ppinvitrocricaDepois de uma apertada votação de 26 votos a favor e 25 contra na câmara de deputados, os legisladores da Costa Rica decidiram arquivar o projeto de lei que teria permitido a fertilização in vitro no país, devido a uma série de inconsistências na pretendida norma.

Conforme informa o jornal costa-riquenho La Nación, com esta decisão o governo da Costa Rica não cederá ante as pressões da Corte Interamericana de Direitos humanos que quase coagiu nesta nação centro-americana para que permita a fertilização in vitro, dando-lhe um prazo para aprovar uma norma sobre o tema até o dia 31 de julho.

Embora o resultado da votação tenha sido apertado, assinala La Nación, "os deputados a favor e contra criticaram o projeto oficial e o qualificaram de ‘confuso’".

Os legisladores evangélicos Carlos Avendaño e Justo Orozco, sempre se opuseram ao plano. Igual posição defenderam outros quatro deputados do Partido Acessibilidade Sem Exclusão (PASE).

Ontem à noite, a bancada partidária de Liberação Nacional (PLN) definiu o futuro do projeto, e assim o reconheceu o chefe deste grupo, Luis Gerardo Villanueva.

Embora esta decisão não seja definitiva, se algum legislador quiser reatar o debate teria que apresentar um projeto novo e começar todos os trâmites de zero. O trâmite que acaba de ser encerrado com esta decisão foi iniciado em agosto do ano passado.

Os bispos da Costa Rica expressaram em diversas oportunidades seu rechaço a esta norma. Em outubro de 2010, o Presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo da capital San José, Dom Hugo Barrantes Ureña, solicitou ao governo que não aprovasse a lei da fertilização in vitro porque é uma técnica que para obter seu fim elimina várias vidas humanas no caminho.

O Prelado disse então que compreende "o sofrimento dos esposos que não alcançam a desejada descendência", mas recordou que "um filho ‘é sempre um dom’ e, conseqüentemente, não pode constituir um meio para satisfazer uma necessidade ou um desejo, mas, sua dignidade como pessoa exige que seja sempre tratado como fim".

O prelado também fez um chamado a respeitar a vida humana desde a concepção, assim como "vigiar, zelosamente, o acatamento do artigo 4.1 da Convenção Americana e o artigo 21 da nossa própria Constituição Política que afirma: ‘A vida humana é inviolável’".

A doutrina católica se opõe à fecundação in vitro por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio; segundo, porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo.

Fonte: www.acidigital.com

O Foro Espanhol da Família e a plataforma Direito a Viver asseguraram que a usualmente denominada "Lei de morte digna", remetida esta sexta-feira 10 de junho ao Congresso pelo Governo, abre a porta para práticas eutanásicas e a qualificaram de "desnecessária".

Em declarações à Europa Press, o presidente de Foro Espanhol da Família, Benigno Blanco, destacou que este projeto de lei "tem como objetivo jurídico essencial introduzir práticas eutanásicas no sistema de saúde espanhol".

Neste sentido, assinalou que "a grande novidade que supõe é que o paciente poderá impor ao médico seu critério sobre os tratamentos que receba ou sua retirada, à margem do que a boa prática ou a ética médica exija".

Isto, na opinião de Benigno Blanco "vai supor uma limitação profunda do livre exercício da profissão médica e pelos profissionais sanitários e a possibilidade de que os pacientes proponham práticas contrárias ao direito à vida e à saúde".

Além disso, ressaltou que "não supõe nenhuma aposta efetiva por aumentar nem dotar economicamente os cuidados paliativos".

Por isso, Blanco considera que "é uma lei desnecessária que supõe um retrocesso no compromisso humanista com a medicina e que deixa abandonados os cuidados paliativos à situação tão pobre que já se vive na Espanha".

Por outro lado, Direito a Viver tem insistido nos "buracos negros" deste projeto de lei. Neste sentido, ressalta a obrigação do médico a cumprir a vontade do paciente, a idéia do tratamento como direito do doente e a supressão da Lex Artis como critério de boa prática médica como os pontos mais graves da lei.

Do mesmo modo, pede aos partidos com representação parlamentar que rechacem este texto legal por "introduzir práticas eutanásicas, lesar direitos e conter alguns preceitos de notável gravidade" e que impulsionem uma verdadeira política integral de Cuidados Paliativos.

