Manila
“Autorizar o aborto nas Filipinas seria como um tsunami para a sociedade. Temos cinco semanas antes da nova sessão do Congresso, que começa em 9 de maio, para salvar o país”, é o que dizem à Fides ativistas católicos pró-vida nas Filipinas. Está em andamento no país um amplo debate sobre o documento, em tramitação no Congresso, intitulado Responsible Parenthood, Reproductive Health and Population and Development Act.
Hoje, estão sendo discutidas variações e emendas, e a aprovação deve ocorrer em maio. Nesta fase, movimentos e organizações favoráveis ao aborto, aos métodos de controle demográfico e de planejamento familiar estão fazendo pressões e tentando desfrutar esta oportunidade para introduzir o aborto lícito. É o que denuncia à Agência Fides a associação pró-vida Human Life International (HLI) nas Filipinas, assegurando uma campanha de sensibilização em igrejas, escolas e praças para afastar esta eventualidade. A Constituição das Filipinas não consente, atualmente, a prática do aborto.
A campanha pró-vida para deter o documento recebeu o apoio da Conferência Episcopal do país. Um advogado e consultor jurídico dos Bispos, Jo Imbong, afirma à Fides que “o documento mina os direitos fundamentais, os ideais e as aspirações dos filipinos, escritos na Constituição”. “Algumas organizações internacionais como USAID e PNUD (Fundo Onu para a População) já investiram mais de 600 milhões de dólares para apoiar o documento”, nota Rene Bullecer, Diretor da HLI nas Filipinas.
Ligaya Acosta, filipina, coordenadora regional da HLI na Ásia, referiu-se ao Presidente Aquino afirmando: “O Presidente venceu as eleições falando de luta à corrupção e à pobreza. Gostaria de recordar-lhe que existe uma corrupção ainda mais grave, a dos valores humanos e morais. E existe também uma pobreza maior, a pobreza espiritual. Quero lembrar aos nossos legisladores que eles são chamados a servir as autênticas aspirações do povo filipino”. Temos então, “cinco preciosas semanas para atuar para evitar que o aborto se torne lei nas Filipinas, destruindo a cultura da vida” – notam os ativistas.
No debate a favor ou contra o documento, a influente “Iglesia Ni Cristo” assumiu postura favorável ao texto, afirmando que “as práticas de controle demográfico não são imorais”. Hoje, interveio no caso o Arcebispo de Manila, Cardeal Gaudencio Rosales, exortando os fiéis a rezar pelos legisladores “para que não aprovem leis contrárias à vida, ao valor do homem e à construção da pessoa”.
Fonte: Agência Fides
Sexta, 08 Abril 2011 16:43
Cinco semanas e milhões de vidas em jogo
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