verasteguiO ator e produtor mexicano Eduardo Verástegui, quem promove a causa pró-vida há alguns anos, chegou ao Peru em uma viagem de trabalho social e afirmou que o aborto é um crime que violenta o lugar que deveria ser o mais seguro do mundo para o bebê: o ventre da mãe.

"O ventre da mãe deveria ser o lugar mais seguro do mundo, entretanto, hoje em dia é o lugar mais inseguro", disse o ator em entrevista concedida ao grupo ACI no dia 10 de abril no Peru.

"Se juntarmos todas as mortes que deixaram as últimas sete guerras, não se comparam à quantidade de abortos cada ano no mundo inteiro, é um holocausto que temos que acabar", indicou.

Verástegui contou ao grupo ACI que veio ao Peru, mais concretamente à cidade de Piura no Norte, com a missão católica Manto de Guadalupe, fundada por ele com fins caritativos e para a luta pró-vida, "com a que cada ano fazemos uma viagem de ajuda social a diferentes partes do mundo".

"Esta foi uma viagem que chamo ‘os 7 dias muda vidas’", pela intensidade do trabalho realizado e pela valiosa experiência que esta deixou.

"Queria retornar no próximo ano ao Peru para trazer documentado todo o trabalho que pudemos fazer. Viemos com a idéia de ajudar, mas foi ao contrário, o povo de Piura nos transformou. Faremos um documentário desta experiência, esta viagem foi intensa, curadora e transformadora", revelou.

O ator chegou ao Peru acompanhado do cantor mexicano Alexander Acha, filho do também cantor mexicano Emmanuel; e dos atores David Henrie e Gregg Sulkin, de "Os feiticeiros do Waverly Agrada" do canal Disney.

Finalmente, o ator contou ao grupo ACI que em Los Ángeles(Estados Unidos), onde reside, se criou  o centro médico Guadalupe com o apoio da sua fundação, que já atendeu a milhares de mulheres e salvou a milhares de bebês do aborto.

Este centro médico de assistência se localiza em um lugar onde há várias clínicas abortivas, oferece assistência médica gratuita a mulheres grávidas e que não contam com os recursos para sair adiante.

"A vida não é um acidente, é sagrada, tem que ser protegida desde a fecundação até a morte natural, e graças a Deus este centro salvou a muitos bebês e espera salvar a muitos mais", concluiu.

Fonte:

ives-gandra-martins_newton-A única saída para as entidades contra o aborto reverterem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) – que autorizou o aborto de fetos anencéfalos – é apelar ao Congresso Nacional pela anulação da nova regra.

Terça, 17 Abril 2012 16:13

A gramática do aborto

por Gabriel Perrisé

O aborto não é tema religioso ou jurídico, não é matéria política, problema médico ou objeto de pesquisa biológica. Todas essas dimensões são importantes, mas decisiva mesmo é a questão gramatical. A gramática do aborto nos pede a classificação morfológica e a análise sintática dos discursos, sejam contra ou a favor, sejam indignados ou frios, calculistas ou transbordantes.

Primeiramente, onde está o sujeito oculto? A que classe ele pertence? Em que ponto das entrelinhas ele se esconde? Será talvez um sujeito indeterminado? Sem nome? Sem pronome? Ou esta sentença não tem sujeito? O sujeito foi um acidente da conjugação? Nasceu quando todos os advérbios eram de negação? O sujeito merece, ao menos, uma oração? O sujeito caiu em desuso? O sujeito existe? Tem algum adjetivo capaz de lhe dar, na vida, um objetivo? A que gênero pertence? Ao gênero neutro?

Onde deixaremos o sujeito, mero artigo indefinido? Onde jogaremos o sujeito expelido da frase? Será que o sujeito é realmente o que está embaixo, subordinado, sujeitado, subjazendo a todos os imperativos? Mas de onde veio esse sujeito sem predicados ou predicativos? Nasceu de outros sujeitos, fora do contexto? De um antigo particípio passado, para sempre ultrapassado?

Etimologia alguma poderá salvar o sujeito

O sujeito virou objeto indireto num mundo intransitivo? O sujeito foi devidamente analisado? Será meramente expletivo, sem coordenação que lhe dê espaço? O sujeito é apenas agente da passiva? Sobretudo quando é defectivo? O sujeito é composto? Decomposto? Recebeu um aposto? É condicional? É temporal? É vocativo? É alternativo? É adversativo? Incomoda a norma vigente? O sujeito concorda com a ação expressa no período?

