Papa fala ao participantes do XVI Congresso Eucarístico Nacional, após o Regina Coeli do dia 09 de maio:
"Dirijo uma saudação especial ao povo brasileiro que vai se reunir na sua capital, Brasília, para celebrar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de quinta-feira a domingo próximos, com a presença do meu Enviado especial, o Cardeal Dom Cláudio Humes. No lema do Congresso, aparecem as palavras dos discípulos de Emaús "Fica conosco, Senhor", expressão do desejo que palpita no coração de todo ser humano. Possais todos vós, pastores e povo fiel, redescobrir que o coração do Brasil é a Eucaristia. É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós. A sua adoração leva-nos a reconhecer o primado de Deus, pois só Ele pode transformar o coração dos homens, levando-os à união com Cristo num só Corpo. De fato, ao receber o Corpo do Senhor ressuscitado, experimentamos a comunhão com um Amor que não podemos guardar para nós mesmos: este exige ser comunicado aos demais para assim poder construir uma sociedade mais justa. Por fim, estando próximo o encerramento do Ano sacerdotal, convido todos os sacerdotes a cultivarem uma espiritualidade profundamente eucarística a exemplo do Santo Cura D'Ars que, buscando unir o seu sacrifício pessoal àquele de Cristo atualizado no Altar, exclamava: «Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!». E enquanto invoco, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as maiores graças do céu para que alimentados pela Eucaristia, pão da Unidade, se tornem verdadeiros Discípulos Missionários, a todos concedo benevolente Bênção Apostólica."
O XVI Congresso Eucarístico Nacional acontecerá em Brasília, dos dias 13 a 16 de maio.

Nota do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil Sem Aborto)

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No apagar das luzes de 2012, o Ministério da Saúde mandou imprimir uma cartilha com o título “Protocolo Misoprostol”, com as instruções para o uso desse medicamento abortivo, mais conhecido pela marca Cytotec, cuja comercialização é proibida no Brasil. O responsável pela publicação é o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde e o texto também se encontra disponível na Biblioteca Virtual do Ministério.

Contrariamente ao que é habitual em publicações governamentais, não há, em todo o folheto, nome de qualquer autor ou responsável.

O folheto aparenta destinar-se a público especializado, para a realização do dito “aborto legal” e outros usos. Em sua página 2, explicita: “apresentamos a seguir o Protocolo para Utilização de Misoprostol em Obstetrícia, em linguagem técnica, dirigido a profissionais de saúde em serviços especializados”. Entretanto, alguns aspectos chamam a atenção.

- A 1ª edição tem uma tiragem de 268.108 exemplares, sendo que dados recentes publicados no site da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) indicam que há no Brasil 22.815 médicos em atividade nessa área. A publicação ultrapassa, portanto, em mais de dez vezes, o número de profissionais aos quais teoricamente se destinaria.

- Contrariamente ao que é habitual em protocolos para atuação médica, o uso de Misoprostol não é comparado a outros medicamentos ou técnicas que seriam possíveis na mesma situação. Por exemplo, indica-se a dose e modo de uso para “indução do parto com feto vivo”, uma utilização não aceita pela FDA (Food and Drug Administration) americana, e para a qual existem alternativas. Os próprios fabricantes do Misoprostol alertaram para o risco de ruptura uterina quando ele é usado como indutor do parto.

- Ao contrário do que se diz na apresentação, a linguagem do folheto, especialmente em sua segunda parte, quando trata do uso, é sintética e direta, facilmente compreensível por público leigo. Praticamente se restringe às doses a serem utilizadas para o“esvaziamento uterino” no primeiro, segundo e terceiro trimestres da gestação.

Assim, mais do que ao médico que precisa tomar decisões de tratamento, o folheto parece dirigir-se a pessoas que já conseguiram ou pretendem conseguir clandestinamente a droga e tem dúvidas sobre como utilizá-la para realizar o aborto. Já em junho de 2012 a mídia brasileira noticiou que o Ministério da Saúde estaria preparando uma cartilha para a mulher que decidisse abortar.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/06/07/governo-prepara-cartilha-para-mulher-que-decide-abortar.htm

Quando o assunto veio a público, o Ministério da Saúde apressou-se a desmentir que estivesse trabalhando nessa política de “redução de danos”. Entretanto, a publicação desse folheto aponta novamente na mesma direção.

