Espiritualidade

Espiritualidade (74)

Segunda, 15 Novembro 2010 12:30

Reflexão: O que é o fim do mundo?

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O que é o fim do mundo? Quando será? De que forma? A última resposta cinematográfica a tivemos no filme 1012, onde nada e ninguém escapa, a não ser um pequeno grupo que consegue entrar dentro de uma aeronave onde já se encontram alguns espécimes do animais de nossa fauna global. Já no final do filme, qual nova Arca de Noé, a aeronave pousa numa porção emersa do continente asiático. Saímos do cinema com o sentimento de que tudo começará de novo. Fim e reinício!

Mas a pergunta sobre o fim do mundo continua e até agora nenhuma resposta satisfez e nehuma das possíveis ameaças abordadas pela mídia, apesar de levadas a sério por algumas pessoas, se concretizaram.

Poderíamos encarar a idéia fim do mundo de modo mais natural e sereno. Do mesmo modo que o dia termina e depois amanhece outro dia, do mesmo modo que vejo em meus filhos a renovação de minha família e minha continuação sobre a terra, o fim do mundo certamente será a redimensão desta vida, totalmente restaurada, redmida pela paixão e ressurreição de Jesus Cristo. Será tudo muito natural sem concretizar as expectativas catastróficas da imaginação literária e cinematográfica.
Catástrofes, já tivemos com terremotos, tsunamis, cataclismas e outras situações trágicas. Infelizmente, porque o homem ainda não transformou e dominou toda a natureza e alguns desses movimentos são tidos como insuperáveis pelo conhecimento limitado de nossas ciências e também por causa do egoísmo presente em nossa civilização essa situação ainda terá lugar em nosso mundo.
O Evangelho de hoje foi escrito cinquenta anos depois da morte e ressurreição de Jesus. Lucas nos fala da experiência vivida pelas primeiras comunidades cristãs: destruição do Templo de Jerusalém, perseguição aos cristãos, guerras, catástrofes, acontecimentos já anunciados pelo Senhor. A reação da comunidade é de lamentação, perturbação, preocupação. Jesus diz para eles que tudo isso é apenas o início da dores – como em um parto - , mas o importante virá mais tarde e será a Vida plena, verdadeira. Portanto, as perseguições e todas as dores atuais não levarão à morte, mas sim à Vida! Importa não se preocupar, mas ser firme na fé, na fidelidade a Deus e na confiança de que a Providência age.
O Templo de Jerusalém, onde um sistema opressor havia se instalado, é destruído pelos romanos, mas o pobre, que sofria as violências decorrentes das injustiças praticadas pelos dirigentes do Templo, continua vivo. Os sistemas iníquos caem, mas os perseguidos por eles, sobrevivem.

Os sistemas de morte são desbaratados pela atuação inteligente dos cristãos. As mortes de Estêvão, de Tiago, a resistência de Paulo, mesmo sendo ocasiões de grande sofrimento, anunciam uma sociedade nova que vai surgindo, com seu modo de ser e de agir próprios.
Neste momento podemos recordar a paixão que há duas semanas sofrem nossos irmãos que estão no Iraque e que constituem a Igreja naquele país do Golfo Pérsico.

Finalizando nossa reflexão, temos a frase do Senhor, que encerra o Evangelho de Hoje: “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

Fonte: Rádio Vaticana

Sexta, 12 Novembro 2010 08:53

São Josafá

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saojosafaHoje celebramos a memória do santo Bispo que derramou o seu sangue por amor do Supremo e Único Pastor das ovelhas, tornando-se precursor do ecumenismo. João Kuncevicz nasceu em Wladimir (Ucrânia), no ano de 1580, numa família de ortodoxos, ou seja, ligados à Igreja Bizantina e não à Igreja Romana. 

Com a mudança de vida mudou também o nome para Josafá, pois era comerciante até que, tocado pelo Espírito do Senhor, abraçou a fé católica e entrou para a Ordem de São Basílio, na qual, como monge desde os 24 anos, tornou-se apóstolo da unidade e sacerdote do Senhor. Dotado de muitas virtudes e dons, foi superior de vários conventos, até tornar-se Arcebispo de Polotsk em 1618 e lutar pela formação do Clero, pela catequese do povo e pela evangelização de todos. 