E o verbo, é anômalo também? Ou não tem futuro, uma vez que se perdeu no pretérito?

O problema gramatical do aborto é que o sujeito está desclassificado. É apenas função não determinante. Uma contradição em termos. Um parasita no vernáculo. Uma vírgula descartável. Vivo ou morto, o sujeito está à margem da semântica. E à mercê de todos os falantes. Ele tende a se tornar um prefixo como outro qualquer.

O sujeito pode ter consoantes dentais ou labiais, será, quem sabe, portador de apócopes ou núcleo silábico, ou talvez seja paroxítono, ou carregue, pobre coitado, uma sístole inclassificável... Se o sujeito for considerado um desafeto, será fato consumado.

Para todos os efeitos, etimologia alguma poderá salvá-lo.

Diremos “adeus”, mas ele não tem voz ativa para responder.

***

[Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor; www.perisse.com.br]

Fonte: Observatório da Imprensa

aracaju_vidaCom o intuito de defender a vida e contra a descriminalização do aborto, o Setor Juventude atendendo ao pedido do Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, se uniu a centenas de fiéis católicos onde participaram de uma passeata em defesa da vida, na tarde de sexta- feira (13). A concentração aconteceu na Catedral Metropolitana, aonde o Arcebispo conduziu um momento de reflexão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

“Fizemos esta passeata para mostrar que defendemos a vida e não a morte”, declarou dom José Lessa, satisfeito com o resultado do movimento, por conta da realização da audiência pública feita em Sergipe, onde a comissão de juristas veio discutir sobre a reforma do código penal brasileiro. “Uma das preocupações da Igreja é com a reforma do código penal, que possa haver um abrandamento maior com relação à liberação do aborto”, advertiu dom Lessa.

Assim que a passeata chegou à frente do Tribunal de Justiça de Sergipe, local da realização da audiência pública. O relator da comissão, procurador regional da República Luís Carlos dos Santos Gonçalves, concedeu espaço para alguns depoimentos e Arcebispo Dom José Lessa falou para os membros da comissão e reforçou a posição da Igreja e, fazendo referencia a decisão do STF sobre os anencéfalos, Dom Lessa foi enfático:  “Não podemos decidir sobre uma pessoa que nasceu ou não sem cérebro é uma vida do mesmo jeito, que deve ter seu curso normal” e pediu a comissão para que não descriminalizem o aborto.

Estiveram presentes à audiência membros da Comissão de Juristas do Senado, o professor e jurista Luiz Flávio Gomes, o advogado Nabor Bulhões, o Desembargador Muitos Piero, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o Procurador da República e Relator Geral da Comissão, Luiz Carlos Santos, a Procuradora de Justiça Luiza Eluf, do Ministério Público de São Paulo, entre outros.

Vários sacerdotes participaram da manifestação, entre eles, o padre Anderson Pina, um dos coordenadores do evento que reforçou o sentido do evento.  “Vimos mostrar nossa indignação, pois os dados confirmam que a grande maioria da população brasileira é contra o aborto. É um crime, fere a dignidade da pessoa humana”, ressaltou o Padre Anderson.

Membro do Setor Juventude, Layla Kamila, também expressou sua posição no plenário falando em nome dos jovens de Aracaju.  “Fui clara na defesa da vida do nascituro, citando a carta maior do nosso ordenamento jurídico (Constituição Federal) e os princípios Constitucionais; e mais sensível ainda ao expor a minha experiência como mulher que tive a oportunidade de nascer.”, ressaltou a jovem.

O presidente do Setor Juventude, Anderson Menezes, também presente na audiência pública, falou da importância do jovem em causas a favor da vida. “O jovem precisa ter sua consciência iluminada pela verdade, única verdade, a que provém de Jesus Cristo. Para que dessa forma possam saber discernir entre o bem e o mal, entre a verdade e as mentiras camufladas de verdade. É próprio do jovem lutar por aquilo que acredita e nós jovens cristãos acreditamos na vida!”  disse o Ppesidente do Setor Juventude.