"Estes buracos negros devem ser o objetivo prioritário para ser eliminados na tramitação parlamentar da lei, junto a uma autêntica defesa e promoção do sistema de cuidados paliativos na Espanha, se quiserem realmente ajudar a melhorar a atenção médica no processo final da vida", concluiu a porta-voz do grupo Direito a Viver, Gádor Joya

Fonte: www.acidigital.com

Entrevista com Roberto Esteban, autor de “A verdade do amor”

 Roberto Esteban Duque é sacerdote, teólogo especializado em matrimônio e família e doutor em teologia moral. Acaba de escrever um ensaio intitulado “A verdade do amor”. Nesta entrevista, ele analisa a ideologia dominante no campo da manipulação da vida e dos pilares da identidade do ser humano.

 Roberto Esteban Duque nasceu em Mira (Espanha), em 1963. Foi ordenado pelo bispo José Guerra Campos, em 1991. Cursou teologia na Universidade São Vicente Ferrer de Valência, com especialização em matrimônio e família pela Universidade Pontifícia Lateranense de Roma. É doutor em teologia moral pela faculdade de São Dâmaso de Madri.

 ZENIT: O senhor fala em seu livro sobre “bioideologias”. Poderia nos explicar em que consistem e suas consequências para a pessoa humana?

 Roberto Esteban Duque: As bioideologias são moralismos que buscam o poder para fazer com outros homens o que lhes compraz. O adversário é a religião tradicional, que pressupõe a existência de uma natureza humana comum, fixa e universal; daí a necessidade de substituir tal religião pela educação. A isso aponta a lei de 2007 de Educação para a Cidadania, aprovada na Espanha. Interessa-lhes mais a modificação da consciência através da cultura que a mudança das estruturas. São aparentemente resíduos das ideologias, mas se diferenciam delas porque sustentam a inexistência de uma natureza humana ou, pelo menos, sua completa modelabilidade,, tanto no humano quanto no natural. Aqui já se pode advertir uma contradição: enquanto a natureza humana não é algo evidente para a opinião pública, exige-se uma quantidade imensa de direitos, apoiando-se nos direitos humanos.

 O que as bioideologias apresentam é a construção a la carte da identidade humana. Aqui reside seu êxito. O homem é produto da evolução, muda segundo as circunstâncias e é possível fazê-lo evoluir no sentido desejado. Seus meios preferidos são a reivindicação de direitos, a engenharia educativa e a propaganda, apoiados pela engenharia médica e genética. As bioideologias adotam o papel do vitimismo, a “cultura da reclamação”, muito útil para a propaganda, sendo a discriminação um dos seus conceitos centrais. O ódio e o ressentimento são seus sentimentos básicos, ainda que contem também com seus fins lucrativos.

 Outro denominador comum é a eugenesia, que assemelha a natureza humana à natureza animal. Daqui se chega a solicitar a morte por motivos humanitários: aborto, eutanásia, contracepção artificial. Da mesma forma, reivindica-se o “direito” à autodeterminação de quem se considera diferente, acentuando o igualitarismo até limites insuspeitados, como negar as diferenças naturais e biológicas (heterossexuais e homossexuais, idades naturais), exaltando o desvio natural e o patológico, como a homossexualidade e a pedofilia. Seu último fundamento é o emocional: os desejos e os caprichos, produto da moral hedonista. Nega-se a vida natural (desconstrução da natureza humana histórica) e se pretende, a partir de um notável sectarismo, que se aceitem seus preconceitos como verdades irrefutáveis, assumindo um caráter individualista em sua pretensão de libertar o homem das suas ataduras naturais e físicas.

 As consequências para a pessoa, como podemos perceber, são múltiplas. Socavam o consenso social e o ethos, levando à ditadura do relativismo e à indiferença, exaltando o igualitarismo, ainda que discriminado aos que não são do grupo. Acreditam que se podem alterar não somente as leis humanas positivas - como as que regem o casamento e a família -, mas as próprias leis da natureza - como a diferença de sexos e as leis que regem a mudança climática. São formas da contracultura, reações intelectuais astênicas contra as normas culturais. Devem sua força à persistência do modo de pensamento ideológico que impregna a cultura dos meios de comunicação, intelectuais e políticos. Apelam à ciência para justificar seus desejos. São meros grupos de pressão que agem na mídia e na cultura, sendo parte do suculento negócio da contracultura. Se não existe uma natureza humana, tudo depende finalmente da vontade de poder.

 O ecologismo, a homossexualidade e o feminismo são algumas conhecidas bioideologias. Mas seria bom notar que as bioideologias da saúde atemorizam as pessoas, estendendo o conceito de doença ao que impede a satisfação do desejo. Consideram a gravidez como um mal – daí a distribuição gratuita de anticoncepcionais e a defesa do aborto -, mas consideram a impossibilidade de satisfazer o desejo de ter filhos como equivalente a uma doença e, portanto, esse desejo deve ser satisfeito como problema público, como o caso da reprodução assistida artificial. A demagogia compassiva dos governos intervencionistas, apoiando-se no humanitarismo, faz sua esta bioideologia, justificando o genocídio do aborto e da eutanásia.

