Neste domingo, a Rede Globo, no programa fantástico, exibiu ampla reportagem sobre o tema do aborto. Não somos defensores da revista Veja, mas vale a pena ler o artigo que Reinaldo Azevedo publicou no seu blog. Ele desmascara a falácia global. Boa Leitura.

O Fantástico e o aborto: assim não, companheiros! Ou: não se compensa penúria ética de uma tese com números fabulosos

A propósito do post acima: o Fantástico levou ontem ao ar uma longa reportagem que fez a defesa sub-reptícia da legalização do aborto, embora não se tenha tocado nessa expressão em nenhum momento. Escolheu-se o chamado método do terrorismo didático: convencer pelo horror. Câmeras escondidas flagraram clínicas clandestinas e carniceiros variados para evidenciar que, proibido embora — exceto em caso de estupro e risco de morte da mãe —, o aborto é feito à larga. O corolário restou subjacente: se é assim,  a proibição é uma hipocrisia e se legalize de vez a prática para preservar a saúde das mulheres. A tese é ruim. Que outras ilegalidades deveriam ser tornadas legais já que a gente não pode mesmo coibi-las totalmente? Levada a tese ao limite, em vez de combater os criminosos, as sociedades deveriam legalizar o crime. Tudo seria da lei. Voltaríamos ao estado da natureza. E deixo de barato que a defesa da “saúde da mulher” ignore, no caso, a vida do feto.

Uma tese ruim irrita, sim. Mas o mais constrangedor da reportagem, depois do método didático-terrorista, é a manipulação desajeitada de supostas estatísticas ou pesquisas, o que levou o site do Fantástico a cravar em seu site, na manchete: “Uma em cada cinco mulheres já fizeram aborto no Brasil”. De onde saiu tal formulação?

De uma pesquisa realizada por um grupo da UnB. Com voz muito pausada, sílabas escandidas de indignação cívico-militante, óculos que anunciam “sou uma pensadora”, a antropóloga Débora Diniz explica o que segue (leiam com atenção):
“A pesquisa nacional de aborto, cobriu todo o Brasil urbano, que são as capitais, e as grandes cidades, ou seja, ficou de fora o Brasil rural, porque não podíamos incluir mulheres analfabetas. As pesquisadoras entraram na casa das mulheres, com uma urna secreta, as mulheres de 18 a 39 anos, elas recebiam uma cédula que constava de cinco perguntas, e uma delas é, ‘você já fez aborto?’. O que nós sabemos é que uma mulher em cada cinco, aos 40 anos, fez aborto. Significam 5 milhões e 300 mil mulheres em algum momento da vida, já fizeram aborto. Metade delas usou medicamento, nós não sabemos que medicamento é esse; a outra metade precisou ficar internada pra finalizar o aborto. O que isso significa? Um tremendo impacto na saúde pública brasileira. Quem é essa mulher que faz aborto? Ela é a mulher típica brasileira. Não há nada de particular na mulher que faz aborto”.

É evidente que se trata de um discurso em favor da legalização do aborto. Ocorre que a fala da antropóloga é um queijo suíço, que só convence os incautos:
1 - Qual é a cientificidade de sua amostragem?
2 - Qual é o tamanho da amostra?:
3 - Quer dizer que “todo o Brasil urbano são as capitais e as grandes cidades”? Quem disse? Segundo qual ciência?
4 - Todas as mulheres do campo são analfabetas?
5 - Se a antropóloga confessa que o Brasil rural ficou fora da “pesquisa”, então é mentira que uma em cada cinco mulheres já fez aborto. Como posso afirmar isso? Ora, é ela quem afirma quando confessa que sua amostra não representa o Brasil.
6 - Se o mal enxergado pela intelectual da voz pausada é o impacto na saúde pública, seria menor tal impacto no caso da legalização? Um aborto legal dispensa a curetagem ou a sucção?
7 - O que a doutora Débora entende por “mulher típica brasileira”? Ainda que fosse verdadeiro o chute de que uma em cada cinco mulheres entre 18 e 39 anos já fez aborto, isso significaria, então, 20% do total. Com a devida vênia, doutora, a “mulher típica” é aquela dos 80% que não fizeram, certo? Por mais que a senhora tente transformar o aborto numa banalidade como “me passa o açúcar”, ele continua, até na sua pesquisa, uma exceção.

