A última parte do Consistório extraordinário, presidido pelo Papa Francisco, foi realizada na tarde de sexta-feira, 20 de fevereiro, no Vaticano. Nesses dias, Cardeais, provenientes de todas as partes do mundo, reuniram-se na Sala do Sínodo para refletir sobre o tema da “família”, que será o tema central do próximo Sínodo dos Bispos.
Durante as sessões do Consistório, tomaram a palavra 69 Cardeais, que abrangeram os mais variados aspectos do tema sobre a família, “igreja doméstica e célula da sociedade”.
Na conclusão do Consistório, o Santo Padre fez uma breve saudação a todos os presentes e expressou sua convicção de que “é o Senhor que conduz a sua Igreja, ao enfrentar o tema do Evangelho da família”. “É o mesmo Senhor também vai acompanhar este caminho, iniciado neste importante Consistório, durante o próximo Sínodo dos Bispos. Por fim, o Papa pediu a oração de todos para este grande evento eclesial e pelas suas intenções pessoais.
Beleza da família - Ao se reunir com os meios de comunicação, o diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, indicou que o texto de ntrodução ao Consistório Extraordinário para a Família, elaborado pelo Cardeal Walter Kasper, em sintonia com as palavras do Papa Francisco, propõe confrontar com realismo e profundidade a beleza da família.
Segundo ele, o ponto de partida é redescobrir e anunciar o evangelho da família, segundo o plano de Deus, com toda sua beleza, porque a verdade também convence por meio da beleza.
Na relação feita pelo Cardeal Kasper, também se reflete sobre a família como Igreja doméstica e o conceito de que na família a Igreja encontra a realidade e para ela constitui um caminho para o futuro; a família pode ser um caminho privilegiado de evangelização para as pessoas.
O Padre Lombardi explicou que o Cardeal Kasper fala dessa “igreja doméstica”, em sentido amplo, referindo-se não só à família nuclear, mas também alargada, fazendo-a extensiva às comunidades de base, aos grupos paroquiais, entre outros.
O documento, apontou o porta-voz vaticano, consta de uma introdução dedicada ao redescobrimento do evangelho da família, partindo da família na ordem da criação, da visão da família na gênese e no plano de Deus.
Em uma segunda parte, o documento se refere às estruturas de pecado na família: problemas, tensões entre homem e mulher, entre corpo e espírito, da alienação, dos sofrimentos das mulheres e das mães.
Por último, fala-se da família na ordem cristã da redenção, recorrendo aos textos do Evangelho e do Novo Testamento relativos à família, como a Carta aos Efésios. Trata-se também do matrimônio como sacramento, de sua graça santificadora.
Com informações da Rádio Vaticano e ACI Digital
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