Todas as propostas apresentadas, ao longo das reuniões, vão ser avaliadas pela comissão de 16 juristas instituída pelo Senado Federal para propor o anteprojeto do novo código. Os integrantes da Comissão entregarão o anteprojeto do Código Penal ao Senado no dia 25 de maio, para ser transformado em projeto de lei e ser discutido na Casa.

Na Arquidiocese de Aracaju os trabalhos em defesa da vida irão ter continuidade, e segundo o coordenador do movimento, o padre Anderson, está sendo formada uma comissão para que de forma permanente sejam discutidos assuntos que desrespeitam a vida.

De Layla Kamila Santos - Setor Juventude da Arquidiocese de Aracaju/SE

Fonte: Jovens Conectados

abortistas_el_salvadorNa noite desta sexta-feira, 13 de abril, jovens da arquidiocese do Rio se reuniram no santuario nacional de adoração localizado na Igreja de Sant'ana para a 6ª Vigília dos Jovens Adoradores pré-JMJ. A Missa que precedeu a adoração eucarística foi presidida por Dom Antonio Augusto Dias Duarte, bispo Auxiliar do Rio, que destacou a importância dos jovens na Igreja e lamentou a decisão tomada esta semana pelo Supremo Tribunal Federal de legalizar o aborto dos bebês anencéfalos.

O evento que reuniu mais de uma centena de jovens cariocas que responderam ao convite do arcebispo da capital fluminense, Dom Orani João Tempesta, também pôde ser acompanhado pela Web TV Redentor, no site: aovivo.redentor.tv.br. A Vigília que durou até às 6 da manhã deste sábado, também contou coma presença da cantora Eliana Ribeiro (da Canção Nova) e foi realizada apenas um dia depois da descriminalização do aborto de anencéfalos na lei brasileira, decisão que os bispos do país, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deploraram ao  afirmar em comunicado oficial que tal ação “é descartar um ser humano frágil e indefeso”.

Dom Antonio Augusto, que já teve ocasião de pronunciar-se contra a decisão dos ministros do supremo na última terça-feira, 10, do programa “Sala de Notícias em Debate”, transmitido pelo Canal Futura, pediu aos jovens cariocas comprometimento com a verdade.

“Vocês jovens devem dizer eu quero a verdade sobre a vida, sobre a familia. Quero a verdade que é Cristo. Eu quero a verdade para dizê-la às pessoas. Quero viver a verdade no amor, na sexualidade, na amizade”, disse o prelado.

Dom Antonio denunciou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi baseada em uma mentira. “Mentiram dizendo que a criança que a mãe está gestando está morta. Mentiram dizendo que o Estado é laico e que a Igreja não tem nada que dizer a sociedade. A Igreja é a barca que deve navegar no mundo mostrando o que é a verdade, que Cristo é a verdade. Vocês e eu estamos vivendo num mundo de pinóquios onde as pessoas mentem, mentem, mentem descaradamente”, afirmou o animador arquidiocesano da pastoral da juventude. “As pessoas estão representando o Pinóquio e acham que estão representando a verdade”, completou.

Em sua homilia o bispo destacou ainda a importância do jovem na Igreja referindo-se ao evangelho da liturgia de ontem em que João reconhece Jesus na praia e revela a Pedro. “Um jovem reconheceu Cristo. Um jovem deu a Pedro a indicação de Cristo. E, hoje, quem deve apontar o Cristo são vocês. Rezemos para que cada jovem tenha uma verdadeira paixão pela verdade e mostre Cristo pela sua vida verdadeira que não se deixa enganar por homens e mulheres, grupos e instituições”.

Para a jovem Luiza Cunha, de 23 anos, a realização da vigília da JMJ um dia após a decisão do Supremo foi providencia de Deus. “Se a gente não pode mudar a decisão do STF, a gente pode rezar para que ela não seja a verdade da sociedade, não seja praticada”, afirmou Luiza a ACI Digital.

Falando com a nossa agência, o estudante de medicina André Felipe, de 26 anos, também se manifestou contra a legalização do aborto de anencéfalos. Para ele, a decisão foi equivocada e “não apoiada na conduta ética nem médica atual”. De acordo com André, não há respaldo científico que afirme que as crianças estão destinadas a morrer logo após o parto. “Eu, como futuro médico, mesmo com a aprovação dessa lei, vou me negar a fazer o aborto”, afirmou o jovem.