Defender a morte de um feto é difícil, reconheça-se. Por isso essa gente gosta tanto de estatísticas e números. Um dado fornecido por uma pesquisa do Instituto do Coração, da USP, foi considerado “espantoso” pelo Fantástico:
“Entre 1995 e 2007, a curetagem depois do procedimento de aborto foi a cirurgia mais realizada pelo SUS: 3,1 milhões de registros”.

Querem ver como, às vezes, falta ao editor ou puxar as orelhas dos repórteres ou usar calculadora que faça apenas as quatro operações (já nem digo ler o conjunto da obra em busca de incongruências)? 3,1 milhões de curetagens em 13 anos dão uma média de 238.461 procedimentos por ano. Atenção! Perguntem a especialistas da área e eles lhes dirão: 25% das gestações resultam em abortos espontâneos. Nascem, por ano, no Brasil, mais ou menos 2,8 milhões de crianças.

Vamos supor, meus caros, só para efeitos de pensamento, que não houvesse um só aborto provocado no Brasil: aqueles 2,8 milhões seriam apenas 75% das gestações — ao todo, elas somariam 3,73 milhões. REITERO: VAMOS FAZER DE CONTA QUE NÃO EXISTEM ABORTOS PROVOCADOS. Ora, só os abortos espontâneos chegariam, então, a 930 mil por ano. Como INEXISTE NOTIFICAÇÃO NOS HOSPITAIS PARA DISTINGUIR CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO ESPONTÂNEO DE CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO PROVOCADO, chega-se à conclusão de que os quase 240 mil procedimentos são um número “espantoso”, sim, Fantástico: ESPANTOSAMENTE BAIXO!

Se encontrarem furo lógico aí, cartas para o blog!

O número significa ainda mais — e mais grave: o SUS não tem, então, estrutura para atender nem mesmo os casos de abortos espontâneos. Imaginem o que poderia acontecer, então, com um aumento da demanda em caso de legalização.

As pessoas defendam o que bem entenderem. Faço o mesmo. Não gosto é que tentem me iludir com estatísticas furadas, que não resistem a uma conta de dividir e a uma regra de três. O que me incomoda na defesa da legalização do aborto é que se tenta compensar a penúria ética da tese com números. E números, lamento, podem auxiliar na criação de uma moral, mas não a substituem.

Ora, tenham a coragem, então, de defender o aborto como “um direito” e ponto final! Poder ser horrível, mas é, ao menos, intelectualmente mais honesto. E sem essa de chamar militante de “especialista”. Militante só é especialista da própria causa.

Por Reinaldo Azevedo

Nota do site: Não queremos o aborto defendido como direito, nem que o SUS alcance estrutura para tais procedimentos (existem outros realmente importantes para a saúde das pessoas). Somos defensores da vida e acreditamos que este é um valor fundamental e inalienável. Contudo, é bom ver esta falácia desfeita pela própria mídia.

São Paulo, 24 jul (RV) – Cientistas brasileiros podem acabar com impasse entre ética e ciência na questão das células-tronco. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, conseguiram fazer a produção de células-tronco de pluripotência induzida (ditas IPS) a partir da modificação genética de células da pele de adultos. A inovação do projeto está no uso de genes distintos dos tradicionalmente empregados pelos grupos de pesquisa que produzem trabalhos semelhantes com embriões.

Este estudo é inédito no Brasil e integra o pós-doutorado de Virgínia Picanço e Castro, publicado, em junho, na edição online da revista "Stem Cells and Development".

