campus, em Querétaro (México).

A conferência inaugural dessa importantíssima pós-graduação do CISAV foi dada pelo Dr. Hass, sobre o tema dos riscos que a humanidade enfrenta com a clonagem.

De fato, o mestrado em bioética do CISAV é o primeiro em seu gênero na América Latina e enfrenta, com rigor acadêmico e baseado na doutrina social da Igreja, estes fenômenos que poderiam parecer exclusivos de países desenvolvidos, mas que, pouco a pouco, vão sendo introduzidos nas legislações dos países que formam – do ponto de vista católico – “o continente da esperança”.

Entrevistado por El Observador, John Hass foi enfático ao afirmar que a Igreja Católica tem uma enorme área de oportunidade nos temas que a bioética abrange. Nos Estados Unidos, a Igreja está na vanguarda. No México, através de centros de pesquisa como o CISAV, tem esse importante futuro.

Que papel a Igreja Católica está desempenhando neste debate sobre a ética e a biologia nos Estados Unidos?

John Hass: Uma questão que é muito interessante de observar é que a Igreja Católica esteve e está na vanguarda. O mundo inteiro fala de bioética hoje, mas devo dizer que nosso centro foi estabelecido em 1972, antes de que o aborto fosse legalizado nos Estados Unidos, antes de ouvirmos falar da AIDS, antes de que as células estaminais fossem isoladas... Nos Estados Unidos, depois do governo, a Igreja Católica é a entidade provedora mais importante de serviços de saúde à população. São milhões de dólares destinados pela Igreja aos serviços de saúde dos americanos, todos os anos. Isso nos levou a ser capazes de antecipar os temas que, amanhã, serão centrais na medicina e nas ciências da vida. Temos de estar preparados para enfrentá-los a partir do Evangelho.

Qual é o tema mais importante na bioética hoje?

John Hass: Em minha opinião, é a despersonalização e desumanização dos serviços de saúde. Os seres humanos estão sendo concebidos como carentes de direitos. A doação de órgãos se converteu em um negócio internacional. Ocorreu o mesmo com a fertilização in vitro que, nos Estados Unidos, movimenta cerca de 5 milhões de dólares por ano... Homens e mulheres não estão sendo considerados como seres humanos, mas como material de uso para experimentos científicos, inclusive, algumas vezes, para experimentos que, na fachada, parecem ter ótimas intenções de ajudar os outros.

Está havendo avanço nos comitês de bioética dos hospitais? Estão levando em consideração a Igreja Católica?

John Hass: Isso é muito importante. Há mais de 5 anos, a organização que acredita os hospitais nos Estados Unidos estabeleceu como norma a posta em marcha de um comitê de ética para cada hospital. Mas cada hospital católico nos Estados Unidos já o tinha e sempre o teve. Este é outro exemplo de como a Igreja Católica caminha adiantada com relação aos tempos. O Comitê Nacional de Bioética, que presido, tem um programa de um ano para certificar os hospitais neste tema. Médicos, enfermeiras, pessoal administrativo, todos recebem o curso completo. Isso nos permite uniformizar critérios bioéticos com a essência católica e fazer que a moral e os princípios do catolicismo estejam nos hospitais que a Igreja administra. E nos outros hospitais, estão seguindo o nosso exemplo e os nossos métodos.

Vocês enfrentam a “lenda negra” de que a Igreja Católica se opõe ao progresso científico?

John Hass: Sua pergunta é muito interessante, pois nos Estados Unidos ninguém escutou nada sobre a “lenda negra”, mas os efeitos são os mesmos que se produzem na América Latina com relação ao papel da Igreja na conquista e na colonização. Nos Estados Unidos é diferente, pois se trata de um país de maioria protestante. E os protestantes acreditam que suas ideias são o que a religião é. Lutero dizia que somos salvos pela graça e somente pela fé. Para ele, a razão era perigosa. Em seu comentário à Carta aos Gálatas, diz que, se os cristãos querem se salvar, devem matar a razão e oferecê-la como um sacrifício a Deus. O problema é que muitas pessoas no meu país acreditam que “isso” faz parte de todas as religiões. Portanto, a Igreja Católica seria “irracional” e “legalista”. E nada menos perto da verdade, como mostraram os Papas João Paulo II e Bento XVI: fé e razão são as duas forças que temos para conhecer a verdade. Também nada mais afastado da verdade que dizer que os católicos rejeitam o aborto, a anticoncepção etc., porque alguém manda fazer isso, não porque descobriram a imoralidade, a inumanidade dessas práticas a partir do Evangelho, do espírito do Evangelho, da liberdade do Evangelho.

Como se pode reintroduzir a verdadeira cultura católica no contexto em que vivemos?

John Hass: Em sua encíclica “o esplendor da Verdade”, o Papa João Paulo II diz, quase no final, que a verdadeira força do ensinamento da Igreja e da cultura da Igreja Católica é a de permanecer com o olhar dirigido a Jesus Cristo crucificado. Daí parte tudo, pois já não estamos na época dos argumentos, mas na época das testemunhas, como disse uma vez à Conferência Episcopal dos Estados Unidos o então cardeal Joseph Ratzinger.

Fonte: www.zenit.org

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O Governo da Nicarágua rejeitou ontem o pedido da Anistia Internacional (AI), de restituir o mal chamado aborto terapêutico, penalizado desde 2006, e reafirmou sua postura a favor da vida.

O anúncio foi feito por Rosário Murillo, esposa do presidente Daniel Ortega e coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania. "Lutamos para defender a vida porque é a essência da verdade com a que Deus criou o mundo", afirmou.

Este pronunciamento foi dado depois que uma delegação da AI visitasse a Nicarágua na semana passada para pedir a restituição deste tipo de aborto.

"A posição da Frente Sandinista de Liberação Nacional (FSLN) e do Governo em relação ao aborto (terapêutico) é que nós ratificamos nossa proposta de ser a favor da vida", respondeu Murillo.

Nesta segunda-feira, representantes da Igreja expressaram seu rechaço a este pedido porque a vida deve ser respeitada desde "o primeiro momento da concepção".

Na Nicarágua não se permite nenhum tipo de aborto desde que no dia 26 de outubro de 2006 a reforma feita pela Assembléia Nacional sobre o Código Penal considerando como um crime o mal chamado aborto terapêutico, que havia sido permitido desde 1891 em casos de risco para a vida da mãe, danos irreversíveis ao embrião ou ao feto, ou quando a gravidez era fruto de um estupro ou incesto.

Fonte: www.acidigital.com

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