Em entrevista exclusiva a ACI Digital antes da celebração, Dom Antonio afirmou que a decisão do STF é “totalmente contra a opinião do povo brasileiro”.

“Esta decisão foi tomada em cima de uma mentira, porque é uma grande mentira que a criança está morta, que ela tortura a sua mãe, que sua vida não tem valor. Nós não podemos considerar isso uma lei que obriga. Temos que ajudar essas mulheres porque elas serão um grande exemplo do que é a sociedade brasileira, este povo que acolhe”, afirmou o bispo em sua entrevista ao portal do grupo ACI em português.

Os jovens estiveram rezando e cantando toda a madrugada diante do Santíssimo Sacramento, apresentando diversas intenções durante a vigília, e entre elas, a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude que será realizada no Rio de Janeiro entre 23 e 28 de julho de 2013 com a presença do Papa.

Fonte: ACI Digital

teroO local é um dos mais conhecidos e famosos do Brasil. Próximo ao hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, um grupo de amigos se reúne todos os terceiros domingos do mês para rezar o "Terço pela Vida e contra o aborto".

O primeiro encontro de oração foi realizado no dia 18 de março e contou com a participação de 25 pessoas. Com faixas e cartazes, eles entoaram cânticos populares tradicionais, entre os mistérios dolorosos do terço. Henrique Lima, um dos organizadores, explica que “apesar de ser domingo, dia dos mistérios gloriosos, achamos por bem rezar os dolorosos, por ser mais adequado à triste realidade do aborto”. Ele conta que muitas pessoas pararam para rezar e apoiar o grupo, enquanto outras protestaram. O próximo terço será rezado neste domingo, dia 15 de abril, às 15h.

“A ideia de rezar um terço pela vida em um local público surgiu no seio do nosso grupo de estudos da obra do Padre Paulo Ricardo. Em uma das nossas reuniões, a amiga Ana Cláudia Meneguci chegou à minha casa revoltada com a proposta de alteração do Código Penal para despenalizar o aborto. Foi então que ela sugeriu essa iniciativa e todos nós gostamos da ideia”, contou. Ele ainda acrescenta que o grupo não está vinculado a nenhum movimento ou paróquia e qualquer pessoa pode participar e rezar pela vida.

Oração e ação - Para Henrique, “não podemos subestimar o poder da oração, ainda mais quando rezamos em grupo. Nosso Senhor afirmou: 'se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus, pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles" (Mt18, 19-20)'”.

No entanto, ele acredita que o flagelo do aborto deve ser combatido não só com oração, mas também com ação. “Rezar o terço publicamente é uma maneira de conjugar as duas coisas. Estamos rezando, mas também estamos agindo, pois se trata de um ato público em defesa da vida”.

Por isso, Henrique destaca que essa é uma iniciativa que deve ser difundida para outras cidades do país. "Se há uma causa pela qual vale a pena lutar é a defesa da vida, desde a concepção até o seu declínio natural. O pouco que podemos fazer pode ser motivo de desânimo para alguns, mas não quando pensamos que Deus está conosco e que estamos conforme à ordem natural que Ele instituiu. Além disso, contamos com a intercessão da Mãe das Mães, aquela em cujo útero Deus habitou por nove meses. Afinal, 'se Deus é por nós, quem será contra nós?' Rezemos para que a nossa nação seja liberta da maldição do aborto", conclui.

 Serviço:
Terço pela Vida e contra o aborto
Local: Posto 3 em Copacabana (próximo ao Hotel Copacabana Palace)
Horário: 15h
Dia: 15 de abril (Terceiros domingos do mês)


Foto: Sentinela Católico

ppabortoeutanasiabrasilEm uma votação que terminou com 8 votos a favor e apenas 2 contra, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou na noite desta quinta-feira, 12, o aborto dos bebês que forem diagnosticados com anencefalia durante a gestação se este for o desejo da gestante. O julgamento foi controverso pela natureza do tema, mas também pelo fato de que alguns líderes pró-vida tenham destacado que o Supremo atuou em um campo que, na verdade, compete ao Congresso Nacional.

Esta é a opinião do coordenador do Movimento Legislação e Vida, jornalista e perito em bioética, Prof. Hermes Rodrigues Nery. Segundo ele o julgamento da ADPF-54 (recurso que legalizou o aborto dos anencefálicos) o STF praticou “ativismo judicial”, decidindo “o que não é da sua competência, mas prerrogativa do Congresso Nacional”, que reúne os representantes eleitos pelo povo brasileiro, que segundo recentes pesquisas é majoritariamente (mais de 70%) contrário ao aborto.

“Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, e também não representam uma concessão da sociedade e do Estado, pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa em razão do ato criador do qual esta se origina”, afirmou o Prof. Rodrigues Nery em um artigo enviado a ACI Digital dias antes da votação.

Os votos a favor do aborto foram proferidos pelos ministros Marco Aurélio Mello (relator da ADPF 54 e que poderia sofrer o impeachment caso o Senador José Sarney acolha o pedido da bancada pró-vida do congresso), as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia, seguidas de Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Apenas os ministros Ricardo Lewandowski e o presidente do STF Cezar Peluzo votaram a favor da vida.
O ministro Dias Toffoli se declarou impedido de votar, pois quando atuou como Advogado Geral da União, manifestou-se favorável ao aborto legal dos anencéfalos.
 
O presidente do STF começou seu discurso dizendo: “Este é o mais importante julgamento na história desta Corte, porque nela se tenta definir no fundo o alcance constitucional do conceito de vida e da sua tutela normativa”.

“O feto anencefalo tem vida e, ainda que breve, sua vida é constitucionalmente protegida”, defendeu o ministro.

“Ser humano é sujeito, embora não tenha ainda personalidade civil, o nascituro é anencéfalo ou não investido pelo ordenamento na garantia expressa, ainda que em termos gerais, de ter resguardados seus direitos, ente os quais se encontra a proteção da vida”.

“Não digo que isto envolva conceitos religiosos. Envolve mais do que isso. A formação cultural, o modo de ver, de ser, de cada magistrado e de cada homem e mulher que está atrás de cada toga”, explicitou o presidente do STF.

Para o ministro, o argumento de que a gestação de anencéfalo seria mais perigosa para a mãe que uma gravidez de um feto saudável "não vem ao caso, porque as hipóteses de risco a saúde da mãe já estão expressas na lei".  "Toda gravidez implica risco teórico à saúde da gestante", explicou.

Cezar Peluzo citou o caso da anencéfala Marcela de Jesus Ferreira que viveu durante um ano, oito meses e 12 dias como prova de que os anencéfalos não são natimortos, como argumentaram alguns dos ministros que votaram a favor do aborto.

“Todos os fetos anencéfalos, a não ser que estejam mortos, têm vida. Se o feto não tivesse vivo, não poderia morrer”, argumentou Cezar Peluzo.

Assim, o próprio presidente do STF admitiu que “o aborto provocado de feto anencéfalo é conduta vedada, de modo frontal, pela ordem jurídica”, e reconheceu que “esta Corte não tem poder ou competência para abolir ou atenuar o crime de aborto”.

Segundo explicou o portal de notícias G1 do grupo Globo, “a decisão, que passa a valer após a publicação no "Diário de Justiça", não considerou a sugestão de alguns ministros para que fosse recomendado ao Ministério da Saúde e ao Conselho Federal de Medicina que adotassem medidas para viabilizar o aborto nos casos de anencefalia. Também foram desconsideradas as propostas de incluir, no entendimento do Supremo, regras para a implementação da decisão”.
O voto do ministro Peluzo foi aplaudido pelo jornalista Católico Reinaldo de Azevedo que afirmou em seu blog na página da Revista Veja que “Peluzo está dizendo o óbvio, que deveria ser fundamento do humanismo: a vida humana não pode ser relativizada. É um valor “fundante e inegociável”!”, argumentou o blogger da veja que afirmou também: “Estou me sentindo plenamente representado pelo voto de Cezar Peluzo”. “Parabéns, ministro Peluzo!”, finalizou Reinaldo de Azevedo.

Reinaldo afirmou também que em breve publicará o texto do voto do ministro no seu blog apenas o obtenha na íntegra para que o texto permaneça “como uma luz em favor da vida humana”.

Fonte: ACI Digital 

lewandowskiO Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na tarde desta quinta-feira o julgamento que poderá descriminalizar o aborto de fetos anencéfalos (com má-formação do cérebro e do córtex), o que leva o bebê à morte logo após o parto ou uma curta vida vegetativa. O assunto é controverso, e grupos religiosos acreditam que a decisão poderá abrir precedente para a liberação do aborto em outros casos. Ontem, antes de o julgamento ser suspenso, o placar estava em 5 votos a 1 favoráveis à prática. A previsão é que a Corte descriminalize este tipo específico de aborto.