Todas as aproximadamente 100 trilhões de células que formam o corpo de um indivíduo adulto surgem a partir das células-tronco. Elas são extremamente versáteis e podem originar todos os tecidos do corpo humano. Em 2007, o cientista japonês Shinya Yamanaka já havia surpreendido o mundo gerando-as a partir da pele, o que, agora, está sendo desenvolvido também pelos cientistas brasileiros. Como prosseguimento da pesquisa, serão investigadas outras características que essas células possam apresentam e suas potenciais propriedades terapêuticas.

Fonte: Radio Vaticana

Orientação Espiritual é uma seção dedicada ao seu crescimento como cristão!

Publicaremos sempre reflexões que possam contribuir para o nosso crescimento espiritual, como comentários do Evangelho, reflexões sobre temas espirituais, textos de grandes autores. Nossa intenção é possibilitar que você possa encontrar referências sólidas para sua reflexão e oração pessoal.

Eleições: Bispos do RJ publicam orientações e critérios.

Rio de Janeiro, 18 julho – Os bispos do Regional Leste 1 da CNBB (Estado do Rio de Janeiro) divulgaram esta semana uma nota contendo orientações e critérios para as eleições de outubro. 

Segundo os bispos, o eleitor deve votar em candidatos que defendam a dignidade da pessoa humana e a vida, a família, a liberdade de educação. Lembram ainda os princípios da solidariedade e da subsidiariedade e o compromisso com a cultura da paz.

Leia a íntegra da nota:

ORIENTAÇÕES E CRITÉRIOS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

O Brasil está vivendo um momento peculiar – oportunidades e dificuldades – na sua história. De um lado, por seu crescimento interno e pelo seu destaque no cenário internacional, por outro pela continuidade de desigualdades sociais perversas, e pela corrupção que corrói e abrange todas as estruturas e instituições, prejudicando seriamente a credibilidade da classe política.

A Igreja, comprometida com o bem comum e a defesa irrestrita da dignidade e dos direitos humanos, apóia as iniciativas que contribuam para garanti-los a todos e denuncia distorções inaceitáveis presentes em vários programas, que como veremos ferem os princípios que norteiam a doutrina social cristã. O que está em jogo é uma visão da pessoa humana e da sociedade, solidária com a dignidade de todos, a favor da vida e aberta ao transcendente.

Para iluminar este processo eleitoral, a comunidade eclesial – que pela sua universalidade não pode se identificar com interesses particulares, partidários ou de determinado candidato/a – busca oferecer critérios de escolha e discernimento para as pessoas de boa vontade e cidadãos responsáveis. Também deseja que sejam votados candidatos coerentes com a defesa dos princípios éticos e cristãos.

Em consonância com estes mesmos princípios apresentamos as seguintes orientações e critérios:

Antes de tudo, é necessário “valorizar o voto” que decide a vida pública do nosso País e dos nossos Estados nos próximos anos. O meu voto é precioso! Não se compra! Nele se manifesta a minha liberdade e a minha decisão. Recentemente obtivemos a vitória do projeto de lei denominado “Ficha Limpa” que por decisão do TSE se aplicará nestas eleições. Cabe agora vigiar e cuidar para eliminar do pleito aqueles candidatos corruptos que contaminam o cenário político e destroem a democracia.

1. O primeiro critério para votar em um candidato é a defesa da dignidade da Pessoa Humana e da Vida em todas as suas manifestações, desde a sua concepção até o seu fim natural com a morte. Rejeitamos veementemente toda forma de violência, bem como qualquer tipo de aborto, de exploração e mercado de menores, de eutanásia e qualquer forma de manipulação genética.

2. O segundo critério é a defesa da Família na qual a pessoa cresce e se realiza. Por isso devem ser votados aqueles candidatos que incentivam, com propostas concretas, o desenvolvimento da família segundo o plano de Deus. Opõem-se ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à adoção de crianças por casais homoafetivos, à legalização da prostituição, das drogas e ao tráfico de mulheres.

3. O terceiro critério é a liberdade de Educação pela qual os pais têm o direito de educar os filhos segundo a visão de vida que eles julguem mais adequada. Isso comporta uma luta pela qualidade da escola pública e pela defesa da escola particular, defendendo o ensino religioso confessional e plural, de acordo com o princípio constitucional da liberdade religiosa, reconhecido também no recente Acordo entre Brasil e Santa Sé.