 ZENIT: O que o senhor pode dizer do atual anteprojeto de lei que neste mês irá a conselho de ministros sobre os direitos do paciente no final da vida? A lei exclui o direito à objeção de consciência dos profissionais da saúde.

 Roberto Esteban Duque: A lei da “morte digna” é uma má lei. Por que não se impediu que tirassem a sonda que mantinha com vida Eluana Englaro, em 9 de fevereiro de 2009, fazendo-a morrer por inanição três dias depois, a pedido do pai e com o consentimento posterior da justiça? Esta falta absoluta de amor, que é sempre a matéria pendente, será legalizada na Espanha. Está demonstrado que, nos poucos países em que se aprovou uma lei semelhante, a eutanásia se incrementou de maneira alarmante.

 O cardeal Rouco Varela, que reconhece não ter lido o texto aprovado pelo governo, considera que “não é uma lei de eutanásia”. E o cardeal tem razão: não é abertamente uma lei de eutanásia. No entanto, possui uma clara vocação eutanásica, se levarmos em conta que ela considera como cuidados extraordinários a alimentação e a hidratação, o que suporia deixar um paciente morrer de fome e de sede. O caso de Terri Schiavo, privada de hidratação e alimentação por ordem judicial, contra a vontade dos seus pais, que desejavam cuidar dela até o final, é um caso paradigmático dessa má lei. Por outro lado, a lei permite que o paciente e a família obriguem o médico a proporcionar tratamentos contraindicados, como no caso de uma sedação.

 A única morte digna é aquela que acontece cercada de amor. Não há segredos nem terapias estranhas, não existe melhor analgésico nem maior excelência no ser humano que amar os moribundos, uma vida entregue, a compaixão e a presença silenciosa, mas habitada pelo milagre do amor, com o fim de permitir viver o tempo que resta da melhor maneira possível, respeitando a autonomia e dignidade do doente. Os instantes últimos da vida podem tornar-se o momento da realização pessoal, o da transformação do ambiente, outorgando assim um sentido humano à vida. Um sofrimento de cruz deveria constituir uma experiência de graça, um caminho de luz e de esperança.

 Da mesma forma, duvido que uma lei que pretende impedir que a equipe de saúde exerça a objeção de consciência seja uma melhoria nos cuidados paliativos. Não sabemos ainda por que, nesta declaração, se exclui este direito dos profissionais de saúde, a não ser porque, em efeito, se trata de uma má lei que introduz más práticas.

 ZENIT: O senhor acusa duramente todos os feminismos. Não há matizes? De fato, na década de 20 e 30, na Espanha, houve feminismos católicos. Não é verdade que, graças à ação em prol dos direitos de muitas mulheres, hoje a família é mais uma comunidade na qual todos contam, do que uma instituição patriarcal na qual a mulher casada seria considerada menor de idade e precisaria da autorização do marido para uma série de decisões de cunho legal ou profissional?

 Roberto Esteban Duque: Você acha que sou duro? Eu só me limito a constatar que a Espanha está encabeçando políticas feministas radicais. Que outra coisa seria a “ideologia de gênero”? As políticas do atual governo da Espanha são paradigmáticas quando às reivindicações feministas na relativização dos papéis sexuais, como o casamento homossexual, a impregnação “de gênero” da educação, como a Educação para a Cidadania, e o favorecimento da promiscuidade sexual, com a distribuição da pílula abortiva.

 Naturalmente, existiu um feminismo compatível com o catolicismo, um feminismo clássico, que se limita a estender o princípio da igualdade do sexo feminino perante a lei. Mas logo depois, nos anos 60, politizou-se o âmbito familiar: as fontes de opressão sexual já não são as leis discriminatórias, mas a função de mãe e esposa. A deriva do feminismo rumo à liberdade sexual e a cultura da morte, a anticoncepção e o aborto livre serão seus sinais mais característicos.

 O que acontece desde os anos 90? Simples: substitui-se o conceito de sexo (determinação biológica) pelo de gênero (construção cultural), acudindo à demagogia do aprofundamento da democracia e a extensão ou ampliação de direitos, com o fim de politizar o âmbito familiar. São estas as propostas progressistas de que uma nação precisa? Realmente os católicos podem se permitir o luxo de permanecer de braços cruzados e não opor resistência ao que poderíamos chamar de “hegemonia cultural progressista”?

 ZENIT: É interessante apresentar as diferentes manifestações de amor através dos clássicos da literatura. Parece que você fica com Rilke. Por que deixar de lado o poeta Karol Wojtyla?