Votarão hoje os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ayres Britto e o presidente, Cezar Peluso. A se manter o placar de ontem, falta apenas um voto para que o colegiado decida que a antecipação da gestação no caso de anencéfalos não é ilegal. Antes de conceder voto à ministra Rosa Weber, o ministro Peluso sinalizou que deverá votar contra a maioria. Ele ponderou que o Brasil é um Estado laico, mas que é preciso que os ministros considerem "as consequências práticas" das decisões tomadas pela Corte.

Dez dos 11 ministros da Corte decidirão a questão, já que Dias Toffoli não votará, tendo se declarado impedido por ter atuado no processo quando era advogado-geral da União. Atualmente, o Código Penal prevê que o aborto pode ser realizado apenas em caso de estupro ou de claro risco à vida da mulher. A legislação proíbe todas as outras situações, estabelecendo pena de um a três anos de reclusão para a grávida que se submeter ao procedimento. Para profissional de saúde que realizar a prática, ainda que com o consentimento da gestante, a pena é de um a quatro anos.

Além do relator, Marco Aurélio Mello, votaram pela descriminalização os ministros Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O voto divergente é do ministro Ricardo Lewandowski, que declarou que não cabe ao Judiciário legislar.

O processo foi movido em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que pede que não seja considerada crime a prática do aborto em caso de gravidez de feto anencéfalo. Naquele mesmo ano, Marco Aurélio concedeu liminar para autorizar a antecipação do parto quando a deformidade fosse identificada por meio de laudo médico. Porém, pouco mais de três meses depois, o plenário decidiu cassar a autorização. Em 2008, foi realizada uma audiência pública em que representantes do governo e da sociedade civil, especialistas em genética e entidades religiosas debateram o tema.

Fonte: Terra

 

Em breve teremos o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)-54, na qual se solicita que não seja considerado crime o aborto (no proceso, chamado de “antecipação terapêutica do parto”) de crianças portadoras de anencefalia. Também tramitam no Congresso Nacional dois projetos com a mesma fina- lidade, o PL 4403/2004 e o PLS 50/2011.
Ninguém pode negar o sofrimento dos pais quando recebem o diagnóstico de que o seu filho é portador de anencefalia. Mas colocam-se duas importantes questões: Tem essa criança, apesar de sua forte deficiência, direito à vida? Pode ela ser considerada uma “não-pessoa”, ou, como dizem alguns partidários do seu aborto, um “sub-humano”? Representaria o aborto dessa criança, efetivamente, um consolo ou uma diminuição de sofrimento para os seus pais?
Anencefalia é uma malformação congênita que ocorre já no primeiro mês de gestação, que evolui para a ausência de parte variável do encéfalo. Ora, malformação é um processo que escapou à regulação normal. Apresenta variabilidade individual, e embora sempre seja uma anomalia grave, há graus, sendo impossível prever a evolução da criança em cada caso concreto.
Tornou-se conhecido no Brasil o caso da menina Marcela de Jesus, que sobreviveu por um ano e oito meses. Sendo este caso tão emblemático, no decorrer das audiências públicas relativas à ADPF 54, houve a tentativa alimentares, gostando de algumas comidas e rejeitando outras. Não podemos saber se era capaz de amar, mas certamente foi muito amada. Mesmo nos casos em que a lesão leva à morte poucos minutos após o nascimento, seria este um motivo para considerarmos essa vida humana sem significado? Se dissermos que se trata de uma “vida inútil”, não seria um sinal claro de termos uma visão utilitarista da vida humana?
Diz-nos o Papa Bento XVI: Quando seres humanos, no estado mais fraco e mais indefeso de sua existência, são selecionados, abandonados, mortos ou utilizados como puro «material biológico», como negar que esses são tratados não mais como «alguém», mas como «algo», colo- cando assim em questão o conceito próprio de dignidade do homem? (discurso em 31/01/2008).
Essa dignidade é reconhecida pelos pais em seus filhos, e são estabelecidos laços de amor desde o início da gestação. O aborto é uma falsa solução para o sofrimento da mãe. Não se pode “deletar” uma criança, como se nunca tivesse existido. Recebida com amor, deixará nos pais a recordação de ter feito por ela tudo o que era possível.
Dra. Lenise Garcia é professora do Instituto de Biologia da UnB, integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e da CNBB e presidente do Movimento  Brasil Sem Aborto.
Artigo extraído da edição nº 2 da Brasília Católica

Em breve teremos o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)-54, na qual se solicita que não seja considerado crime o aborto (no proceso, chamado de “antecipação terapêutica do parto”) de crianças portadoras de anencefalia. Também tramitam no Congresso Nacional dois projetos com a mesma finalidade, o PL 4403/2004 e o PLS 50/2011.