São Josafá, além de promover com o seu testemunho a caridade para com os pobres, desgastou-se por inteiro na promoção da unidade da Igreja Bizantina com a Romana; por isso conseguiu levar muitos a viverem unidos na Igreja de Cristo. Os que entravam em comunhão com a Igreja Romana, como Josafá, passaram a ser chamados de "uniatas", ou seja, excluídos e acusados de maus patriotas e apóstolos, segundo os ortodoxos. Aconteceu que numa viagem pastoral, Josafá, com 43 anos na época, foi atacado, maltratado e martirizado. Após ser assassinado, São Josafá foi preso a um cão morto e lançado num rio. Dessa forma, entrou no Céu, donde continua intercedendo pela unidade dos cristãos, tanto assim que os próprios assassinos mais tarde converteram-se à unidade desejada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Terça, 09 Novembro 2010 13:19

Oração de Santa Rita de Cássia

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ORAÇÃO DE SANTA RITA DE CASSIA

Poderosa e gloriosa Santa Rita de Cassia,
chamada a santa dos impossíveis,
advogada dos casos desesperados,
auxiliar na hora extrema, refúgio na dor,
salvação para os que se acham nos abismos do pecado e do desespero:
com toda a confiança no vosso celeste patrocínio,
a vós recorro no difícil e imprevisto caso que dolorosamente me aflige o coração.
Dizei-me, Santa Rita, não me quereis auxiliar e consolar?
Afastareis o vosso olhar piedoso do meu pobre coração angustiado?
Vós bem sabeis, vós bem conheceis, o que seja martírio do coração.
Pelos sofrimentos atrozes que padecestes,
pelas lágrimas amaríssimas que santamente chorastes, vinde em meu auxílio!
Falai, rogai, intercedei por mim, que não ouso fazê-lo ao coração de Deus,
Pai da misericórdia e fonte de toda a consolação,
e obtendo-me a graça que desejo. (Fazer o pedido).
Apresentada por vós que sois tão cara a Deus,
minha prece será aceita e atendida certamente:
valer-me-ei deste favor, para melhorar a minha vida e os meus hábitos,
e para exaltar, na terra e no céu, as misericórdias divinas.
Amém.
(Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória)

Terça, 09 Novembro 2010 13:14

Oração à Santo Antonio

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Oração à Santo Antonio

Glorioso Santo Antonio,
que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus,
alcançai-me a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração (pede-se a graça).
Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores,
não olheis para os poucos méritos de quem vos implora,
mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus
para atender o meu insistente pedido. 
Amém.
Santo Antonio, rogai por nós.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

“A pobreza sociológica não é proclamada bem-aventurada por si mesma. Considerada em si mesma e como tal, ela seria um verdadeiro mal”, afirma o cardeal Geraldo Majella Agnelo.

O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil comenta nesta segunda-feira, em artigo enviado à imprensa, sobre o Discurso da Montanha, no âmbito da leitura evangélica da liturgia desse domingo.

De acordo com Dom Geraldo Agnelo, a pobreza que é chamada bem-aventurada é a que vem da “simplicidade do coração, da convicção profunda da necessidade que o homem tem de Deus, da integridade da vida e da abertura aos outros”.

Ao abordar a bem-aventurança dos “mansos”, o arcebispo explica que “se trata de uma atitude muito vizinha da primeira bem-aventurança”, já que traz o sentido de “humildes, pobres, necessitados, pequenos”.

“A vida de Jesus é uma ilustração prática dessa bem-aventurança: Ele lutou contra a enfermidade, a fome e a dor, e ao mesmo tempo caminhou com segurança para a ressurreição”, explica.

Já a bem-aventurança dos “aflitos”, segundo o cardeal, deve ser compreendida “partindo do prêmio que a justifica: a consolação”. “A consolação é uma realidade messiânica, trazida pelo Messias, e abraça toda a dor pela qual o homem tem necessidade de ser consolado”.

Sobre os que têm fome e sede de justiça, Dom Geraldo explica que, “mais que uma atitude, aqui é chamada bem aventurada a tendência para desejar receber alguma coisa”.

“Homens que procuram a justiça, Deus a concederá aos que agora são oprimidos pela injustiça. A recompensa não é esperada somente para o momento do juízo final. A fome e a sede de justiça gritam para que cesse a atual injustiça. A esperança se vê satisfeita unicamente na aparição do Messias, que é chamado ‘Javé-nossa-justiça’”.