 Roberto Esteban Duque: Desconheço os textos de Wojtyla poeta, lamentavelmente. No entanto, estudei seu magistério. Em meu livro sublinho sua norma personalista do amor, sua ideia de pessoa como “um ser para quem a única dimensão adequada é o amor”. Por outro lado, considero necessário o percurso que faço sobre o conhecimento do amor através das linhas de Goethe, Stendhal, Dostoievski ou Proust, entre outros, porque a literatura é um reflexo da realidade, um verdadeiro prolongamento de nossa experiência, estimulando-nos a compreender e desenvolver nossas respostas cognitivas e passionais.

 Rainer María Rilke é um poeta intimista e profundo. Comecei a lê-lo quando ingressei no seminário maior de Cuenca. Desde então, não pude me separar dele. A proposta de Rilke é insubstituível: só o Amor, que é Deus, alcançará que a finitude do amor dos infinitos enamorados chegue a sua plenitude e se converta em infinitude em um terceiro termo amoroso. Dito de outro modo, há um “amor maior”, que é Deus, que constitui a verdade da relação amorosa. Só quando o Amor fica inserido na relação entre um homem e uma mulher, o amor permanece.

 (Por Nieves San Martín)

 Fonte: www.zenit.org

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O grupo pró-vida Life será membro do conselho assessor em matéria de saúde e educação sexual do Governo britânico, o qual foi considerada uma decisão inédita do primeiro-ministro David Cameron.

"Estamos encantados de ter sido convidados ao grupo, que com nossa entrada contemplará pontos de vista que não sempre estiveram representados no passado", afirmou recentemente o diretor do Life, Stuart Cowie.

Cowie disse que "se podemos participar com outras pessoas na redução do número de abortos estaremos nos ajustando aos nossos objetivos, além disso, não acredito que seja desagradável para ninguém cumprir estes objetivos independentemente da posição de cada um sobre quando a vida começa".

Entretanto, alguns consideram que a abstinência no terreno da educação sexual, que é outra das propostas do Life, colidirá provavelmente com outros membros do conselho.

Além do Life, o conselho estará formado pela Associação Britânica para a Saúde Sexual e o HIV, a Faculdade de Saúde Sexual e Reprodutiva no Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas, a Associação de Diretores de Saúde Pública, a Associação Britânica do HIV, o Terrence Higgins Trust Brook, a Associação de Planejamento Familiar, o Foro de Educação Sexual e da Mesa Nacional da Infância Marie Stopes Internacional.

Em 2010 foram realizados no Reino Unido mais de 189 000 abortos, aumentando a cifra em 0,3 por cento em relação ao ano anterior

Fonte: www.acidigital.com

peignacio
O Pe. Ignasi Fuster, quem há poucos meses renunciou à vice-presidência da junta da “Cooperativa” do Hospital Sant Celoni em Barcelona (Espanha) porque nesse estabelecimento se distribui a pílula do dia seguinte e se realizam esterilizações masculinas, afirmou o sacerdote à ACI Prensa que a Igreja deve dar testemunho de coerência e liberdade.

Em declarações à ACI Prensa, o Pe. Fuster, pároco da Paróquia de Sant Celoni na diocese de Terrassa, sufragânea da Arquidiocese de Barcelona, explicou que o problema moral surgiu porque "o hospital entrou em um acordo com o órgão de Saúde Pública para uma série de contratos de serviços, com sua subvenção pertinente, entrando na rede social da Saúde Pública. E contrataram também estes serviços contrários à moral católica".

"Eu tive claro que não podia estar à frente de uma instituição que realiza práticas contrárias à santidade do Deus da vida. Preservei minha liberdade e minha consciência, demitindo o meu cargo, amparando-me na objeção de consciência por razões ideológicas, como contempla nossa constituição espanhola", indicou o Pe. Fuster.

O sacerdote assinalou que "a Diocese (de Terrassa) soube em todo momento cada um de meus passos, reuniões e lutas".

O sacerdote também disse à agência em espanhol do grupo ACI, a ACI Prensa, que foi criticado por meios de comunicação espanhóis porque "se o Hospital for subvencionado com dinheiro público e não com dinheiro ‘do Vaticano’, deve oferecer serviços públicos além de qualquer ideologia, segundo a lei. Mas nossa entidade não era um Hospital público, mas tinha caráter privado e presença da Igreja".

Nesse contexto, o lógico, afirmou o Pe. Fuster, é "que tivéssemos liberdade de fazer valer nossos princípios morais".

No Hospital Granollers, também da diocese de Terrassa, a situação era mais grave, indicou o Pe. Fuster, pois "constava a prática de abortos cirúrgicos, além de todas as outras práticas de caráter anticoncepcional".