A Dra Lenise Garcia foi pessoalmente protagonista de um curioso fato envolvendo essa negativa do Ministério. Ela foi entrevistada pela TV Brasil, conjuntamente com o Dr. Thomas Gollop, no dia 12/06/2012, em vídeo que pode ser visto aqui:

http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/video/28470/

No início da entrevista, o Dr. Gollop nega qualquer envolvimento do Ministério da Saúde nessa política de“redução de danos”, pois a cartilha estaria sendo elaborada pelo “grupo de estudos sobre o aborto” da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Entretanto, publicações desse grupo de estudos indicam a sua fonte de financiamentos: “O GEA não é uma organização não-governamental e não tem verbas próprias. Conta com o apoio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e seu foco é capilarizar a discussão do tema do aborto sob o prisma da Saúde Pública e retirá-lo da esfera do crime”.(Fonte: http://www.aads.org.br/gea/documentos/GEA_folheto_apresentacao.pdf)

Além disso, a reunião estava marcada para acontecer no prédio do Ministério da Saúde, tanto que, ao ser convidada para a entrevista, a Dra Lenise foi informada de que esta ocorreria, às 8h00, em frente ao Ministério. Na noite anterior, recebeu um telefonema urgente da TV Brasil mudando o local da entrevista para o hotel em que estava hospedado o Dr. Gollop.

Em tempos de transparência, e diante do compromisso assumido na época eleitoral pela nossa presidente Dilma Rousseff de que o Executivo não trabalharia para a implantação do aborto no Brasil, os fatos mostram forte contradição entre as aparências e a realidade.

Brasília, 28 de Janeiro de 2013.

Lenise Garcia

Presidente

 

Jaime Ferreira Lopes

Vice-Presidente
 
 
Retirado de: brasilsemaborto.com.br/index.php?action=noticia&idn_noticia=271&cache=0.2415518621488878

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Era manhã do dia 3 de abril de 1994, domingo de Páscoa, quando o mundo acordou com a notícia da morte de um dos maiores geneticistas de todos os tempos. Aos 67 anos, o pediatra francês Jérôme Lejeune, responsável, entre outras coisas, pela descoberta do vínculo entre a trissomia do cromossomo 21 e a síndrome de Down, havia perdido a batalha contra um câncer de pulmão. Associações médicas e autoridades políticas correram para emitir notas lamentando a perda do cientista. Mas nem todas as mensagens recebidas pela família Lejeune naquela manhã tinham tons formais. Algumas eram declarações pessoais de apreço e devoção pelo trabalho do médico. Uma, já no dia 3 de abril, pedia até sua canonização. Assumidamente católico em um ambiente pouco amistoso à religião e notoriamente contrário ao aborto, Lejeune mostrou, de forma prática, que o convívio entre fé e ciência era possível. “Ele usou sua imensa inteligência a serviço tanto do homem quanto de Deus”, disse o bispo Jerome Beau, vigário-geral da Arquidiocese de Paris.

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istoechamadaNão foi naquele 3 de abril que a causa pela sua canonização começou a correr, mas, em 2007, ela foi formalmente apresentada ao Vaticano e agora, depois de cinco anos de muito trabalho, foi encerrada a chamada fase diocesana, o que faz de Lejeune um servo de Deus. “Reunimos relatos que dão fama de santidade em vida a ele não só na França, mas em toda a Europa e nas Américas”, disse o padre postulador Jean-Charles Nault, responsável pelos trâmites do processo. Nos documentos estão registradas as muitas batalhas do pediatra, sendo talvez a maior delas a defesa da vida humana desde a concepção. “Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano, ele não poderia se tornar um, pois nada é acrescentado a ele”, argumentava.