4. O quarto critério é o princípio da solidariedade, segundo o qual o Estado e as famílias devem ter uma particular atenção preferencial pelos pobres, àqueles que são excluídos e marginalizados. Deve-se garantir uma cidadania plena para todos/as, assegurando o pleno exercício dos direitos sociais: trabalho, moradia, saúde, educação e segurança.

5. O quinto critério é o princípio de subsidiariedade, ou seja, haja autonomia e ação direta participativa dos grupos, associações e famílias fazendo o que podem realizar, sem interferências ou intromissões do Estado. Este deve apoiar e subsidiar, nunca abafar ou sufocar as liberdades e a criatividade das pessoas. Assim elas poderão exercer uma cidadania ativa e gestora.

6. Enfim, diante de uma situação de violência generalizada, os candidatos devem, de forma concreta e decidida, comprometer-se na construção de uma Cultura da Paz em todos os níveis, particularmente na educação e na defesa da infância e da adolescência.

Do ponto de vista prático nas paróquias e em nossas associações e movimentos, se dê grande importância a este momento eleitoral e se realizem debates sempre com vários candidatos de vários partidos, em vista da realização do bem comum. Durante os eventos promovidos pela diocese ou pelas paróquias nunca devem aparecer faixas, cartazes ou outro tipo de sinais que identifiquem e apóiem os candidatos. O trabalho político, ao qual todos somos chamados, cada um segundo a sua maneira de ser, é uma forma de mostrar a incidência do Evangelho na vida concreta, visando à construção de uma sociedade justa, fraterna e equitativa. Em conseqüência haverá uma esperança real para tantas pessoas céticas, desnorteadas e confusas com a política atual. É uma grande oportunidade que os católicos e todas as pessoas de boa vontade não podem perder.

OS BISPOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
Regional LESTE 1 da CNBB

(Fonte: Informativo da Rádio Vaticana)

Pelo prof. Giuseppe Noia*

ROMA, domingo, 11 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Um dos teoremas mais difundidos e radicados no mundo médico e na cultura popular é de pensar que o aborto voluntário possa ser menos traumático quando praticado nas primeiras semanas de gravidez, submetendo assim a prática do aborto ao critério da "proporcionalidade traumática": quanto menor for o embrião, mais seguro e mais aceitável é o aborto, com menores consequências para a mulher.

Assistimos, ao longo das últimas duas décadas, também no campo dos exames pré-natais, a uma corrida vertiginosa pelo diagnóstico antecipado: biópsia dos vilos corais (10-12 semanas) em substituição à amniocentese, a análise do líquido retronucal, a coleta tríplice; expressões de uma postura de antecipação que culmina na "síndrome do feto perfeito".

Tal síndrome não está descrita nos manuais médicos, mas hoje é já conhecida por todos: é caracterizada pela necessidade compulsiva de exames diagnósticos cada vez mais precoces; é o "teorema da proporcionalidade traumática" aplicado, a idéia de que o diagnóstico precoce de uma anomalia possibilite uma decisão mais precoce e, em caso de má-formação, uma opção pelo aborto menos traumática do ponto de vista físico e psíquico.

É obvio que, do ponto de vista fisiológico, a interrupção precoce de uma gravidez envolve riscos menores. Mas quando falamos de seres humanos, a segurança não pode ser avaliada unicamente com base em critérios fisiológicos ou biológicos: a saúde psíquica da mulher é reconhecida por todos como sendo de extrema importância, e pela sua salvaguarda invoca-se o direito à interrupção de uma gravidez após os 90 dias.

Pergunto-me então: como se pode ainda aceitar, em especial no âmbito da prática médica, o conceito de "proporcionalidade traumática" quando toda a literatura científica evidencia os conflitos psicológicos pós-abortivos, quando a elaboração do luto (mesmo de abortos precoces e espontâneos) é causa de depressão e angústias profundas, de perda de libido, de infertilidade e até perda da capacidade de engravidar novamente, quando em nossos estudos as mulheres nos confidenciam que o sentimento de perda de um filho não é proporcional ao seu peso em gramas ou seu tamanho em centímetros?