"Conforme dizem, frearam em uma reunião de cooperativa –aí presentes o pároco e um membro da paróquia- a questão dos abortos cirúrgicos".

O Pe. Fuster assinalou à ACI Prensa que "mais que nunca, com simplicidade e sem orgulho, mas com liberdade, a Igreja deve dar testemunho de coerência e liberdade. Somos a Igreja de Cristo e do homem".

A denúncia do Pe. Fuster se une assim à do sacerdote Custodio Ballester, Pároco da Igreja da Imaculada Conceição de Hospitalet del Llobregat, quem dias atrás disse à nossa agência que tinha explicado no Vaticano a situação de inação da Arquidiocese de Barcelona e as Dioceses da Terrassa e Sant Feliu ante a evidência de que se realizam abortos e outras práticas contrárias à vida em quatro hospitais que contam em seus patronatos de governo com representantes destas dioceses.

Conforme indicou o Pe. Ballester, uma autoridade da Cúria vaticana informou que da Santa Sé já foram enviadas indicações às dioceses catalães para que se retirem das cooperativas dos hospitais abortistas.

Entretanto ate a data estes não efetuaram nenhuma ação a respeito nem desmentiram as denúncias do sacerdote.

A Plataforma espanhola pró-vida ‘Cataluña Vida Sí’ realizará a cada 25 de maio uma manifestação frente ao Hospital San Pablo, em cuja “cooperativa de responsáveis” figura a Arquidiocese de Barcelona, rezando o Terço e expressando seu protesto contra a realização de abortos em centros de saúde que contam com presença a Igreja Católica.

Fonte: www.acidigital.com

Os últimos números sobre o aborto na Irlanda, divulgados anteontem pelo Departamento de Saúde britânico, mostram uma diminuição do número de mulheres irlandesas que viajam à Inglaterra para abortar.
Os números foram divulgados no Summary Abortion Statistics of the Statistical Bulletin of England and Wales: 2010.
Em 2010, 4.402 mulheres irlandesas viajaram à Bretanha para abortar, número que está abaixo de 4.422, que corresponde ao ano anterior. É o nono ano consecutivo em que os abortos irlandeses diminuem, depois de mais de uma década de tendência a subir. Esta cifra marca uma diminuição de 34% desde o máximo de abortos, cerca de 6.673, número alcançado em 2001.
Em resposta a estes números, a Dra. Ruth Cullen, de Pro-Life Campaign, disse que sua organização “acolhe com satisfação a contínua tendência à baixa no número de abortos” e rejeita a ideia de que a “redução dos abortos seja resultado de que as irlandesas viajam a outros países para abortar, e não à Inglaterra”.
“Isso é puramente hipotético e não há evidências estatísticas que apoiem estas afirmações – disse. De fato, números oficiais de países como a Holanda mostram uma clara diminuição de abortos de estrangeiras.”
Durante os últimos 9 anos, houve uma diminuição de 34% no número de abortos na Irlanda.
“É uma tendência extremamente alentadora e deveria ser acolhida com alegria pelos partidários de ambas as partes do debate do aborto”, disse Cullen. Durante anos, os partidários do aborto diziam que a tendência ao aumento dos abortos era inevitável. Estas afirmações se demonstraram falsas.
A porcentagem de abortos na Irlanda é agora de 4,4 para cada 1000 mulheres do país, com idade entre os 15 e os 44 anos, enquanto na Inglaterra é de 17,5.

Fonte. www.zenit.org

“A política chinesa do filho único provoca mais violência contra as mulheres e meninas do que qualquer outra política no mundo; mais do que qualquer outra política oficial na história do mundo”.

São palavras acaloradas de Reggie Littlejohn, uma promotora dos EUA que fundou a Women's Rights Without Frontiers – uma coalizão internacional contra o aborto forçado e a escravidão sexual na China.

Californiana que na juventude trabalhou com a Madre Teresa nos bairros pobres de Calcutá, Littlejohn entrou na política representando refugiados chineses que pediam asilo político nos Estados Unidos em 1990.

“Primeiro eles foram perseguidos por ser cristãos e depois esterilizados à força”, conta. “Isso abriu dois mundos novos para mim”.

Falando com ZENIT em visita recente a Roma, Littlejohn resumiu a política do único filho como “a guerra da China contra mulheres e meninas”.

Os abortos obrigatórios para as mulheres que violam a política são comuns no país e chegam a ser feitos até os noves meses de gravidez. “Há mulheres que morrem junto com os bebês”.

A brutalidade do aborto forçado não é a única violação aos direitos humanos da “política de planejamento familiar”.