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Lejeune foi radicalmente contra o uso de sua técnica de diagnóstico intrauterino da síndrome de Down para legitimar o aborto de uma criança deficiente, opção dada com frequência em países onde a prática não é criminalizada. “Há casos de pais que têm que resistir às pressões do médico para não abortar”, afirma Evaristo Miranda, pesquisador da Embrapa, ex-conselheiro da Fundação Síndrome de Down do Brasil e pai de Daniel, hoje com 17 anos e portador da deficiência. “Quando o Daniel nasceu, disseram que ele não andaria, falaria ou estudaria”, diz Miranda. Hoje o adolescente está no primeiro ano do ensino médio e tem um futuro promissor. “Tiramos forças do trabalho religioso e científico de Lejeune para criá-lo”, afirma o pesquisador da Embrapa. Milhares de relatos como esse, além de registros de graças alcançadas por meio da invocação do cientista francês, que foi amigo do papa João Paulo II, foram recebidos e anexados ao conjunto de documentos que, com uma biografia detalhada do médico, estão selados em Roma. Até a canonização há um longo caminho, mas o primeiro passo já foi dado. Em grande estilo.


Fonte: Istoé

 

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A Suprema Corte do país pode decidir, nesta quarta-feira, se libera ou não o aborto de crianças com anencefalia.

“Estou aqui pela necessidade de defender a vida humana desde a concepção até a sua morte natural; porque defendendo os verdadeiros direitos humanos, será possível assegurar às futuras gerações uma sociedade justa e igualitária”. Assim o jovem Ari Andrade Filho explicou sua participação na Vigília pela Vida, realizada na noite desta terça-feira, 10 de abril, diante do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Além dele, aproximadamente mais 150 pessoas estavam diante da corte manifestando sua posição e rezando para que, nesta quarta-feira, os onze ministros não decidam legalizar o aborto de crianças com anencefalia no Brasil.

- A decisão que pode ser tomada nesta quarta-feira pelo Supremo, de permitir o aborto de anencéfalos, simboliza uma sociedade egoísta, uma sociedade que se torna incapaz de lidar com o sofrimento humano. Isso poderá abrir o precedente para que possamos, no futuro, nos tornar, cada vez mais, uma sociedade eugênica – completou Ari Filho.

A vigília realizada pelos jovens brasilienses diante do STF foi uma entre várias que aconteceram Brasil afora, convocadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nesta terça-feira a clamor contra o aborto também tomou contra da internet: no Twitter, a tag #afavordavida chegou a ficar em primeiro lugar nos Trending Topics do Brasil e entre os dez assuntos mais comentados do mundo por volta das 18h30.

A cantora Elba Ramalho, que já realizou um aborto e hoje é uma firme defensora da vida, também participou da vigília diante do Supremo. Ela animou os jovens que se manifestaram – tanto na Praça dos Três Poderes quanto na internet – a se manterem firmes:

- Se eles estão fazendo isso, é porque estão sintonizados com o Caminho, a Verdade e a Vida, que é Nosso Senhor Jesus Cristo. Tenho confiança nesses jovens que lutam bravamente e galhardamente e até salvam crianças do aborto evitando que sejam abortadas. Que esses jovens estejam à frente do nosso futuro. Vamos continuar intercedendo, tuitando, unidos – disse a cantora, que foi a Brasília especialmente para a vigília.

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O bispo emérito de Guarulhos, Dom Luiz Bergonzini, também participou da vigília e incentivou a participação dos jovens, lembrando que o aborto é uma usurpação do poder de Deus.

- Digo aos jovens que continuem confiantes na ajuda de Deus. Continuem nessa luta, que é a luta para o bem, é a luta a favor da vida. Quem está a favor da vida, está a favor de Jesus. Jovens, coragem, vamos em frente, vamos lutar a favor da vida!

O deputado Eros Biondini (PTB-MG), que integra a Frente Parlamentar em Defesa da Vida, explicou que a tentativa de liberar o aborto de anencéfalos é uma forma de legalizar o aborto “pelas brechas”.

A Vigília pela Vida, diante do STF, prossegue até as 14h desta quarta-feira, quando deve começar a sessão que decidirá sobre o aborto de anencéfalos.

- Estamos aqui apelando para a conscientização das pessoas, apelando pelo que acreditamos. Estamos reunidos em comunhão - não só católicos, mas pessoas de outras religiões. Compomos uma grande parte da população do país que precisa ser ouvida - disse Raquel Nabut, outra jovem que participou da Vigília.