O grau de sofrimento experimentado pelas mulheres após um aborto, com efeito, nada mais é que a demonstração empírica de uma evidência profunda que o mundo médico se recusar a enxergar, ou da qual não avalia a real gravidade: que se pode interromper uma gravidez biológica, mas não se pode eliminar a gravidez psíquica. Definitivamente, o vínculo com o próprio filho não é eliminado com a eliminação do embrião.

A pílula RU486 reduz a prática abortiva a uma mera questão de precocidade e segurança, promovendo uma concepção de aborto "faça-você-mesma"; um aborto privado, por mais seguro que possa ser (na verdade, em 13% dos casos faz-se necessária uma intervenção cirúrgica para evacuação do feto), soma solidão a solidão. Enquanto num aborto cirúrgico a interrupção da gravidez é delegada a um terceiro, no aborto químico com a RU468 é a mãe quem administra o veneno que matará seu próprio filho.

Os efeitos fisiológicos são semelhantes aos de um aborto cirúrgico executado com anestesia: contrações, expulsão do feto e dos restos placentários, hemorragia; mas com a RU468, a mulher enfrenta isso tudo sozinha, sem qualquer assistência - e o máximo da responsabilidade psicológica!

Destaco estas profundas contradições científicas, éticas e humanas num momento em que se promove o uso extensivo do aborto farmacológico na sociedade italiana, já duramente atingida por um mal-estar que evidencia, a cada dia com mais frequência, doenças da alma e da psique, das quais, lamentavelmente, os protagonistas são muitas vezes mãe e filho - díade preciosa que a cultura pseudo-científica parece querer separar e dividir.
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*Giuseppe Noia é professor de ginecologia, obstetrícia e cirurgia fetal invasiva na Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma. É autor de diversos livros e artigos, entre os quais "Terapias fetais invasivas" e "Terapias fetais"; é também co-autor de "O filho terminal".

www.camara.gov.br

5 e 6 de julho de 2010 | Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados

Promovido pela Comissão de Seguridade Social e Família, o seminário traz à Câmara dos Deputados um importante debate: como os governos do Brasil e de países estrangeiros têm lidado com o grave problema das drogas.

Serão discutidas políticas de combate ao narcotráfico e de tratamento e reinserção social do toxicodependente. Especial atenção será dada ao crack, droga de baixo custo e efeitos devastadores, cada vez mais consumida entre a população jovem.

Os objetivos do evento são fornecer informações atualizadas sobre o tema, aprimorar o arcabouço legal disponível e fomentar a proposição de políticas públicas que tornem eficiente a atuação do Estado no combate ao narcotráfico e na prevenção e tratamento de usuários de drogas.

(Nota do Promotores da Vida: o evento contará com a participação do Frei HANS STAPEL, da Fazenda da Esperança, às 14h do dia 5 de julho).

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Programação

DIA 5 de JULHO de 2010 (segunda- feira)

9 horas - ABERTURA
             
Presidente da Câmara dos Deputados - Dep. MICHEL TEMER
Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família - Dep. VIEIRA DA CUNHA

PALESTRAS DE ABERTURA
Coordenação: Dep. GERMANO BONOW
Tema: A Política Nacional sobre Drogas

10 horas - Convidado: Ministro da Saúde - JOSÉ GOMES TEMPORÃO (com ênfase no tratamento)

10h30 - Convidado: Ministro de Segurança Institucional – JORGE ARMANDO FELIX

11 horas - Convidada: Ministra de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MÁRCIA HELENA CARVALHO LOPES (com ênfase na reinserção social)

12 horas - Almoço

14 horas - 1ª MESA

Coordenação: Dep. ALCENI GUERRA
Tema: Tratamento e reinserção social do toxicodependente