Acontece um “generocídio” devido à preferência tradicional chinesa pelos meninos, sendo as meninas objeto desproporcionado de aborto, abandono e infanticídio. Uma das consequências é a escravidão sexual: a eliminação de meninas levou a um aumento do tráfico de mulheres dos países vizinhos, já que há 37 milhões de homens a mais que as mulheres na China.

Esta política também pode ser a causa do alto índice de suicídios femininos na China. A Organização Mundial da Saúde informa que a China é o país com a porcentagem de suicídios femininos mais alta do mundo, com aproximadamente 500 mulheres por dia acabando com a própria vida.

As vítimas não são só as mulheres e as meninas. De acordo com muitas histórias filtradas fora da China, o governo também aplica uma variedade de métodos impiedosos contra os membros da família para forçá-los a obedecer à política de controle.

“As táticas usadas são absolutamente aterradoras”, disse Littlejohn. Lembrando um incidente documentado em março deste ano, ela conta que os funcionários do planejamento familiar foram até a casa de um jovem para esterilizar sua irmã à força. 

“Como ela não estava em casa, começaram a bater no pai dela. Quando o homem tentou defender o pai, um dos funcionários pegou uma faca e o apunhalou duas vezes no coração. O homem morreu. Isto é assassinato!”.

Mas o assassino não foi preso e, apesar de a família estar tentado denunciar a história, os meios de comunicação se recusam a divulgá-la.

“Os funcionários do planejamento familiar estão acima da lei, podem fazer qualquer cosa e sair impunes”, disse Littlejohn. “O que eles estão fazendo é aterrorizar a população”.

As estatísticas relacionadas com a política do filho único são assombrosas. Desde que ela começou, em 1979, as autoridades informam que evitaram 400 milhões de vidas.

O governo diz também que 13 milhões de abortos são feitos a cada ano: 1.458 abortos por hora, ou, como Littlejohn afirmou, “um massacre como o da Praça da Paz Celestial a cada hora”.

“O irônico é que a China instituiu esta política do filho único por razões econômicas”, explicou Littlejohn. “Mas ela virou uma sentença de morte econômica para a China”.

Ela dá razões para isto. A primeira é a disparidade de sexos: 37 milhões de homens a mais, o que gera o tráfico humano entre a China e os países próximos e a decorrente escravidão sexual.

A segunda razão é que a China sofrerá o envelhecimento da população sem ter jovens para sustentá-la. Esse “tsunami senior”, como Littlejohn o chama, ocorrerá por volta de 2030.

“Eles não têm previdência social e, que eu saiba, também não têm nenhum plano para a situação dessa população de idosos”.

Littlejohn teme que, assim como forçaram o aborto no começo da vida, eles “forçarão o final da vida quando sofrerem esse tsunami senior”.

Ela destaca que os chineses têm uma cultura de respeito pelos anciãos, mas se pergunta se o apoio à eutanásia não ganhará terreno quando os resultados da política demográfica se mostrarem.

“Não tem sentido continuar com a política do filho único. Então por que eles continuam? Para mim, a razão não é tanto de controle da população, mas de controle social”.

Mantendo o rumo

As autoridades chinesas afirmam que a política será mantida pelo menos até 2015, embora recentemente tenham insinuado a permissão para dois filhos.

Mas Littlejohn acha que o aborto forçado, a esterilização e o infanticídio continuarão. É provável que a demografia da nação também não melhore.

Uma política de dois filhos já é permitida nas zonas rurais e entre as minorias se o primeiro a nascer é uma menina, mas pouco foi feito para evitar a difusão do aborto de meninas num país que tem preferência cultural pelos garotos.

Apesar da difusão da violência e do trauma infringidos pelas autoridades, os governos ocidentais têm feito pouquíssimo para pressionar a China.

“Este deveria ser o tema mais importante para os ativistas pró-direitos humanos”, ela considera.

Littlejohn conta que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, tem “falado muito” sobre o aborto forçado na China. Mas isso não se traduz em nenhuma ação concreta ainda. Littlejohn crê que os governos não querem arriscar, “porque devem muito dinheiro para a China”.

Por outro lado, ela comenta que os Estados Unidos e a ONU estão ajudando a financiar a política chinesa através da UNFPA (United Nations Family Planning Fund) assim como da IPPF (International Planned Parenthood Federation), e da Marie Stopes International.

Ela conta que essas organizações são “provedoras de abortos” operativos na China e que, apesar dos EUA terem cortado os fundos dirigidos à UNFPA em 2001 – porque se comprovou a cumplicidade com a política do filho único – restaurou-se novamente o destino de verbas em 2009, pelo Departamento de Estado americano.