Ao abordar a bem-aventurança dos misericordiosos, o cardeal explica que sua conduta “está sobre a mesma linha da conduta de Deus: amor, compaixão, perdão, compreensão, ajuda”.

Bem-aventurados são ainda os puros de coração, pois Deus “está aberto a quem tem as mãos e o coração puros, uma pureza de vida, sem intenções distorcidas e inconfessáveis”.

“Os que trabalham pela paz entre os homens agem como Deus mesmo, porque Deus é o Deus da paz, que oferece a reconciliação ao pecador.”

E “os perseguidos por causa da justiça: a sorte que tocou ao Mestre toca também a seus discípulos, em todos os tempos”, afirma o cardeal.

Fonte: Zenit 

Segunda, 08 Novembro 2010 15:58

Oração à Santa Teresinha

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Oração à Santa Teresinha

 

Santa Teresinha, aliviai os meus sofrimentos

compadecei-vos de mim, de minha alma torturada.

Acendei uma pequena luz no meu caminho escuro.

E, acima de tudo, dai-me conformidade

e força para carregar a minha cruz

e cumprir a vontade de Deus,

que tudo faz pelo bem das nossas almas.

Santa Teresinha, atendei-me e confortai-me.

Amém!

Segunda, 08 Novembro 2010 15:50

Oração à Divina Misericórdia

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Divina Misericórdia

 

Eterno Pai,

eu Vos ofereço o Corpo e Sangue,

Alma e Divindade

de Vosso diletíssimo Filho,

Nosso Senhor Jesus Cristo,

em expiação dos nossos pecados

e do mundo inteiro.

Pela sua dolorosa paixão,

tende misericórdia de nós

e do mundo inteiro.

Margarida de Oingt

Queridos irmãos e irmãs,

No ano 1288, foi eleita Priora da Cartuxa de Poleteins (França) Margarida de Oingt. Dotada de uma personalidade simples, linear e afectuosa, concebe a vida inteira como um caminho de purificação até à plena configuração com Cristo. Ele é o Livro que havemos de gravar diariamente no nosso coração e na nossa vida, de modo especial a sua paixão salvífica. Desde manhã cedo, Margarida dedica-se ao estudo deste Livro; quando o contemplou bem, começa a ler no livro da sua consciência, que lhe revela a falsidade e as mentiras da sua vida, se comparada com as palavras e as acções de Jesus, com o Livro da vida d’Ele. Da contemplação do amor de Cristo por nós, nascem a força e a alegria de responder com igual amor, colocando a nossa vida ao serviço de Deus e dos outros.

Fonte: www.vatican.va

Santa Brígida da Suécia

Estimados irmãos e irmãs!

Na férvida vigília do Grande Jubileu do Ano 2000, o Venerável Servo de Deus João Paulo II proclamou Santa Brígida da Suécia co-Padroeira de toda a Europa. Hoje de manhã, gostaria de apresentar a sua figura, a sua mensagem e os motivos pelos quais esta santa mulher tem muito a ensinar — ainda hoje — à Igreja e ao mundo.

santabrigidaConhecemos bem os acontecimentos da vida de Santa Brígida, porque os seus padres espirituais redigiram a sua biografia para promover o seu processo de canonização imediatamente depois da sua morte, ocorrida em 1373. Brígida nasceu setenta anos antes, em 1303, em Finster, na Suécia, uma nação do norte da Europa que, havia três séculos, tinha acolhido a fé cristã com o mesmo entusiasmo com que a Santa a recebera dos seus pais, pessoas muito piedosas, pertencentes a nobres famílias próximas da Casa reinante.

Podemos distinguir dois períodos na vida desta Santa.

O primeiro é caracterizado pela sua condição de mulher felizmente casada. O marido chamava-se Ulf e era governador de um importante distrito do Reino da Suécia. O matrimónio durou vinte e oito anos, até à morte de Ulf. Nasceram oito filhos, dos quais a segunda Karin (Catarina), é venerada como Santa. Isto é um sinal eloquente do compromisso educativo de Brígida em relação aos seus próprios filhos. De resto, a sua sabedoria pedagógica foi apreciada a tal ponto, que o rei da Suécia, Magnus, a chamou à corte por um certo período, com a finalidade de introduzir a sua jovem esposa, Bianca de Namur, na cultura sueca.