Convidado Internacional: Dr. EDUARDO KALINA
Associação Psiquiátrica Americana – Buenos Aires/Argentina

Convidado Internacional: Dr. MASSIMO BARRA
Presidente da Fundação Villa Maraini – Roma/Itália

Convidado: Frei HANS STAPEL
Fazenda da Esperança – Guaratinguetá/Brasil

15h30 - 2ª MESA
Coordenação: Dep. SUELI VIDIGAL
Tema: A política sobre drogas da Europa

Convidado Internacional: Dr. GREGOR BURKHART
Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT)

16 horas - 3ª MESA
Coordenação: Dep. GERALDO RESENDE
Tema: A política sobre drogas de Portugal

Convidado Internacional: Dr. JOÃO GOULÃO
Instituto da Droga e Toxicodependência - IDT de Portugal

16h30 - 4ª MESA
Coordenação: Dep. BEL MESQUITA   
Tema: A política sobre drogas da Holanda

Convidado Internacional: Dr. MARCEL DE KORT
Ministério da Saúde, Bem Estar Social e Esporte dos Países Baixos

Convidada: RAFAELA DE QUADROS RIGONI
Institute of Social Studies – Holanda

17h30 - DEBATES

18h30 - ENCERRAMENTO



DIA 6 de JULHO de 2010 (terça-feira)


9h30 - 5ª MESA
Coordenação: Dep. ANTONIO CARLOS CHAMARIZ
Tema: Plano de Enfrentamento ao Crack

Convidada: Dra. PAULINA DUARTE
Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas/SENAD

Convidado: Dr. RONALDO TEIXEIRA DA SILVA
Secretário-Excecutivo do Programa Nacional de Segurança Pública Com Cidadania / PRONASCI do Ministério da Justiça

Convidado: Dr. PEDRO GABRIEL GODINHO DELGADO
Coordenador do Programa de Saúde Mental do Ministério da Saúde

11 horas - DEBATES

12 horas - ENCERRAMENTO

Fonte: www.camara.gov.br

Parecer do senador Tião Viana à LDO 2011 - em análise no Congresso - prevê recursos para a implementação de uma política nacional de combate ao crack.

O Relatório Mundial sobre Drogas 2010, divulgado nesta semana pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), reitera o crescimento no consumo de drogas e na apreensão de cocaína no Brasil. Estima-se em 900 mil o número de usuários de cocaína no País, e em 650 mil o de usuários de opiáceos. O relatório também mostra a posição estratégica que o Brasil tomou como rota do tráfico internacional de drogas em razão do aumento de apreensões em outros países sulamericanos combinado a mudanças na demanda do mercado.

O quadro não é novo, mas indica, na opinião do coordenador da Frente Parlamentar contra o Crack, deputado Alceni Guerra (DEM-PR), que as políticas públicas para conter o avanço das drogas estão equivocadas, "com o foco na repressão, enquanto deveriam estar na saúde”.

Para discutir o assunto, a frente promoverá um seminário internacional nos dias 5 e 6 de julho, e, posteriormente, deverá apresentar uma proposta que obrigue o Sistema Único de Saúde (SUS) a cobrir o atendimento médico dos usuários. “Estamos construindo consensos sobre a abordagem terapêutica do usuário de drogas”, declarou Guerra. “Nos lugares onde os tratamentos deram mais certo, uma coisa fundamental á afastar o usuário do local onde ele usa a droga, inclusive de sua família, e tratá-lo com antidepressivos modernos e acompanhamento hospitalar. O problema é que o SUS não aceita essa internação, e o tratamento é destinando ao fracasso”, acrescentou.

O deputado disse ainda que vai propor, para os próximos meses, uma comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. para debater o consumo de drogas no Brasil.

O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), senador Tião Viana (PT-AC), prevê em seu texto recursos para a implementação de uma política nacional de combate ao crack. O substitutivo prevê também a possibilidade de a União pleitear na Justiça a obrigação de a indústria de tabacos ressarcir as despesas com tratamento de saúde dos fumantes.