Neste link, pode-se ver um breve vídeo realizado por Women’s Rights Without Frontiers sobre a política do filho único: www.youtube.com/watch?v=JjtuBcJUsjY 

Já aqui se pode assinar uma petição internacional contra o aborto forçado e a escravidão sexual na China: www.womensrightswithoutfrontiers.org/index.php?nav=sign_our_petition

Fonte: http://www.zenit.or

A condição homossexual pode ser prevenida e mudada com uma atenção personalizada ou com um acompanhamento em grupo, mas não tem tratamento farmacológico, esclareceu o presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC), Josep Maria Simon, em diálogo com ZENIT.

Suas declarações respondem a informações surgidas nos últimos dias em alguns jornais europeus, segundo as quais a autodenominada “Associação de Médicos Católicos Alemães” (de Munique), dirigida por Gero Winkelmann, cura a homossexualidade com base na homeopatia e em outros elementos.

Simon esclareceu que esta associação não é a associação de médicos católicos alemães e não faz parte da FIAMC nem reflete a opinião da federação de médicos católicos sobre a homossexualidade, que está explicada no documento"Homossexualidade e esperança".

O presidente da FIAMC explicou que muitos homossexuais têm adicções (por exemplo, o sexo) ou ansiedades e, neste caso, podem ser ajudados com medicamentos. Também destacou que, para lidar com a homossexualidade, além da ajuda médica, é útil a pastoral da pessoa homossexual.

Simon reconheceu a dificuldade de abordar estes temas publicamente e recordou o exemplo da Policlínica Tibidabo, de Barcelona, que há um ano recebeu intensas pressões por seus serviços de atenção a pessoas que queriam deixar de ser homossexuais e acabou desaparecendo.

Os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade manifestam um profundo respeito pelas pessoas homossexuais, mas passam pela rejeição da prática da homossexualidade.

A mencionada declaração da Associação Médica Católica dos Estados Unidos contradiz o mito de que a atração homossexual é geneticamente determinada e que não pode mudar, e oferece esperanças para a prevenção e o tratamento.

“Etiquetar um adolescente, ou pior, uma criança, de 'homossexual' sem remédio prejudica a pessoa – indica o documento. Tais adolescentes ou crianças podem, dada a intervenção positiva adequada, receber conselhos oportunos para poder superar o problema de traumas emocionais anteriores.”

De fato, o pesquisador psiquiátrico da Universidade de Columbia, Robert Spitzer, que participou diretamente da decisão, em 1973, de retirar a homossexualidade da lista de desordens mentais da Associação Psiquiátrica Americana, reconheceu, décadas mais tarde, a possibilidade de que uma pessoa homossexual mude sua tendência.

“Tenho certeza de que muitas pessoas fizeram mudanças substanciais até chegar a ser heterossexuais – declarou. Comecei este estudo cético. Agora firmo que tais mudanças podem ser mantidas.”

“Homossexualidade e esperança” afirma que, “com a ajuda poderosa da graça, dos sacramentos, do apoio da comunidade e de um terapeuta com experiência, um indivíduo bem decidido pode ser capaz de alcançar a liberdade interior que Cristo prometeu”.

E garante que “terapeutas experientes podem ajudar indivíduos a descobrirem e compreenderem as causas profundas dos traumas emocionais que deram origem à atração por pessoas do mesmo sexo”.

Fonte: www.zenit.org

O Observador Permanente do Vaticano ante a ONU em sua sede de Genebra, Dom Silvano Tomasi, explicou à agência ACI Prensa que o apreço pela perspectiva e o enfoque que tem a Igreja na luta contra a AIDS, enfermidade descoberta 30 anos atrás, cresce cada dia mais entre as organizações de todo o mundo.

O Núncio assinalou que "estamos no começo de uma convergência no sentido de que os funcionários de instituições internacionais, organizações e pessoas de grupos religiosos conversam agora sobre as linhas de ação e se respeitam mutuamente um pouco mais".

Em diálogo com a ACI Prensa, o Arcebispo disse que "está provado e inclusive documentado agora que a maneira mais efetiva (para evitar o contágio) é a mudança de conduta. E nisso insistimos", em referência às políticas que promovem a abstinência em vez do uso do preservativo para lutar com a enfermidade.

As declarações de Dom Tomasi foram dadas na mesma semana em que um novo relatório revela que milhões de pessoas morrem por causa da AIDS porque muitos governos ocidentais não terminam de entender que o preservativo não é uma medida efetiva na luta contra esta doença.

A investigação leva o título "A Igreja Católica e a crise global da AIDS" foi dada pelo perito em saúde pública Matthew Hanley.