Brígida, espiritualmente guiada por um douto religioso que a iniciou no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva sobre a própria família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira «igreja doméstica». Juntamente com o marido, adoptou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava com generosidade obras de caridade em prol dos indigentes; fundou também um hospital. Ao lado da sua esposa, Ulf aprendeu a melhorar a sua índole e a progredir na vida cristã. Quando regressou de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela, realizada em 1341 juntamente com outros membros da família, os cônjuges amadureceram o projecto de viver em continência; mas pouco tempo mais tarde, na paz de um mosteiro onde se tinha retirado, Ulf concluiu a sua vida terrena.

Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar aquela que hoje poderíamos definir uma autêntica «espiritualidade conjugal»: juntos, os cônjuges cristãos podem percorrer um caminho de santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimónio. Não poucas vezes, precisamente como aconteceu na vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, com a delicadeza e a docilidade consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. Penso com reconhecimento em muitas mulheres que, dia após dia, ainda hoje iluminam as próprias famílias com o seu testemunho de vida cristã. Possa o Espírito do Senhor suscitar também nos dias de hoje a santidade dos cônjuges cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimónio vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e na educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo e a participação na vida da Igreja.

Quando Brígida ficou viúva, teve início o segundo período da sua vida. Renunciou a outras bodas para aprofundar a união com o Senhor através da oração, da penitência e das obras de caridade. Portanto, também as viúvas cristãs podem encontrar nesta Santa um modelo a seguir. Com efeito, após a morte do marido, Brígida distribuiu os seus próprios bens aos pobres e, mesmo sem jamais aceder à consagração religiosa, estabeleceu-se no mosteiro cisterciense de Alvastra. Ali tiveram início as revelações divinas, que a acompanharam durante o resto da sua vida. Elas foram ditadas por Brígida aos seus secretários-confessores, que as traduziram do sueco para o latim e as reuniram numa edição de oito livros, intitulados Revelationes (Revelações). A estes livros acrescenta-se um suplemento, que tem como título precisamente Revelationes extravagantes (Revelações suplementares).

As Revelações de Santa Brígida apresentam um conteúdo e um estilo muito diversificados. Às vezes a revelação apresenta-se sob a forma de diálogos entre as Pessoas divinas, a Virgem, os Santos e até os demónios; diálogos em que também Brígida intervém. Outras vezes, ao contrário, trata-se da narração de uma visão particular; e noutras ainda narra-se aquilo que a Virgem Maria lhe revela acerca da vida e dos mistérios do Filho. O valor das Revelações de Santa Brígida, por vezes objecto de algumas dúvidas, foi especificado pelo Venerável João Paulo II, na Carta Spes aedificandi: «A Igreja, ao reconhecer a santidade de Brígida, mesmo sem se pronunciar sobre cada uma das revelações, acolheu a autenticidade do conjunto da sua experiência interior» (n. 5).

Com efeito, lendo estas Revelações somos interpelados sobre muitos temas importantes. Por exemplo, volta-se a descrever frequentemente, com pormenores bastante realistas, a Paixão de Cristo, pela qual Brígida teve sempre uma devoção privilegiada, contemplando nela o amor infinito de Deus pelos homens. Nos lábios do Senhor que lhe fala, ela põe com audácia estas palavras comovedoras: «Ó, meus amigos, Eu amo tão ternamente as minhas ovelhas que, se fosse possível, gostaria de morrer muitas outras vezes, por cada uma delas, daquela mesma morte que padeci pela redenção de todas elas» (Revelationes, Livro I, C. 59). Também a dolorosa maternidade de Maria, que a tornou Mediadora e Mãe de misericórdia, é um argumento que aparece com frequência nas Revelações.