Comissão externa

Em maio, a Comissão de Seguridade Social e Família criou uma comissão externa para analisar políticas antidrogas e o tratamento de usuários em países da Europa e em diversas cidades brasileiras.

Um dos integrantes dessa comissão é o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Ele também aponta que  os dados referentes ao Brasil demonstram que o tema deve ser tratado como um problema de saúde pública, com foco no tratamento adequado à pessoa. “Se continuarmos tratando o problema das drogas como um tema do Direito Penal, isso só vai aplacar a consciência de quem quer se enganar, porque só há solução se o assunto for deslocado para a saúde, educação e cultura”, argumentou.

Penas mais duras

Na contramão do que defendem Guerra e Teixeira, a grande maioria dos projetos que tramitam na Câmara sobre o assunto (20 de aproximadamente 30) busca aumentar a penalidade de traficantes ou usuários. Muitas determinam a prisão preventiva nos processos por tráfico de drogas; estabelecem o cumprimento total da pena em regime fechado e proíbem a suspensão condicional; proíbem a prisão especial; e dificultam a progressão da pena.

Veja trecho de programa que debate o relatório da ONU de 2009.Entre os que preveem penas mais rígidas para os consumidores de drogas está o Projeto de Lei 4941/09, do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que pune os usuários com detenção de dois a quatro anos. A proposta altera a Nova Lei Antidrogas (11.343/06), que pune o usuário com advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e a participação em programa ou curso educativo.

Reportagem - Rodrigo Bittar

Edição - Patricia Roedel

EUA: IGREJA CATÓLICA PRESTA AUXÍLIO A PESCADORES

 

Destina 300 mil dólares às vítimas do vazamento de petróleo no Golfo do México

 

 

SÃO PETESBURGO (FLÓRIDA), quarta-feira, 16 de junho de 2010 (ZENIT.org). - A Campanha Católica pelo Desenvolvimento Humano, programa de combate à pobreza vinculado à Conferência Episcopal dos EUA, destinou uma verba de 300 mil dólares para socorrer as vítimas do recente vazamento de petróleo no golfo do México.

O vazamento ocorreu em 20 de abril passado após uma explosão na plataforma de petróleo Deepwater Horizon, operada pela companhia petrolífera British Petroleum (BP). O acidente provocou a morte de 11 pessoas e deixou outras 17 feridas.

A companhia foi apontada como principal responsável pelo que se tornou o maior vazamento da história dos EUA, embora a multinacional negue a responsabilidade.

Estima-se um prejuízo da ordem de 2,5 bilhões de dólares para a indústria pesqueira na região afetada.

A Conferência Episcopal dos EUA divulgou um comunicado nesta semana no qual afirma que a Sub-comissão da Campanha Católica pelo Desenvolvimento Humano já aprovou os fundos de ajuda destinado a pessoas com baixa renda atingidas pelo vazamento.

O presidente da sub-comissão, Dom Roger Morin, bispo de Biloxi, Mississipi, afirmou que "este trágico vazamento implica em sérios custos humanos, ambientais e econômicos".

"Como Igreja, lamentamos a perda de vidas - acrescentou. Oremos por aqueles cujas vidas estão em risco".

"Por meio desta ajuda, a Igreja oferece também apoio concreto aos trabalhos que devem ser desempenhados para ajudar estas comunidades a ajudar-se a si mesmas", explicou o prelado. "É um símbolo poderoso da missão fundamental da Campanha Católica pelo Desenvolvimento Humano".

"A doação será usada para dar esperança e estabilidade a estas famílias de trabalhadores atingidas pelo desastroso acidente".

A Campanha Católica pelo Desenvolvimento Humano, programa de combate à pobreza da Conferência Episcopal dos EUA, propõe-se ajudar as comunidades de baixa renda a romper com o círculo da pobreza, enfrentando suas causas.