Fonte: http://www.jovensconectados.org.br

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Na próxima quarta-feira, 11 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54 (ADPF), que pode legalizar o aborto de anencéfalos – deficiência ocorrida em crianças que nascem sem a calota craniana e, depois de nascidas, têm pouco tempo de vida.

Por causa do risco dessa legalização, trinta jovens do Distrito Federal se uniram na Praça dos Três Poderes na tarde de hoje. Em uma manifestação silenciosa, eles colocaram em frente ao Supremo mais de 200 balões vermelhos amarrados em fitas também vermelhas.

Os balões representavam as crianças anencéfalas, já o fio era o direito à vida dessas crianças que, segundo os jovens, “está por um fio”. Além dos balões, os jovens usaram vendas nos olhos, um dos símbolos da Justiça. Essa simbologia remetia à ideia de que a Justiça é imparcial e não deve tratar as crianças com deficiência de forma desprivilegiada.

O argumento apresentado na ADPF ao STF está embasado na afirmação de que o anencéfalo é um sub-humano, deixando o caminho livre para a mãe optar pela morte dessa criança ainda no ventre. Esta posição é rechaçada por diversos organismos da sociedade. Também não se pode comparar a criança portadora desta anomalia a um morto cerebral, pois este depende de aparelhos, e o anencéfalo respira espontaneamente. Já o Estado não pode legalizar leis que permitam a extermínio de deficientes.

 
Veja mais fotos da manifestação:
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Organizamos uma Seção especial em nosso portal para tratar de um tema tão atual e polêmico: o aborto de anencéfalos. São vídeos, artigos, links e testemunhos que trazem elementos novos para a sua reflexão. Não deixe de aproveitar cada conteúdo publicado.

E ajude a difundir estas informações, que poderão salvar muitas vidas!

Sábado, 18 Fevereiro 2012 09:00

Eutanásia é tema de palestra em Brasília

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“Aceitar o suicídio ou a eutanásia seria uma negação também da minha relação com o outro. Não só com Deus que me deu a vida, não só comigo que sou chamado a preservar a minha vida, mas também com o outro que tem o direito da minha permanência nesse mundo porque nós fazemos parte de uma única comunidade”. Essa foi uma das explicações do padre Bruno Vitor Laselva*, vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em São Sebastião, ao falar sobre a Declaração sobre a Eutanásia. O documento foi escrito em 1980 pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé e foi tema de uma palestra realizada pelo grupo Promotores da Vida, em Brasília, no dia 4 de fevereiro.
              
Padre Bruno destacou que a declaração foi apresentada em um contexto de avanços médicos e mudança de cultura. “Será que tudo aquilo que é possível no campo da medicina também é possível moralmente?”, questionou o palestrante.
               
Ele ainda comentou que a mudança de cultura influi no modo de considerar o sofrimento e a morte. Segundo ele, “o sofrimento faz parte da nossa natureza e isso indica que não somos eternos, mas que estamos a caminho de uma degradação humana. A morte faz parte de um processo natural, mas, para uma sociedade que valoriza tanto o prazer, o homem e seu aspecto prático, o sofrimento deve que ser banido”.
                 
Para ele, esse novo pensamento “é um processo que estamos vivendo hoje de desumanização. Nós apenas privilegiamos parte daquilo que é o homem, apenas uma dimensão, por exemplo, a dimensão do prazer. O sofrimento, que também é outra dimensão humana e que faz parte do nosso processo biológico, já não é visto com bons olhos”.

:: Videoteca da Vida: Assista aqui o vídeo da palestra.

:: Leia a Declaração sobre a Eutanásia, na íntegra. 

* Padre Bruno Vitor Laselva é professor de Sagrada Escritura no Seminário Nossa Senhora de Fátima, colaborador no Tribunal Eclesiástico de Brasília, assistente das equipes de métodos naturais e membro da Comissão de Bioética e Defesa da Vida da Arquidiocese de Brasília.