Ao receber estes carismas, Brígida estava consciente de ser destinatária de um dom de grande predilecção da parte do Senhor: «Minha filha — lemos no primeiro Livro das Revelações — Eu escolhi-te para mim; ama-me com todo o seu coração... mais do que tudo quanto existe no mundo» (c. 1). De resto, Brígida sabia bem, e disto estava firmemente convencida, que cada carisma está destinado a edificar a Igreja. Precisamente por este motivo, não poucas das suas revelações eram dirigidas, em forma de admoestações até severas, aos fiéis do seu tempo, também às Autoridades religiosas e políticas, a fim de que vivessem coerentemente a sua vida cristã; mas fazia isto sempre com uma atitude de respeito e de fidelidade integral ao Magistério da Igreja, de modo particular ao Sucessor do Apóstolo Pedro.

Em 1349, Brígida deixou para sempre a Suécia e veio em peregrinação a Roma. Não só tencionava participar no Jubileu de 1350, mas também desejava obter do Papa a aprovação da Regra de uma Ordem religiosa que ela queria fundar, intitulada ao Santo Salvador, e composta por monges e monjas sob a autoridade da abadessa. Trata-se de um elemento que não nos deve surpreender: na Idade Média existiam fundações monásticas com um ramo masculino e outro feminino, mas com a prática da mesma regra monástica, que previa a direcção de uma abadessa. Com efeito, na grande tradição cristã, à mulher são reconhecidos a própria dignidade e — sempre a exemplo de Maria, Rainha dos Apóstolos — o próprio lugar na Igreja que, sem coincidir com o sacerdócio ordenado, é igualmente importante para o crescimento espiritual da Comunidade. Além disso, a colaboração de consagrados e de consagradas, sempre no respeito pela sua vocação específica, tem uma grande importância no mundo contemporâneo.

Em Roma, acompanhada pela filha Karin, Brígida dedicou-se a uma vida de intenso apostolado e de oração. E de Roma partiu em peregrinação a vários santuários italianos, em particular a Assis, pátria de São Francisco, por quem Brígida nutriu sempre uma grande devoção. Finalmente, em 1371, coroou a sua maior aspiração: a viagem à Terra Santa, aonde foi em companhia dos seus filhos espirituais, um grupo ao qual Brígida chamava «os amigos de Deus».

Durante aqueles anos, os Pontífices encontravam-se em Avinhão, longe de Roma: Brígida dirigiu-se sentidamente a eles, a fim de que voltassem para a Sé de Pedro, na Cidade Eterna.

Faleceu em 1373, antes que o Papa Gregório XI tivesse voltado definitivamente para Roma. Foi sepultada provisoriamente na igreja romana de São Lourenço «in Panisperna», mas em 1374 os seus filhos Birger e Karin trasladaram-na para a pátria, no mosteiro de Vadstena, sede da Ordem religiosa fundada por Santa Brígida, que conheceu imediatamente uma expansão notável. Em 1391 o Papa Bonifácio ix canonizou-a solenemente.

A santidade de Brígida, caracterizada pela multiplicidade dos dons e das experiências que eu quis recordar neste breve perfil biográfico-espiritual, faz dela uma figura eminente na história da Europa. Proveniente da Escandinávia, Santa Brígida testemunha como o cristianismo permeou profundamente a vida de todos os povos deste Continente. Declarando-a co-Padroeira da Europa, o Papa João Paulo II fez votos por que Santa Brígida – que viveu no século XIV, quando a cristandade ocidental ainda não estava ferida pela divisão — possa interceder junto de Deus, para obter a graça tão almejada da plena unidade de todos os cristãos. Por esta mesma intenção, que é por nós muito desejada, e para que a Europa saiba alimentar-se sempre a partir das suas raízes cristãs, queremos rezar, caros irmãos e irmãs, invocando a poderosa intercessão de Santa Brígida da Suécia, discípula fiel de Deus e co-Padroeira da Europa. Obrigado pela atenção!

Fonte: www.vatican.va

Terça, 02 Novembro 2010 21:23

Oração a Nossa Senhora de Fátima

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Santíssima Virgem Maria,
que na serra d'Aire, na Cova da Iria,
vos dignastes aparecer a três humildes pastorinhos
 e lhes revelastes os tesouros de graças contidas
na reza do Terço, infundi profundamente na nossa alma
o devido apreço que devemos ter por esta devoção, a fim de que,
meditando nos mistérios da nossa redenção,
aproveitemos dos seus preciosos frutos
e alcancemos as graças que vos pedirmos nesta devoção
se forem para maior glória de Deus,
honra Vossa e salvação de nossas almas.
Amém! 

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