QUIRGUISTÃO: MINORIAS CRISTÃS PRESTAM AUXÍLIO À POPULAÇÃO ATINGIDA

 

Após os violentos confrontos dos últimos dias

 

ROMA, quarta-feira, 16 de junho de 2010 (ZENIT.org). - Após a onda de violência iniciada no último dia 11, no Quirguistão, que opôs quirguizes e usbeques e já deixou 170 mortos e mais de 200 mil refugiados, a comunidade cristã local se organiza para oferecer ajuda aos necessitados.

A situação neste momento parece estar mais calma", disse à agência Fides o administrador apostólico do Quirguistão, Dom Nikolaus Messmer.

"Na praça central da capital, por ocasião do dia de luto nacional, reuniram-se cidadãos para lembrar os mortos em decorrência dos últimos incidentes. Naturalmente, em todo país ainda é forte o temor de possam haver novos episódios de violência".

"Não é fácil ter acesso a informações precisas sobre a situação nas regiões mais atingidas, as cidades de Osch e Jalalabad", reconheceu o bispo.

"Ainda que o número de mortos e feridos entre a população de etnia usbeque não tenha sido precisado, entre eles é grande o temor de novos ataques, a ponto de preferirem tratar dos feridos em casa ao invés de levá-los aos hospitais (...); muitos dos mortos estão sendo sepultados em segredo", acrescentou.

Apesar da Igreja católica contar com apenas 500 fiéis entre os quase 5 milhões de habitantes, muitas pessoas têm procurado ajuda junto às estruturas eclesiais.

Após os saques do comércio das cidades, o governo solicitou ajuda humanitária também às diversas confissões cristãs presentes no país.

"Nossos fiéis têm respondido generosamente aos pedidos de solidariedade", afirmou Dom Messmer. "Pudemos oferecer ajuda alimentar à população atingida. O transporte dos auxílios para as cidades mais atingidas, que distam mais de 600 quilômetros da capital, estão sendo feitos por via aérea".

Quanto a uma possível solução para a crise, o prelado respondeu que "no momento estão sendo iniciadas as negociações, mas ainda é preciso esperar para saber se os resultados serão atingidos em curto prazo".

"Muito provavelmente, devemos aguardar avanços para os próximos meses", concluiu.

AIDS e sífilis "astronomicamente superiores" em homossexuais, diz CDC nos EUA

 

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Dr. Kevin Fenton

WASHINGTON DC, 24 Mar. 10 / 09:35 am (ACI).- O Center for Desease Control (CDC-centro para o Controle de Enfermidades) dos Estados Unidos deu a conhecer que a sífilis e a AIDS / HIV são "astronomicamente superiores em homens que têm relações sexuais com homens" em um relatório dado a conhecer em 10 de março, na conferência nacional de prevenção de enfermidades de transmissão sexual (ETS).

O relatório do CDC assinala que a taxa de diagnósticos de HIV entre homens que têm relações com outros homens é "44 vezes mais alta que em outros homens e 40 vezes mais alta que nas mulheres".

O espectro apresentando pelo relatório é de 522-989 casos entre 100 mil, de novos diagnósticos em homens que têm relações sexuais com homens, comparado a apenas 12 casos em outros homens, também em uma população de 100 mil.

No caso da sífilis, a comparação é de 91-173 casos entre 100 mil de novos diagnósticos em homens que têm relações com outros homens, comparado a 2 casos em outros homens, também em uma população de 100 mil.

A respeito, o Dr. Kevin Fenton, Diretor do CDC para a prevenção do HIV/AIDS, hepatite viral, ETS e tuberculosis, assinalou que "enquanto que a carga pesada do HIV e a sífilis entre homens homossexuais e bissexuais se reconhece há muito tempo, esta análise mostra as grandes disparidades de saúde entre esta e outras populações".

"É claro que não podemos deter nos Estados Unidos esta epidemia do HIV até que cada comunidade infectada, junto com as autoridades nacionais, priorizem as necessidades de prevenção dos homens homossexuais e bissexuais", acrescentou.

A nota informativa assinala ademais que a população de homens homossexuais e bissexuais nos Estados Unidos só chega aos 2 por cento, nos maiores de 13 anos; e aos 4 por cento, considerando a população masculina total.

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