                                                                                                          Bioetica 

Ninguém pode negar o sofrimento dos pais quando recebem o diagnóstico de que o seu filho é portador de anencefalia. Mas colocam-se duas importantes questões: Tem essa criança, apesar de sua forte deficiência, direito à vida? Pode ela ser considerada uma “não-pessoa”, ou, como dizem alguns partidários do seu aborto, um “sub-humano”? Representaria o aborto dessa criança, efetivamente, um consolo ou uma diminuição de sofrimento para os seus pais?

Anencefalia é uma malformação congênita que ocorre já no primeiro mês de gestação, que evolui para a ausência de parte variável do encéfalo. Ora, malformação é um processo que escapou à regulação normal. Apresenta variabilidade individual, e embora sempre seja uma anomalia grave, há graus, sendo impossível prever a evolução da criança em cada caso concreto.

Tornou-se conhecido no Brasil o caso da menina Marcela de Jesus, que sobreviveu por um ano e oito meses. Sendo este caso tão emblemático, no decorrer das audiências públicas relativas à ADPF 54, houve a tentativa alimentares, gostando de algumas comidas e rejeitando outras. Não podemos saber se era capaz de amar, mas certamente foi muito amada. Mesmo nos casos em que a lesão leva à morte poucos minutos após o nascimento, seria este um motivo para considerarmos essa vida humana sem significado? Se dissermos que se trata de uma “vida inútil”, não seria um sinal claro de termos uma visão utilitarista da vida humana?

Diz-nos o Papa Bento XVI: Quando seres humanos, no estado mais fraco e mais indefeso de sua existência, são selecionados, abandonados, mortos ou utilizados como puro «material biológico», como negar que esses são tratados não mais como «alguém», mas como «algo», colo- cando assim em questão o conceito próprio de dignidade do homem? (discurso em 31/01/2008).

Essa dignidade é reconhecida pelos pais em seus filhos, e são estabelecidos laços de amor desde o início da gestação. O aborto é uma falsa solução para o sofrimento da mãe. Não se pode “deletar” uma criança, como se nunca tivesse existido. Recebida com amor, deixará nos pais a recordação de ter feito por ela tudo o que era possível.

Dra. Lenise Garcia é professora do Instituto de Biologia da UnB, integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e da CNBB e presidente do Movimento Brasil Sem Aborto.

Artigo extraído da edição nº 2 da Revista Brasília Católica

O Senado do Chile decidiu não aprovar nenhum dos três projetos legislativos abortistas apresentados nos últimos meses, que queriam admitir o aborto terapêutico no país.

Conforme informam os meios de imprensa locais, no último dia 4 de abril os votos contra o aborto e a favor da vida chegaram da aliança parlamentaria oficialista e de alguns parlamentares da democracia cristã.

O senador Alberto Espina, do partido Renovação Nacional, reafirmou que se deve "manter o amparo do direito à vida. Nossa legislação estabelece seu amparo no caso do ser que está por nascer e esse direito surge no momento da concepção".

Por sua vez, o senador Carlos Larraín, também da Renovação Nacional, qualificou o aborto como "uma espécie de sentença de morte aberta".

"Não pode ser terapêutico interromper a vida de quem está por nascer", disse o parlamentar Hernán Larraín.

Entretanto, os senadores promotores dos projetos abortistas afirmaram que seguirão insistindo em sua intenção de conseguir a aprovação do aborto terapêutico no Chile.

O presidente do país, Sebastián Piñera, expressou-se repetidamente contra qualquer projeto legislativo abortista, indicando que aplicaria seu direito constitucional de veto se for aprovada qualquer lei que permita o assassinato de uma criança no ventre de sua mãe.

Fonte: ACI Digital

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