A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, por unanimidade, o requerimento de autoria do senador Magno Malta solicitando audiências públicas para debater com a sociedade civil o projeto de lei 122/2006, que trata, entre outros tópicos, a união estável entre casais do mesmo sexo. “Vamos atravessar a fronteira da religião e chegar ao coração da família brasileira para, pela primeira vez, ouvir o que pensa sobre esta mudança de comportamento que afeta hábitos e valores universais da sociedade”, explicou Magno Malta.
Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa Permanente da Família Brasileira, o senador Magno Malta, quer ouvir as lideranças de diversas entidades civis e religiosas. “Vamos convidar para o debate público a Confederação Brasileira de Bispos do Brasil, as denominações evangélicas, os espíritas, budistas, kardescistas, maçons e entidades civis como OAB, Ministério Público, Rotary Club, Lions Club e outras associações que há anos desenvolvem trabalhos pela valorização e união da família Brasileira”. Detalhou o senador.
Magno Malta não participou da sessão da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo senador Paulo Paim (PT/RS), por motivos de saúde. Ele recebeu a informação da aprovação do requerimento com alegria. “O Supremo Tribunal Federal, com apenas 10 ministros, mudou a lei permitindo até adoção de crianças por casais homossexuais. Mas o mérito desta questão cabe ao parlamento, porém, nesta democracia representativa, temos que antes de votar ouvir o que o Brasil pensa e o que de melhor quer a maioria”.
Para Magno Malta, tentaram confundir a opinião publica criando um estigma de preconceito com quem comunga o cristianismo. “Família é família, religião é religião. Não podemos misturar os valores. Os Espíritas são excelentes pais, os maçons são pessoas responsáveis e de moral, os católicos são referências em união familiar e nos bons costumes. Assim também os evangélicos, que tem hábitos saudáveis e éticos, os budistas, que respeitam o próximo como a si mesmo. Enfim, vamos levar o dialogo para fora da religião e esclarecer os pontos que interessam as famílias”, frisou o senador.
A PLc 122/06 traz em seu bojo, além do chamado casamento homossexual, dando todos os direitos concedidos ao casal homem e mulher, polêmicas como adoção de crianças, cerceamento da liberdade de expressão proibindo textos e pensamentos contrários ao homossexualismo e privilégios que outras classes sociais não têm, criando castas, uma verdadeira divisão social. “A sociedade brasileira desconhece esta pauta, hoje, só as partes interessadas, homossexuais e políticos estão incluídos neste debate. Vamos viajar o Brasil e buscar informações, estudos, opiniões e novos conceitos para votar com justiça e sem interesse próprio”.
Magno Malta vai mais longe e esclarece que, “é importante examinar este assunto com visão de futuro e respeito. Todas as pessoas merecem respeito e não podemos discriminar ninguém, nem por raça, cor, credo ou sexo. Mas quando o tema envolve crianças, referências de conduta, então, devemos pensar com os horizontes ampliados no futuro da nação”, Alertou Magno Malta.
Fonte: http://www.expressomt.com.br