Hanley assinala que "sempre nos dizem que os preservativos são o melhor meio ‘técnico’ para prevenir a transmissão do vírus do HIV, mas nunca nos dizem que a promoção do preservativo fracassou em reverter as epidemias na África e as condutas de risco".

O perito calcula que na África 6 milhões de infecções poderiam ter sido evitados, se em vez do preservativo se promovia a aproximação da Igreja que promove a fidelidade conjugal e a abstinência, que teve grande êxito em países como Uganda.

O investigador conclui afirmando que "os líderes da saúde pública poderiam reconhecer esta realidade mas seguem sendo resistentes a enfatizar as ‘soluções técnicas’ antes que as mudanças de conduta".

Fonte: www.acidigital.com

Segunda, 06 Junho 2011 13:27

Falece o "Doutor Morte" Jack Kevorkian

drmorteJack Kevorkian, conhecido mundialmente como o "Doutor Morte" por seu apoio à eutanásia e por ter colaborado no suicídio de 130 pessoas (tendo filmado uma delas), faleceu esta madrugada em um hospital de Detroit (Estados Unidos) à idade de 83 anos.

A morte de Kevorkian, que tinha sido condenado a 25 anos da prisão por homicídio em segundo grau por um destes casos, ocorreu às 02:30 a.m. desta sexta-feira, conforme indicou seu advogado e amigo Mayer Morganroth.

Liberado em 2007, Kevorkian esteve internado há um mês por diversos problemas: falhas nos rins, diabete, hepatite C. O "Dr. Morte" tinha prometido em diversas declarações, logo depois de sua libertação, a não voltar a participar de suicídios.

A história do "Dr. Morte"

"Devem me acusar. Se não o fizerem, entender-se-á que não acreditam que se trate de um crime. Não necessitam mais provas, ou sim?". Com estas palavras, Jack Kevorkian ou o "Doutor Morte", desafiou as autoridades do estado norte-americano de Michigan e assinou, sem sabê-lo nem esperá-lo, sua sentença a 25 anos de cárcere no programa televisivo que transmitiu um vídeo com seu último "suicídio assistido".

Em 1987, Kevorkian iniciou formalmente seu macabro ofício de assistente de suicídios com um aviso publicitário no qual se apresentava como "médico assessor de doentes abandonados que desejem morrer com dignidade" e saltou à fama graças a que os meios massivos cobriram amplamente a invenção do Mercitron, um aparelho criado em sua própria cozinha que se converteu na primeira máquina do mundo para suicidar-se.

Desde esse momento Janet Adkins, Marjorie Wantz, Karen Shofftall, Margaret Garrish, Thomas Youk e outras dezenas de pessoas, passaram a ser nomes conhecidos na crescente lista de "pacientes" que procuravam terminar os padecimentos de seus males em plena crise emocional, vítimas da obsessão mortal de Kevorkian, que se preocupou mais por vê-los morrer que por verificar se estavam realmente doentes.

O doutor L.J. Dragovic, médico forense do condado de Oakland, foi quem conduziu a investigação sobre as autópsias. Desde que terminou seu trabalho se nega a considerar como "suicídio facilitado por um médico", algum dos casos nos que interveio Kevorkian injetando drogas letais ou proporcionando monóxido de carbono.

O que viu bastava e em sua opinião, Kevorkian "não é mais que um carrasco em série".

Desde seus anos de estudante, Kevorkian era visto por seus companheiros como um sujeito no mínimo "inquietante", inclusive em relação à plenitude de suas faculdades mentais. Não por coincidência conseguiu o apelido de "Doutor Morte" logo depois de graduado, e não nos últimos anos, como a maioria pensa.

Tinha a afeição de relatar os massacres de seus antepassados armênios pelos turcos na Primeira guerra mundial e defendia o holocausto nazista porque "jamais poderão ser feitos novamente as experiências com humanos".

Kevorkian se converteu no centro de atenção de companheiros e chefes mais por suas estranhas afeições que por suas inovações médicas, desde que era residente de patologia em um hospital de Detroit durante a década de 50.

Fazia turnos especiais em busca de pacientes moribundos para manter-lhes as pálpebras abertas com fita adesiva e fotografar suas córneas com o fim de observar se os vasos sangüíneos mudavam de aspecto no momento da morte, todo isso obviamente sem lhe importar a dignidade do moribundo.

Convencido de que nenhuma experiência era muito desatinada, no princípio dos anos sessenta já ensaiava transfusões de sangue de cadáveres a pessoas vivas, procurava permissões para experiências com réus condenados à morte por considerar "um privilégio único fazer provas com um ser humano que vai morrer".

Fonte: www.acidigital.com

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