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A Encíclica Evangelium Vitae (Evangelho da Vida), publicada pelo papa João Paulo II em 1995 para tratar do valor e da inviolabilidade da vida humana, foi tema de palestra realizada pelo grupo Promotores da Vida, em Brasília, no dia 10 de dezembro. O documento foi explicado pelo padre Eduardo de Lima Peters*, presidente da Comissão Arquidiocesana de Bioética e Defesa da Vida da Arquidiocese de Brasília.

De acordo com ele, o papa escreveu a Encíclica quando começaram a existir em todo o  mundo legislações contrárias à dignidade da pessoa e ao respeito à vida humana. “A Encíclica Evangelium Vitae surgiu dentro desse contexto de responder a uma necessidade a respeito do valor e da dignidade da pessoa e da sua vida”, explicou.

O palestrante destacou que, ao começar o documento com o Evangelho de Lucas anunciando o nascimento de Jesus - “na aurora da salvação, é proclamado como feliz notícia o nascimento de um menino: anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor (Lc 2, 10-11)” -,  o papa recupera para nós a ideia da vida como um dom e que “da vida do Cristo, do nascimento do Menino Jesus, todo nascimento alcança também uma dignidade diferenciada”.

Ao falar sobre o ensinamento da Encíclica sobre a unidade do evangelho - “o Evangelho do amor de Deus pelo homem, o Evangelho da dignidade da pessoa e o Evangelho da vida são um único e indivisível Evangelho” -, o padre recorda que “nós não podemos viver a nossa experiência de fé como se ela fosse uma experiência seletiva. Ou seja, eu escolho aquilo que na doutrina me agrada e separo o que me incomoda. O Evangelho é único, ele não está a serviço das nossas conveniências e nem a serviço de uma produção religiosa que talvez seja minha. Nós temos que assumir o Evangelho na sua totalidade, compreendendo o valor e o respeito que temos que ter pela dignidade da pessoa humana”.

A Ciência e a Vida
Outro ponto abordado na palestra foi o ensinamento do papa sobre o critério ético da ciência. O padre Eduardo explicou que “nós precisamos ter cuidado para que a ciência não se torne critério ético para a própria ciência”. Para ele, se isso acontecer, “a nossa ética se torna a ética do possível. Tudo aquilo que for cientificamente possível é moralmente louvável”. Segundo o palestrante, a própria bioética ensina que é preciso fazer uma junção entre aquilo que é conhecimento biotecnológico com os valores humanos. “Nós temos um desafio muito grande nesta perspectiva de equilibrar essa relação que existe entre a possibilidade científica e a experiência ética”, comentou.

Entre os presentes, o casal de médicos Luiz Augusto e Lucília Casulari destacaram a importância do aprofundamento dos estudos da Igreja. “A partir do aprofundamento, sua fé aumenta e se torna mais consistente e consciente, nos tornando mais compreensivos”, destacou o médico. Para sua esposa, “as informações foram suficientes para nos introduzir no tema e refletir sobre o valor da vida”.

Ciclo de Formação
A palestra foi a última de uma série de três formações sobre o Magistério da Igreja em relação ao tema "vida humana". A primeira delas abordou a reprodução assistida e teve como base as instruções Donum Vitae e Dignitas Personae. A segunda formação, fundamentada na Encíclica Humanae Vitae, apresentou o ensinamento da Igreja sobre a regulação da natalidade. O vídeo das palestras estão disponíveis na Videoteca da Vida. 

       ASSISTAS AS 3 FORMAÇÕES:
  1. Encíclica Evangelium Vitae (Evangelho da Vida)
  2. Encíclica Humanae Vitae (Vida Humana) 
  3. Instruções Donum Vitae e Dignitas Personae (Dom da Vida e Dignidade da Pessoa)
Por Maria Cristina
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*Padre Eduardo de Lima Peters é mestre em Teologia Moral, presidente da Comissão Arquidiocesana de Bioética e Defesa da Vida da Arquidiocese de Brasília, professor no Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima e no Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília.

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Domingo, 20 Novembro 2011 17:00

Transmissão da vida: missão dos casais

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Na missão de transmitir a vida, eles [os casais] não são, portanto, livres para procederem a seu próprio bel-prazer, como se pudessem determinar, de maneira absolutamente autônoma, as vias honestas a seguir, mas devem, sim, conformar o seu agir com a intenção criadora de Deus, expressa na própria natureza do matrimônio e dos seus atos e manifestada pelo ensino constante da Igreja”.

Esse é um dos principais ensinamentos do papa Paulo VI na Carta Encíclica Humanae Vitae, publicada em 1968 e que trata da regulação da natalidade. O documento foi tema de palestra do padre João Paulo Santos Silva, da Diocese de Luziânia (GO), neste sábado, 19 de novembro, no auditório do Santuário do Santíssimo Sacramento, em Brasília (DF). O evento faz parte do ciclo de formação promovido pelo grupo Promotores da Vida, da Comissão Arquidiocesana de Bioética e Defesa da Vida.

De acordo com o padre João Paulo, apesar de a Encíclica Humanae Vitae ser breve, ela “é densa e traz às claras pontos que precisavam ser esclarecidos”. Ele explicou que o documento foi escrito após discussões sobre a paternidade responsável e o controle de nascimentos durante do Concílio Vaticano II.

Para ele, o papa Paulo VI “aborda a questão com muito realismo”, que pode ser percebido já no primeiro tópico da Encíclica, no qual o papa reconhece as dificuldades pelas quais os casais podem passar: “o gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias, se bem que, algumas vezes, acompanhadas de não poucas dificuldades e angústias”.

O padre também comentou que “Paulo VI, com muita clareza, vê quais são os problemas atuais que estão relacionados ao controle da natalidade ou à regulação dos nascimentos”. Ele ainda destacou que, ao defender a competência da Igreja para ensinar sobre moral matrimonial, o papa afirma que essa doutrina está “fundada sobre a lei natural, iluminada e enriquecida pela Revelação divina”. Ou seja, “a Igreja não inventou uma moral matrimonial. Essa moral já existe dentro de cada ser humano porque foi colocada dentro de cada um pelo próprio criador. E essa moral matrimonial transcende o tempo, a cultura e as condições de vida em que a pessoa se encontra”, explicou o palestrante.

Ao falar sobre a segunda parte da Encíclica, que traz os princípios doutrinais que fundamentam o documento, o padre João Paulo destacou o primeiro ponto apresentado por Paulo VI sobre a necessidade de uma visão global do homem. Segundo ele, “hoje em dia, mais do que nunca, temos uma visão fragmentada do ser humano e uma fragmentação nociva porque o homem não é visto com um todo”.

Em relação ao amor conjugal citado na Encíclica, explicou que “o matrimônio foi a instituição escolhida por Deus para que os cônjuges colaborassem com Ele no projeto da criação. Quando nós percebemos o matrimônio e a procriação, a geração de filhos sob esse viés, nós vemos que é muito mais profundo a paternidade e a maternidade. É uma colaboração com Deus no projeto de criação”. Ele ainda lembra que para os cristãos “o matrimônio está revestido da graça sacramental, então, além de ser uma união entre um homem e uma mulher e uma colaboração com Deus, é um sacramento. E o sacramento é sempre um sinal terrestre de uma coisa superior”.

O padre João Paulo também abordou o tema da parternidade responsável que, segundo o ensinamento da Encíclica, implica “que os cônjuges reconheçam plenamente os próprios deveres, para com Deus, para consigo próprios, para com a família e para com a sociedade, numa justa hierarquia de valores”.

Próxima palestra - A próxima formação do grupo terá como tema a Carta Encíclica Evangelium Vitae, que trata sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana. A palestra será no dia 10 de dezembro, às 9h, na Paróquia Nossa Senhora do Lago, QI 3, Lago Norte. O evento é gratuito e aberto ao público. Participe!

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** Padre João Paulo Santos Silva - Pároco da Paróquia da Medalha Milagrosa, em Luziânia (GO), e responsável pela Pastoral Universitária. Professor de Teologia Dogmática e Filosofia Tomista no Curso Superior de Teologia, em Brasília, e professor de Teologia Dogmática no Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, também em Brasília. Por dois anos foi membro da Comissão Arquidiocesana de Bioética e Defesa da Vida e durante 3 anos foi coordenador dos seminaristas pela vida.

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